Desta vez nos preparamos diferente para nosso encontro de desenvolvimento da mediunidade. Com antecedência, por watsapp passamos os nomes e endereços da pessoas que seriam atendidas no nosso exercício. Nomes de pessoas de fora e de companheiros nosso que estão com alguma dificuldade.
Começamos com o Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo 3, HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI. “Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vos teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também” .
Não fique angustiado com a vida. Creia que está sempre amparado, em todos os momentos. Olhe para trás e veja que chegou até o dia de hoje. Não importa quantos problemas já viveu, está aqui agora. Confia em Jesus, ele pede a sua confiança, o seu crédito. Isto que é humildade, além de nos ajudar, nos amparar, nos consolar, ainda pede para que confiemos Nele.
Jesus avisa que o que vemos não é o todo, não é o fim, é só um momento vivido. Ensina que existem outros lugares para nós. Que viveremos em outros lugares. Ele não falou se você quiser. Ele afirma que existem outros lugares que iremos conhecer e viver. É taxativo: se não existissem estes outros lugares, Eu teria dito, avisado, explicado, informado. Estou afirmando que existem outros lugares que esperam todos.
Explica porém, que não é tão simples assim, para nós, todos, sair de onde estamos agora e ir para onde Ele nos espera. É preciso preparo, esforço, adequação, de todas as partes. Ele vai na frente e verifica se está tudo em ordem para nos receber, e depois vem até nós para nos levar até lá. Dará muito trabalho para todos nós. Não será de mão beijada, nem na lei do menor esforço. Está avisando que vamos chegar lá, é nosso destino, mas vai dar trabalho…
Não se turbe o vosso coração. Quanta energia negativa cada um de nós deposita ao redor da Terra com nossas preocupações, falta de fé, sentimentos escuros, reclamações, exigências, inexperiência, negligência, preguiça, desculpismo, e muito mais. Quantos quilos de energia negativa nós depositamos ao redor da Terra todos os dias? Sabemos que existem falanges de espíritos especializados em limpar a aura da Terra semanal ou diariamente, conforme a necessidade. Damos um trabalho danado só para que nossos protetores nos mantenham em condições de viver sem arrebentar de vez. O tempo que eles perdem limpando a Terra, poderiam estar utilizando em nos ajudar a evoluir com maior rapidez. Se você quiser saber com detalhes este assunto, leia a introdução do livro 1/3 DA VIDA de Maria Modesto Cravo e Bacelli.
Passamos ao estudo do livro LIBERTAÇÃO de André Luiz. “Via-se, patente, naquela exibição de poder, o efeito do hipnotismo sobre o corpo perispirítico.
Em voz baixa, procurei recolher o ensinamento de Gúbio, que me esclareceu num cicio:
— O remorso é uma bênção, sem dúvida, por levar-nos à corrigenda, mas também é uma brecha, através da qual o credor se insinua, cobrando pagamento. A dureza coagula-nos a sensibilidade durante certo tempo; todavia, sempre chega um minuto em que o remorso nos descerra a vida mental aos choques de retorno das nossas próprias emissões.
E acentuando, de modo singular, a voz quase imperceptível, acrescentou: — Temos aqui a gênese dos fenômenos de licantropia, inextricáveis, ainda, para a investigação dos médicos encarnados. Lembras-te de Nabucodonosor, o rei poderoso, a que se refere a Bíblia? Conta-nos o Livro Sagrado que ele viveu, sentindo-se animal, durante sete anos. O hipnotismo é tão velho quanto o mundo e é recurso empregado pelos bons e pelos maus, tomando-se por base, acima de tudo, os elementos plásticos do perispírito”.
Fica a pergunta para você: os espíritos desafetos nossos, nos encontram porque nos arrependemos do que fizemos no passado? Se nos arrependemos do que fizemos no passado, porque continuamos a fazer coisas erradas no presente?
Refletimos sobre o assunto e surgem outra dúvida: se não nos arrependemos do que fizemos, como é que os espíritos, que não nos perdoam, nos acham? Pode ser explicado pelo fato de que tudo o que fazemos de mal ao outro, nos liga a este outro, energeticamente, indefinidamente, até que as vibrações sejam modificadas, alteradas para outras mais agradáveis a ambas as partes. É o choque de retorno das nossas próprias emissões.
Tem o outro problema que é a culpa desenfreada que abre brecha, através da qual o credor se insinua, cobrando pagamento. Culpa é bom quando nos renovamos. É um desastre, quando nos paralisa. Sentiu, culpa, abriu brecha, vira prisioneiro. Prisioneiro é um sujeito que não consegue fazer mais nada, passa a obedecer quem manda nele. Bem que Jesus avisou que o jugo dele era suave e pedia para crermos Nele. Não se turbe com a culpa. Continue produtivo e assertivo. Não seja prisioneiro de você mesmo. Sabe aquela desculpa de agora não dá?
