Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira
Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira
Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
Como sempre nossas atividades espirituais começam na quarta-feira, a partir das 14: 30, na preparação e vão acabar, para nós encarnados, na quinta-feira às 21 horas. É uma sequência maravilhosa de acontecimentos, que confirmam nosso entusiasmo pelo trabalho. Estas 33 horas foram uma verdadeira tecelagem entre plano material e plano espiritual. Uma filigrana bordada com mãos divinas.
Começamos nossa preparação com o tema trabalho, inspirado no livro encontro Marcado, capítulo 26. “Nunca é demais qualquer referência ao trabalho, fator de evolução e burilamento. Não admitas que adversidade, tropeço, desilusões ou dívidas te impeçam de receber-lhe o benefício salvador. Mas, onde estiveres, trabalha construindo o bem. Se aspiras ao progresso, terás de adotar com ele a cobertura de todos os teus planos.”
Em seguida, na reunião pública, André Luiz nos recomenda com o Sinal Verde: “O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar. Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador”
Estávamos todos, muito entusiasmados com as bênçãos que a tarde nos reservara. Nossos corações pulsavam, as boas energias nos cercavam. Passamos ao estudo do livro A Obsessão e suas Máscaras. Marlene Nobre, faz jus ao seu nome. O cuidado que tem em esmiuçar os assuntos e trazer a base da doutrina através dos grandes autores, é luz em nossas mentes e corações. O tema que estamos estudando há várias semanas é ideia fixa. Desta vez encontramos uma explicação de André Luiz, de como os especialistas em causar o mal, se preparam muito bem nos seus ataques:
“Leonel, o obsessor tarimbado em hipnose, confirmou entusiasmado o objetivo da técnica empregada: – Sim, aprendemos nas escolas de vingadores que todos possuímos, além dos desejo s imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um desejo central ou tema básico dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do desejo central que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver.
Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usurário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo… Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos retificar ou punir, é, assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se lhes superponham , nutrindo-lhe dessa forma, a fixação mental.
Com esse objetivo, basta alguma diligência para situar, no convívio da criatura malfazeja que precisamos corrigir, outras entidades que se lhe assemelhem ao modo de sentir e de ser, quando não possamos por nós mesmos, a falta de tempo, criar as telas que desejemos, com vistas aos fins visados, por intermédio da determinação hipnótica. Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o delírio psíquico ou a obsessão , que não passa de um estado anormal da mente subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo. E, sorrindo, sarcástico, Leonel concluiu: – Cada um é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio.
Logo depois, ele, obsessor, colocou a mão sobre a fronte de Luís, mantendo-se na profunda atenção de hipnotizador governando a presa. Luís, então, começou a falar de outras terras que seriam suas e sai em desabalada carreira na direção da fazenda do vizinho. Leonel, demonstrando a satisfação de vingador, disse que transmitiu ao campo mental de Luís um quadro fantástico, através do qual as terras do vizinho estariam em leilão, caindo-lhe, enfim, nas unhas. Bastou que o obsessor hipnotizador mentalizasse a tela para que o infeliz tomasse como verdade indiscutível e passasse a imaginar as terras como sendo suas.”
Como não existe coincidências em trabalho sério de desobsessão, exatamente esta situação foi constatada em um dos atendimentos da noite. Um quadro terrível de hipnose, em que a entidade cheia de culpa, estava impregnada de imagens que a perseguiam e puniam ao mesmo tempo. Este espírito, em algum momento do passado, transgrediu a lei do respeito ao semelhante, e usando do seu poder, cortou as mãos de vários subalternos. O tempo passou, no plano espiritual as perseguições foram aumentando, os vingadores foram se fortalecendo até que a culpa tomou conta de sua consciência.
A partir da culpa instalada, foi aprisionado e hipnotizado com as imagens de mãos o agarrando sem dar trégua. Estava cercado pelas mãos que um dia decepou. Um quadro triste de hipnose. O atendimento consiste em tirá-lo deste quadro, desta hipnose, mostrando outra realidade em que ele possa transitar sem culpas ou medos. É uma guerra consciencial, na qual o dialogador entra como um mediador a trazer novas esperanças e possibilidades.
