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grupo de EXPANSÃO DA MEDIUNIDADE Maria de Nazaré
terça-feira, 30 de maio de 2023, às 19:30 horas
“NINGUÉM COLOCA REMENDO NOVO EM ROUPA VELHA; PORQUE O REMENDO FORÇA O TECIDO DA ROUPA E O RASGO AUMENTA”. Jesus
Nosso exercício de EXPANSÃO MEDIÚNICA, está nos levando a sensações, intuições, cada vez mais esclarecedoras. Como já é automático, começamos com respiração, expansão do corpo etérico e um movimento para fora de nosso corpo físico, encontrando toda a equipe de trabalho espiritual. Cada um de nós, encarnados, sente a sua maneira.
O etérico envolve o corpo físico e reproduz o seu formato, tem estrutura extremamente tênue, geralmente invisível ao olho nu (há algumas pessoas que, com treino, passam a ver o corpo etérico), de natureza eletromagnética e comprimento de onda superior ao ultravioleta.
O corpo etérico envolve e atravessa todo o corpo físico e seus órgãos, ultrapassando em aproximadamente 2,5 cm de espessura o corpo físico.
São 7 corpos do ser humano:
- Corpo físico. …
- Corpo duplo-etérico. …
- Corpo astral (ou corpo emocional) …
- Corpo mental inferior (ou corpo mental concreto) …
- Corpo mental superior (ou corpo mental abstrato) …
- Corpo búdico. …
- Corpo átmico.
Procuramos aprender a nos expandir naturalmente. É uma evolução natural do nosso propósito de vida que é trabalhar junto com o Plano Espiritual Superior. Nos sentimos andando em vasto salão, entre os espíritos amigos. Sorrimos, nos abraçamos como velhos e bons companheiros de trabalho.
Durante toda nossa preparação energética para chegar até o Pai, até o Universo Perfeito, um de nós teve uma intuição, que no CISCOS espiritual também acontece um trabalho de desobsessão ao mesmo tempo que o nosso. Quem já leu o livro de Maria Modesto Cravo, CASA MARIA DE NAZARÉ, sabe que trabalho de desobsessão no plano espiritual é normal.
O capítulo estudado foi o 17 do livro Libertação (resumo segue abaixo). As regras para ser ajudado está lá, simples e diretas. Quem quer ser ajudado, será. Quem faz de conta que quer mudar de situação, tá fora. Os amigos, os protetores espirituais, não tem tempo para ficar atendendo nossas birras e mentiras.
Como relata André Luiz, “o nosso orientador aconselhara fosse a entrada privativa dos Espíritos que se mostrassem conscientes das próprias necessidades”
Outra afirmação que se destaca foi referente à permanência da ajuda, do socorro ao lar da Margarida. “E nosso orientador fora categórico. A noite próxima assinalar-nos-ia o término da permanência junto ao lar de Margarida”.
Esse negócio de achar que porque rezou, os protetores ficam á nossa disposição é ilusão. A Vida é troca constante, para o bem ou para o mal. Para a vida é indiferente. Você é que escolhe de que lado quer ficar. Discurso vazio não enche barriga, não agasalha, não gera proteção nem física, nem espiritual. “A cada um, segundo suas obras, seu trabalho, sua dedicação, seu esforço, suas energias.”
Quando Gúbio fala pra André Luiz que haveria rigor na seleção de quem seria ajudado, lembramos da série do filme LIE TO ME, Engana-me se Puderes. Hoje a Ciência do Comportamento facilmente distingue a verdade e a mentira expressada pelos nossos gestos. O que Gubio afirma, o FBI tira de letra. Sugerimos que assistam à série e em especial o primeiro episódio da segunda temporada. Quem já leu o livro CONDOMÍNIO ESPIRITUAL de Hermínio de Miranda saberá onde o episódio foi inspirado.
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Os atendimentos desta noite tiveram uma característica. A maioria envolviam espíritos acidentados no mar, na água ou próximo dele.
Um dos atendidos, estava num grupo de espíritos alimentados pelo ódio e vontade de vingança. Uma nuvem vibratória vermelha os envolvia e enlaçava. Na medida que foram libertando a mente, a nuvem se dissipava. Com o espírito atendido, foi interessante que ele percebeu aos poucos que quem o socorria era o mesmo que ele perseguia. Não consegue mais lembrar o motivo do ódio, mas reconheceu que estava com a mente fixada. Na medida que compreende fica preocupado em contar para os outros, o grupo que pertencia, a descoberta libertadora dele. Interessante a vontade de ajudar que surge de imediato.
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Esse outro atendido foi uma situação dupla.