“Os elementos plásticos do perispírito”. O perispírito se amolda, conforme a situação e o que fazemos com ele. Pode ficar inteiro, íntegro, ou estrupiado. Obedece seu dono. Vemos isto nitidamente nos atendimentos espirituais. Tomamos como exemplo, espíritos que morreram degolados na guilhotina. Já atendemos espíritos que continuavam na guilhotina esperando a morte. Depois de alguma conversa consegue ver sua cabeça no chão. “- olha lá minha cabeça no chão, como é que pode, se estou com ela no lugar?”. Em outro atendimento foi o contrário “não tenho cabeça, olha ela aqui debaixo do meu braço, sou um homem sem cabeça”. Em um o perispírito se manteve intacto, muito embora o corpo tenha sido mutilado. No outro caso, a sensação da mutilação se estendeu até o corpo perispiritual.
O tempo passa muito rápido e chegou a hora do exercício de expansão mediúnica. Lemos os nomes de todos que seriam atendidos, alguns com endereços citados, outros já bem conhecidos nossos. Um dos atendidos, muito doente em um hospital lá na Europa, conforme sua esposa informou, “a impressão que eu tenho é que ele está preso em uma masmorra”. Começamos nosso desprendimento, sem fazer distinção para os atendimentos, nos desprendemos prontos a seguir as orientações dos nossos orientadores com a companhia sempre muito agradável dos estudantes espirituais que nos acompanham todas as terças-feiras. É uma alegria quando nos encontramos “do lado de lá”, sorrisos e abraços… Um dos nossos companheiros médium sorria tanto quando chegou lá, que até brincamos com ele: – onde vai com este sorriso rapaz!?
Cada um de nós é livre para falar o que está vendo e sentindo. Tudo é importante.
– estou vendo uma grade, está bem na minha frente. Atrás tem uma porta, parece uma boca… acho que é uma gruta, um buraco escuro. A grade não deixa as pessoas saírem deste lugar…
– vamos tirar a grade?
– precisa de muita força para abrir…
– e se a gente diluir a grade, ao invés de fazer força para abrir, vamos imaginar se desmanchando igual se tivesse sido jogado um pó de pirilimpimpim…
– conseguiu romper a grade?
– abriu… estou vendo flores na frente desta caverna.. flores violetas, flores brancas…
– a cor violeta, com bem vimos semana passada, é cor de transformação… vamos transformar tudo com nossas mentes… vejo as pessoas saindo, estão saindo mas não sabem para onde ir…
– vamos recebe-las do lado de fora? … vamos receber a todos com muito carinho, muita luz… mantenham a luz do lado de fora… fulano saiu… beltrano saiu também…
– vamos construir do lado de fora um jardim, com flores, água cristalina, lago, fontes e bebedouros, bancos de jardim
– estou vendo até mesinhas para jogar dominó, como em todas as praças…
– um ambiente com muito verde, muita luz, agradável… para que todas as pessoas possam se sentir bem… muita água para que possam se saciar de água pura e cristalina…
– vejo uma casa, um castelo de cristal, brilhando… as pessoas podem ficar lá dentro para se recuperar, um abrigo…
– muito brilho do lado de fora, mas dentro desta casa está escuro… vamos entrando para ajudar as pessoas que entraram com medo, tristeza… vamos ajudar a clarear a casa do lado de dentro…
– um pouco de amarelo… dentro da casa, para tornar o ambiente mais aconchegante…
– vejo o P. doente, na maca. Desde a semana passada ele está na maca, mas precisa ter vontade de levantar…
– vamos ajudar ele se levantar… vamos ajudar a sentar, todos nós amparando ele sentado… agora vamos sustentar para ele ficar de pé e andar um pouquinho
– vejo um índio, tipo americano ao lado dele, com penas brancas, ele está ajudando a sustentar ele andando…
– vamos deixar ele andando pelo hospital, quando terminar nós o colocamos de volta na maca…
– vamos voltar para as pessoas no jardim… muitas crianças correndo e brincando… cachorros também correndo…
– o ambiente está muito alegre
– agora cada um de nós, cada um pense no seu problema pessoal… vamos jogar numa grande fogueira que nossos índios prepararam num canto desta praça… cada um escreva num papel seus problemas, seus medos… pessoal, é seu… vamos jogando nesta fogueira, deixa queimar tudo… vamos ver quanto tempo a gente leva para agarrar os problemas tudo de novo… ou podemos largar tudo queimando e nos livrar deles…
– vamos recolocando o P. na cama, desta vez mais reclinado, mais animado…
– nossos amigos índios estão nos oferecendo uma água para tomar e passam na nossa testa um óleo, uma essência… vamos tomar esta água pura…
– vamos retornando para nossas cadeiras… tudo que vimos vai continuar, o trabalho vai continuar durante a noite e alguns de nós voltarão para continuar trabalhando… voltem todos para a cadeira, se mexam, cabeça, pescoço, pés, rosto, batam as mãos nos braços da cadeira… voltem todos.
Após, fizemos a prece de agradecimento e foi muito agradável trocar nossas impressões sobre o trabalho desta noite.