Na leitura de estudo, Canção da Esperança de Robson Pinheiro, que precede o atendimento espiritual, tem um diálogo interessante entre o orientador e o rapaz convalescente, que começa a trabalhar ajudando outros espíritos em pior situação que ele. O jovem está entusiasmado com o que está fazendo, quando é carinhosamente advertido.
– este lugar e tudo que você vê e sente é criado por mentes superiores, especializadas; são elas que mantem tudo o que você está vendo
– então podemos ficar aqui?
– vai depender de vocês; poderão ficar aqui ou ir para lugares menos felizes
– como assim? Porque não podemos ficar aqui?
– vai depender das vibrações que vocês emitem. Para ficar aqui terão que vibrar de acordo com as vibrações daqui; caso prefiram vibrações de menor qualidade, serão atraídos para lugares equivalentes.
No início do trabalho da noite, dos atendimentos, um cheiro semelhante a formol envolveu o ambiente. O coordenador estranhou formol para o tipo de trabalho espiritual ali executado. Ficou a interrogação. Estávamos em cerca de 22 trabalhadores. Destes, seis eram médiuns psicofônicos. Três com muita energia de doação. Alguns com vidência. Uns oito com competência para diálogos. Um bom time presente. O trabalho nos deixou admirados ou talvez espantados.
Não dá para citar todos, alguns foram destaques. O das mãos, que perseguiam o espírito hipnotizado, já foi relatado acima. Outro caso, o espírito queria assumir o corpo de uma das médiuns por três meses. Segundo ele, está acostumado a fazer isto por milênios. Não é obsessão, não, nada a ver com ela. Só quer ficar com o corpo dela por três meses. Para ele , mais do que natural. Não entendia porque não estávamos deixando. Para quem duvida que isto possa acontecer, recomendamos a leitura do livro Condomínio Espiritual de Hermínio C. Miranda. Em um dos casos de estudo, esta obra explica com detalhes uma comunidade de espíritos desencarnados, que partilham com um encarnado o mesmo corpo físico. Exatamente como um condomínio, onde várias pessoas vivem no mesmo edifício, cada um tem sua hora certa de sair ou entrar. Têm até regras e “síndico”.
Outra situação que ocorreu, durante o trabalho, com o Plano Maior utilizando nossas energias, foi o resgate de espíritos em forma e estado animalizados. Foram resgatados das cavernas, trazidos e sedados com o líquido que estávamos sentindo o cheiro. Não é formol. Não é conhecido dos encarnados. Estes espíritos praticamente perderam a forma humana, foram colocados para dormir e depois guardados em capsulas protetoras. O Plano Maior apenas utilizou nossas energias para realizar o resgate que vai muito além do nosso entendimento.
Um dos médiuns de sustentação, concentrado, sentia um peso no ombro. Outra médium ao seu lado começa a conversar mentalmente com o espírito que estava sobre ele.
– quando não puxa (fumar cigarro) eu mordo. A cena era muito nauseabunda aos olhos da médium.
Este espírito está vinculado a esta pessoa, induzindo o fumo através de agressão. Quando o encarnado não está fumando, ele o morde com violência. No momento que o encarnado pega o cigarro, suspende a agressão, permitindo um alívio para o mal estar. Este caso é para refletir. É um vício ou uma defesa de agressão espiritual? Um processo obsessivo sutil.
Observação pós escrita: o encarnado, que fumava 3 a 4 maços de cigarro por dia, a partir deste momento abandonou o cigarro totalmente, sem sentir a mínima vontade de fumar. Tem a sensação de que nunca fumou na vida.
