Só índio verdadeiro trabalha como índio Libertação cap 4

O encadeamento do estudo e treinamento mediúnico desta noite foi muito interessante e principalmente gratificante aos nossos corações. Antes do início do estudo, estávamos conversando sobre a paz da Natureza, como facilita desdobramentos, a valorização destas oportunidades. O ESE foi aberto no capítulo 26, 1 – Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes. (Mateus, X: 8).

 

2 – “Dai de graça o que de graça recebestes”, disse Jesus aos seus discípulos, e por esse preceito estabelece que não se deve cobrar aquilo por que nada se pagou. Ora, o que eles haviam recebido de graça era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, ou seja, os maus Espíritos. Esse dom lhe fora dado gratuitamente por Deus, para alívio dos que sofrem e para ajudar a propagação da fé. Ele lhes diz que não o transformem em objeto de comércio ou de especulação, nem em meio de vida.

 

Começamos a refletir e desafiar os velhos padrões de pensamento. Quem tem uma faculdade, um dom, tem porque foi agraciado particularmente por Deus ou porque, através de milênios de evolução, desenvolveu este dom, esta faculdade? É uma graça ou um esforço pessoal, dolorido, cansativo, exaustivo, durantes muitas e muitas encarnações? Ganhou de graça ou conquistou?

 

Jesus não tinha muito tempo de explicar as coisas para a multidão que O seguia. Não perdeu tempo de ensinar a Nicodemos que não entendeu “é preciso renascer de novo”. Como é que vou nascer do ventre de minha mãe novamente. Jesus se limitou a dizer, você que é um homem estudado não sabe destas coisas?

 

Ninguém tem dons de graça. Conquista-os através de milênios de experiências. O que temos de graça é a ajuda, naquele momento, para executarmos uma tarefa que beneficia o outro. Deus neste momento, age através da pessoa que ajuda, que cura, que socorre, que ensina…

 

Quem tem medo de pensar, ousar, refletir sobre as próprias crenças vai retrucar: mas Jesus falou dai de graça o que de graça recebestes. Vai dizer também que Kardec completou: e por esse preceito estabelece que não se deve cobrar aquilo por que nada se pagou.  Se considerarmos a ajuda do plano espiritual, dos amigos, dos protetores, isto sim, vem de graça e por estas dádivas, não podemos cobrar. A ajuda que recebemos é um presente que recebemos de amigos que nos querem bem. Não pode ser cobrado,

 

Alguém pode dizer: e não é a mesma coisa? Não. Dons, são conquistados, com dedicação pessoal, única, intransferível. Suas habilidade, seus dons, suas facilidades, pertencem somente a você e cada um tem que continuar investindo pesado para ser cada vez melhor no bem que sabe fazer. Não tem nada de graça aí. Proteção espiritual é de graça, mas não é indiscriminada. A cada um, segundo suas obras, para o bem ou para o mal.

 

Toda conquista pessoal precisa ser sedimentada, cristalizada dentro do ser. Com a desencarnação, o que é frágil, sem constância, sem empenho, se dilui no esquecimento, e fica perdido no lugar comum. Aprender é conquistar o conhecimento e incrustá-lo dentro de si mesmo. Pouco aprendizado, pouca permanência. Não se transfere para as próximas experiências reencarnatórias, ainda mais, se tiverem percalços maiores dos que os atuais.

 

É só prestar atenção no staf de Jesus. Primeiro 12 e uns poucos outros que desistiram. Depois 30 que saíram à frente anunciando o Mestre e por fim os 70 com a recomendação de que se não fossem ouvidos, acreditados, saíssem das vilas e limpassem as sandálias: de lá não tragam nem a poeira. Pedro já estava pronto, pescava enquanto esperava o Mestre vir chama-lo. João e outros jovens, correram atrás assim  que o viram. Lucas sempre esteve um passo atrás, procurando e anotando suas histórias por onde passava. Foi o historiador de Jesus. Zaqueu caiu de maduro da árvore. Estava lá em cima esperando Jesus passar. Jesus disse: Zaqueu, desça, e ele caiu qual fruta madura nos braços do Mestre, sendo o nosso Mateus. João assistiu tudo muito jovem, quase uma criança, e morreu velhinho nos contando tudo o que viu e o que previu. Isto mostra que poucos encarnaram junto com Ele, para ajuda-lo a cumprir Sua missão na Terra. Todos estavam preparados, seus dons desenvolvidos, suas capacidades de perceber o Mestre ativas. Outros estavam lá, naquele momento, mas não entenderam nada.