– eu estava no buraco da consciência pesada. Já sabia que não ia dar certo, sabia que ia dar errado, que ia acontecer o que aconteceu.
Estava fazendo um acampamento, choveu muito e tudo desabou. Ficou soterrado e fixado na ideia de que era culpado se os outros amigos morreram também. Mesmo retirado da terra, continuava fixado na culpa. Foi libertado , encaminhado e sobrou um ovóide que estava ligado a ele, para mantê-lo na sensação de culpa.
Situação que precisa ser estudada. O espírito é mantido em culpa. Sua mente exala energia de culpa, tanto é que ele não se sente retirado do buraco. Mas provavelmente está hipnotizado nesta culpa, exalando culpa. Para mantê-lo como dínamo de culpa, colocaram nele um ovóide. Ovóide tira energia, confunde a mente, desequilibra.
Coloque um espírito neste estado ao lado de um encarnado e pode imaginar o estrago mental que vai fazer. Depois do espírito ser liberto do ovóide, este recebeu também a ajuda necessária.
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A médium passou a sentir o ovóide ligado a ela. Com muito cuidado o ovóide foi retirado e levado para tratamento.
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Outro espírito perdeu um anel de pedra preciosa que ia dar para a namorada, caiu nas pedras. Depois recordou que estava num píer no mar, um buraco se abriu nas madeiras, deixou a anel cair, foi tentar pegar e caiu também. Com a mente confusa querendo recuperar o anel, também ficava ligado à namorada, querendo impedir que ela tivesse outro amor, outro companheiro. Acabou aceitando que a Vida continua, ele tem que seguir o caminho dele e deixar a namorada seguir o dela. Só que não ficou claro quando o acidente aconteceu, se recente ou faz muito tempo que persegue a moça.
Se faz muito tempo, imagine como foi a angústia desta mulher.
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Um espírito atendido, tinha uma situação semelhante, um espírito que morreu e ficou fixado na mulher amada que continuou a vida. Foi convidado a começar uma nova vida, mais equilibrada. – eu gostava de trabalhar em um restaurante, servia frutos do mar…
– você percebeu quanta gente tem aqui? Esse pessoal precisa comer. Vou te mostrar nossa cozinha.
– nossa! Que cozinha grande! É a maior cozinha que já vi.
– então você pode trabalhar aqui, ser garçom aqui.
– garçom não! Eu sou cozinheiro
– então você pode ser um chefe de cozinha aqui
– aqui tem chefe! Ele está aqui ao meu lado. Falou que posso trabalhar aqui. Vou começar por baixo. Vou ter que lavar a louça (risos)
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Para finalizar fizemos uma vibração para nós mesmos.
– Hoje trabalhamos muito com água do mar. Vamos entrando nesta água, sentindo a água no corpo, sentindo seu movimento.
A água do mar recebe o Sol e leva suas energias para as profundas da Terra. É o mar que faz a renovação energética da Terra.
Vamos mentalizando o mar entrando no nosso inconsciente, renovar a nossa história, a água do mar renova o nosso passado. Não só o nosso passado, de nós aqui encarnados.
A água do mar está renovando o passado de todos nós que estamos participando do trabalho desta noite. Sintam a água renovando, entrem no mar, sinta essa água brincando, ela está do lado de fora e também está dentro de nós, lavando nosso passado, renovando, limpando, aliviando, deixando mais leve o nosso passado, o nosso inconsciente.
E não é só o nosso inconsciente. Também a nossa parte de sobrevivência. Todos nós temos um sistema natural que nos conduz, um sistema de sobrevivência. Ele tem que ser acionado o tempo todo. Esse sistema de sobrevivência, independente do tempo, tem que ter bom senso.
Veja que interessante. O bom senso é sobrevivência. Sobrevivência e bom senso. A água do mar está limpando tudo dentro de nós.
Limpando, limpando, limpando, levando miasmas embora, pensamentos que estão grudados, que ficam lá incrustrados, igual fica nas pedras do mar, limpando dentro de nós, limpando o nosso passado.
Respire, respire para ajudar a limpar… até o final do trabalho continuem respirando…
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MENSAGEM DE ENCERRAMENTO DO TRABALHO
“- Boa noite meus queridos irmãos
Sintam as forças das marés, as ondas quebrando contra as pedras. Percebam a força dos mares, essa força dos mares também atingindo nosso passado, chegando a lugares ocultos, pela grandeza dela, pela força dela, pela idade dela! Os mares estão aí desde muitos e muitos milênios, fazendo esse papel, transformando, evoluindo, equilibrando
As ondas do mar, as águas, podem ser tempestuosas, isso depende da revolução que é necessária, isso depende do que é imposto a ela, calmaria ou revolta. Às vezes a calmaria tem sim o seu papel fundamental de acalmar nossas energias negativas, de trazer nosso equilíbrio, de trazer a paz, a sabedoria, o amor, o momento certo de saber agir, isso tudo conta nas águas calmas.