 

Ninguém se iluda, que basta ter contato com o Espiritismo, e já é suficiente para iluminar e abrir caminho nas reencarnações futuras. Doce ilusão… Os romanos diziam a respeito de Pompéia, mulher de Júlio César (62 a.C) A mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta. Parafraseando, o espírita não basta se dizer espírita, tem que raciocinar dentro da liberdade da Doutrina Espírita.

 

Raciocinar, interpretar o mundo, escolher atitudes, como espírita, é a minoria das minorias absolutas. Fizemos as contas. Hoje encarnados, os cristãos são apenas um terço da população. Hoje estão encarnados 7,6 bilhões de pessoas. Os cristãos no seu todo são apenas  2,5 bilhões de pessoas. Os brasileiros, por enquanto ainda na sua maioria cristãos, são 200 milhões, 12,5% dos cristãos ou 3,8% da população mundial. Os espíritas nesta conta representam hoje 4% dos brasileiros. Espiritas católicos, espíritas evangélicos, espíritas espiritualistas, espíritas ateus, espíritas que só entram em contato com a Doutrina quando precisam de passe, e por aí vai. O total de espíritas no mundo, não passa de 8 milhões de pessoas, dentro de um universo de 7,6 bilhões de encarnados. Considerando que a maioria dos que se dizem espíritas, não são comprometidos, sobra muito pouco. Em que pé você está dentro desta conta?

 

Muito ainda falamos sobre o assunto da situação do Espiritismo na atual realidade brasileira e o quanto cada um de nós entende da oportunidade única, nesta encarnação, que tem de liberdade para pensar, atualmente. Nas próximas décadas talvez as coisas não estejam tão fáceis para os espíritas como estão neste momento.

 

Demos continuidade ao estudo do livro LIBERTAÇÃO, este gigante produzido por Chico Xavier e André Luiz. Estamos no capítulo 4, conseguimos refletir sobre a metade de um parágrafo. “– Guarda as perguntas intempestivas no momento. Estamos numa colônia purgatorial de vasta expressão. Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerado inteligência sub-humana. Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo na floresta. Afeiçoam-se a personalidades encarnadas ou obedecem, cegamente, aos espíritos prepotentes que dominam em paisagens como esta….”

 

“Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerado inteligência sub-humana.” São dois tipos humanos de população na subcrosta, nas profundezas do Umbral. Aqueles que tem consciência do que são e fazem, e estão expurgando seus mal feitos e os outros que ainda não chegaram na condição humana que nos reconhecemos sobre a superfície da Crosta. É por isto, que em muitos atendimentos de desobsessão, os médiuns se deparam com multidões de espíritos atuando naquele episódio. Tem as lideranças, os mentores, os executores e também essa massa de espíritos em desenvolvimento, sub-humanos aos nossos olhos e conceito, comandados, conduzidos ou afeiçoados aos líderes daquela situação obsessiva.

 

“Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre.” Só esta informação, seria suficiente para manter em alerta, o espírita que tem algum conhecimento sobre obsessão, seja contra si mesmo, seja contra outra pessoa e que ele quer ajudar. Como dizem os ditados: de boa intenção o inferno está cheio; quem ajuda o desgraçado, fica no lugar dele. Ser médium, ser trabalhador espírita, trabalhar com desobsessão, é para poucos, minoria absoluta, perante a humanidade. Como diz Antonio Banderas no personagem do famoso dançarino Pierre Dulaine  no filme Vem Dançar: tudo o que vejo aqui, são escolhas…  É por isto que muitos começam entusiasmados e depois vão arrumando uma desculpa e saindo fora. Estão certos de acordo com seu foro íntimo.