Agora nas águas tempestuosas, é quando precisa de ação, precisa de transformação. Transformação essa, que às vezes não depende de nós, não condiz com nossas atitudes, com nossas escolhas. Então às vezes acontece com a ordem do Universo, com as Forças Divinas, elas precisam, elas resultam nesse empurrões, nesses tombos que às vezes levamos quando estamos na praia, lógico num sentido figurado, empurrões na ariea para cairmos, ou quando com aquela maré forte rolamos pela areia porque não conseguimos segurar.
É isso que as águas tempestuosas também fazem, elas precisam da agitação para agir na vida de cada um, na força do Universo em si. É assim que nós trabalhamos, utilizando as forças, por isso as águas tem a sua importância na calmaria, tem sua importância na agitação.
(Neste momento a médium que transmitia a mensagem vê saindo das águas do mar uma mulher negra, belíssima, com uma roupa azul, rodada, que ia até as águas).
Pensem bem. Às vezes vocês precisam desacelerar e às vezes precisam acelerar. Uma vez é preciso rolar, se mexer, em outras a mensagem é “calma filho, calma; está muito ansioso, fica na calmaria”.
Estas são as funções da água, não só nas nossas vidas, mas nas forças que regem a Terra e todo o sistema do Universo. É esse balanço, esse equilíbrio o que é preciso para seguir em frente. Pode ser calmaria, pode ser agitação. Parecem opostos, mas que servem para o mesmo caminho que é a evolução de cada um.
Muito obrigado a todos, que hoje se molharam nas águas salgadas do mar, que sintam esse revigorante Sol batendo na pele, aquecendo seus corações e suas mentes. Sintam-se revigorados e acima de tudo transformados e equilibrados. Fiquem em Paz!”
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RESUMO DOCAPÍTULO 17 DO LIVRO LIBERTAÇÃO (1949)
No segundo dia de serviço espiritual definitivo, na tarefa de socorro a Margarida, com muito entusiasmo, a casa transformou-se. Desde a véspera, Saldanha e Leôncio eram os primeiros a pedir instruções de trabalho. Teimavam em dizer que os adversários do bem voltariam à carga. Conheciam a crueldade dos ex-companheiros.
Gúbio começou por traçar expressivas fronteiras, ao redor da casa, mantidas dali em diante sob a responsabilidade dos colaboradores que Sidônio nos cedera por gentileza.
Margarida sentia-se leve, bem disposta, e rendia graças ao Eterno pelo “milagre” com que fora contemplada.
De nosso lado, porém, as responsabilidades passaram a crescer. Atendendo às determinações de Gúbio, Saldanha dirigiu-se ao interior da casa e trouxe, por influência indireta, velha serva encarnada, que espanou móveis, bruniu adornos e abriu as janelas, dando passagem a vastas correntes de ar fresco.
As medidas referentes à limpeza prosseguiam adiantadas, quando vozes ásperas se fizeram ouvir, partidas da via pública. Elementos da falange gregoriana gritavam por Saldanha, que compareceu, junto de nós, desapontado e algo aflito. Nosso Instrutor paternalmente lhe recomendou:
— Vai, meu amigo, e mostra-lhes o novo rumo. Tem coragem e resiste ao venenoso fluido da cólera. Usa a serenidade e a delicadeza.
Saldanha estampou na fisionomia perceptível gesto de reconhecimento e avançou na direção dos recém-chegados. Uma das entidades de horrível semblante, de mãos à cintura, gritou-lhe, irreverente:
— Então? Que houve aqui? Traindo o comando?
O interpelado, que os últimos sucessos haviam alterado profundamente, respondeu humilde, mas firme:
— Meus compromissos foram assumidos com a própria consciência e acredito dispor do direito de escolher a minha rota.
— Ah! — disse o outro, sarcástico — Tens agora o direito… Veremos…
E tentando insinuar-se de maneira direta, clamou:
— Deixa-me entrar!
— Não posso — esclareceu o ex-perseguidor —, a casa segue noutra direção.
O interlocutor lançou-lhe um olhar de revolta insofreável e indagou estentórico:
— Onde tens a cabeça?
— No lugar próprio.
— Não temes, porventura, as consequências do gesto impensado?
— Nada tenho de que penitenciar-me.
O visitante fez carantonha de irritação extrema e aduziu:
— Gregório saberá.