 

“Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo na floresta. Afeiçoam-se a personalidades encarnadas ou obedecem, cegamente, aos espíritos prepotentes que dominam em paisagens como esta….” Acabamos sendo levados para a situação do índio, da relação com os português, quem eram os bandeirantes, quem eram os escravos, caçados por outros negros, aparentemente primitivos na África, mas que sabemos serem europeus extremamente comprometidos, que resgataram seus males na escravidão. O mesmo podemos dizer das lideranças indígenas, algumas muito belicosas, outras astutas para fazerem grandes acordos com os portugueses. A inocência que lemos nos livros de história não era de 100% dos indígenas ou escravos no Brasil. Recomendamos a leitura da coleção Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil ou no canal History. O assunto rendeu…

 

Começamos nosso exercício de desenvolvimento mediúnico. É uma passagem direta, não há mais necessidade de grande preparação, estamos tão sintonizados com o plano espiritual, que apenas apagamos as luzes, ligamos o som especial, com alta vibração e já estamos sintonizados e ligados. Alguns médiuns vão sentindo as aproximações, colaborando, conversando mentalmente, às vezes manifestando uma mensagem, ou revelando um recado ou percepção. Todos participam, percebem, atuam. Mama Di chega muito alegre, a vontade de todos nós é abraça-la. Ela diz vocês não pensem que foi acaso falarem sobre os índios, estão todos aqui, era preciso que vocês percebessem a presença deles.

 

Um índio fala. – Nós que estamos aqui somos índios de verdade. Aqueles que reencarnam índios e não são, não voltam para trabalham com a gente. Só índio verdadeiro trabalha como índio. Vocês precisavam conversar sobre isto. “Quem é índio continua índio, mas quem não estava índio, não continua…”

 

– Qual o trabalho de vocês aqui no Ciscos, junto a nós?

– nós tiramos o barulho da cabeça de vocês…

– Nós limpamos a sujeira dos seus pensamentos. Entramos em vocês e deixamos vocês mais aliviados, mais calmos. Ajudamos vocês pensarem…

 

Mama Di retorna: vocês quando chegaram aqui, não estavam trazendo problemas e pedindo ajuda? Nós ouvimos vocês falarem disso. Sabe qual é o remédio para a cura dos seus males?

– COMEÇA

 

Dá aquele riso alegre e sai. A médium intui: começa a pensar; começa a fazer; começa a ser…

 

 

MENSAGEM PSICOGRAFADA

 

 

Perdoem, meus irmãos

 

Não importa quem foi índio, quem foi bandeirante, quem foi português.

Ninguém erra de propósito. Se foi feito de determinada forma é porque a pessoa não sabia fazer de forma diferente.

Se preocupem com a forma que vocês fazem nessa atual existência. É hora de agir com o conhecimento já adquirido.

Tomem cuidado para não entrar no automático e ser levado pela onda do consciente coletivo, atualmente ludibriado pelo excesso de distrações.

A tecnologia surgiu para promover o progresso e auxiliar, e, não para imobilizar e atrapalhar. Saiba utilizá-la com sabedoria e parcimônia. Não deixa ela te dominar, como já fez com muitos dos atuais encarnados.

Aproveitem a oportunidade que têm nas mãos. Tanto a de se desenvolver espiritualmente apurando as virtudes, quanto ajudando aqueles ao vosso redor a se desenvolverem também.

Que a Paz de nosso Mestre amado nos envolva!

 

 

Oração psicografada na reunião de desobsessão

 

Pai Amado!

 

Nos dê olhos para ver as nossas imperfeições e assim corrigi-las…

Nos dê a capacidade de enxergarmos o que já temos e conquistamos, para que possamos agradecer por isso.

Nos dê coragem para praticar o bem que já conseguimos por em prática.

E por fim, nos dê humildade para reconhecermos nossos limites e termos consciência de até onde podemos ir sem excessos de auto cobrança.

Que possamos saber que tudo tem seu tempo.

Assim seja!

 

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