Em breve, cenas diversas passaram a desdobrar-se.
Gúbio colocou sinais luminosos nas janelas, indicando a nova posição daquele abrigo doméstico; e, naturalmente atraídos por eles, Espíritos sofredores e perseguidos, mas bem intencionados, apareceram em grande número.
A primeira entidade a aproximar-se foi uma senhora que se ajoelhou, à entrada, suplicando: — Benfeitores de Cima, que vos congregastes nesta casa, em serviço de luz, livrei-me da aflição!… Piedade! Piedade!… O nosso Instrutor atendeu-a, imediatamente, permitindo-lhe a passagem… Pretendia outra vida, outro rumo. Implorava asilo e socorro.
Logo após, surgiram dois velhos, rogando pousada. Ambos haviam desencarnado em extrema indigência num hospital. Revelavam-se possuídos de imenso terror. Não se conformavam com a morte. Temiam o desconhecido e mendigavam elucidações. Padeciam de verdadeira loucura.
Curiosa dama compareceu pedindo providências contra Espíritos pervertidos e perturbadores que, em grande bloco, lhe não permitiam aproximar-se do filho, instigando-o à embriaguez.
Outra veio solicitar recursos contra os maus pensamentos de um Espírito vingativo que lhe não dava ensejo à oração.
A corrente dos pedintes, contudo, não ficou aí. Tive a ideia de que a missão de Gúbio se convertera, de repente, numa avançada instituição de pronto-socorro espiritual. Dezenas de criaturas desencarnadas, sob regime de prisão aos círculos inferiores, alinhavam-se, agora, ao lado da residência de Gabriel, sob a determinação de Gúbio que dizia aguardar a noite para os serviços da prece em geral.
Antes, porém, que o dia expirasse, começaram a surgir vários elementos da falange de Gregório, afirmando-se dispostos à renovação de caminho.
— Salvem-me dos juízes cruéis! — suplicou, emocionando-nos pela inflexão de voz — não posso mais! Não suporto, por mais tempo, as atrocidades que sou constrangido a praticar. Soube que o próprio Saldanha se transformou. Eu não posso persistir no erro!
Apelos como este foram repetidos muitas vezes.
Muitas entidades em desequilíbrio, lá fora, reclamavam acesso, pronunciando rogativas comovedoras; todavia, o nosso orientador aconselhara fosse a entrada privativa dos Espíritos que se mostrassem conscientes das próprias necessidades.
Um dos espíritos atendidos, que abusou da influencia mental nos seus leitores, contorcia-se em meus braços, sem que eu pudesse socorrer-lhe a mente transviada e ferida. Cautelosamente, enviei um emissário a Gúbio, que compareceu, em alguns segundos.
Examinou o caso e pediu a presença de Leôncio, o ex-hipnotizador de Margarida. À frente do recém-chegado, indicou-lhe o doente em crise e falou peremptório, mas bondoso:
— Opera, aliviando.
— Eu? Eu? — falou o convertido, semiapalermado — merecerei a graça de transmitir alívio?
Gúbio, no entanto, ponderou, sem hesitar:
— Serviço construtivo e atividade destrutiva constituem problema de direção. A corrente líquida, devastadora, que derruba e mata, pode sustentar uma usina de força edificante. Em verdade, meu amigo, todos somos devedores, enquanto nos situamos nas linhas do mal. É imperioso reconhecer, contudo, que o bem é a nossa porta redentora.
O maior criminoso pode abreviar longos anos de pena, entregando-se ao resgate próprio, através do serviço benéfico aos semelhantes.
— Começa hoje, aqui e agora, com o Cristo. Em tua determinação de ajudar, esconde-se a solução do segredo da felicidade própria.
Leôncio não mais vacilou
A assembleia, porém, crescia de hora a hora. Entidades de boa intenção buscavam-nos sequiosas de paz e esclarecimento, mas, francamente, doía-me observar tanta ignorância, além da morte do corpo.
Na maior parte dos presentes não surgia o mais leve traço de compreensão da espiritualidade. Raciocínios e sentimentos jaziam presos ao chão terrestre, vinculados a interesses e paixões, angústias e desencantos.
E nosso orientador fora categórico. A noite próxima assinalar-nos-ia o término da permanência junto ao lar de Margarida, e cabia-nos preparar quantos nos buscavam.
E refletindo nas dificuldades de quantos empreendem a reveladora viagem da morte, sem bases de verdadeiro amor e de legítimo entendimento nos corações que permanecem à retaguarda, exclamei:
— Sim, farei tudo quanto estiver em minhas forças para auxiliar.