Outro espírito que foi atendido, está tão enraizado nos seus pensamentos, nas suas idéias fixas, que praticamente se tornou uma estátua. Enquanto o dialogador conversava com a entidade, tudo foi gravado. O espírito naquele momento não conseguiu ouvir, não tem a mínima condição para isto. Foi levado para um hospital. Lá será tratado e o diálogo, ou monólogo gravado, ficará tocando para ele ouvir e aos poucos ter alguma reação. For long, long, time…
Uma das coisa que encanta neste trabalho é o sentido de equipe dos trabalhadores. Seis médiuns psicofônicos, seis grupos trabalhando. A cada caso atendido, naturalmente, se forma um grupo em torno do diálogo. Médium, dialogador, passista, vidente, o que for útil naquele momento, para aquele atendimento, espontaneamente é mobilizado. Neste nosso grupo de desobsessão não tem médium estático, alheio ao que acontece à sua volta. Todos sabem o que está acontecendo, o que é preciso fazer, como pode ajudar. Ninguém é dono de posição. Todos são trabalhadores. Dá gosto de ver, seis grupos trabalhando ativamente e as cadeiras, brancas e vazias. Terminado os atendimentos, voltamos todos a sentar, para ouvir os mentores, receber os passes, trocar nossas impressões.
Na quinta feira, demos continuidade aos trabalhos da Casa. Na leitura do livro de Inácio Ferreira, Egos em Conflito, foi destacado o alerta para nossa dedicação ao trabalho e nossa melhora. “Milhares de espíritos não conseguem romper a sua mesmice evolutiva, há séculos e séculos! É um entra e sai do corpo qual se nada de mais importante estivesse acontecendo… Muita gente, sem saber se o amanhã haverá de chegar para elas no corpo carnal, vivem deixando para fazer amanhã o que lhes é possível fazer hoje e agora. Sabem que o amanhã existe, porém, não podem saber se existirá para elas nas circunstâncias que esperam… Posto que o futuro seja inevitável, o amanhã há de chegar para todos nós, crentes e descrentes, mas, talvez, as situações que hoje nos favorecem não haverão de ser as mesmas de amanhã!…”
Na mensagem de abertura, o mentor avisou: vocês vão lidar com muitas grades e chaves.
Começamos o atendimento, utilizando a técnica da pessoa que vai ser atendida naquela noite, nos levar até o local de sua residência. Ela vai descrevendo o caminho, e todos nós, seguindo-a, vamos entrando em sintonia com suas particularidades. Chegando em frente ao prédio em que mora, vamos adentrando, subindo o elevador, chegando até a porta e adentrando sua casa. Dentro percorremos todos os cômodos, sentimos o ambiente e começamos a perceber a situação espiritual. Todos os médiuns participam, falam o que estão vendo, ouvindo, sentindo.
Vidência por Desdobramento:
Essa capacidade consiste em ver seres, espíritos, energias, cenas e ambientes do mundo extrafísico. É uma visão que vem do espírito do médium e não do seu corpo físico. O seu desenvolvimento depende da atividade do chakra frontal, e não da mediunidade em si. Desdobramento é a capacidade que todo o ser humano possui de projetar a consciência para fora do corpo, utilizando-se dos corpos sutis de manifestação. O médium desloca-se no astral com seu espírito exteriorizado do corpo físico; assim pode dirigir-se ao local da cena para observá-la; neste caso a visão é mais nítida e completa.
Residir em apartamento tem muitos problemas espirituais. É difícil saber se o que ocorre pertence ao morador daquela unidade, ou se é problema espiritual do vizinho. Isto quando o problema está onde o terreno em que o prédio foi construído. Às vezes, antigos casarões, outras chácaras, alguns bairros abrigaram favelas…
Os médiuns viram muitas coisas estranhas. Na porta do apartamento tinha um macaco que batia na cabeça das pessoas que entravam. Assim você já entra desequilibrado dentro da própria casa. Sabemos que estes animais, são seres humanos, hipnotizados e transformados e em formas animalescas com comportamento quase irracional. Muito mais comum do que podemos imaginar. Outra sentinela também ficava na porta destilando raiva e ódio.
A sala do apartamento era um verdadeira selva. No banheiro facas caiam do teto. Ouviram ordem que dizia: quebra o chão do banheiro. Debaixo do piso quebrado saiam bichos. Uma faixa vibratória negativa ligava o apartamento com o local de trabalho do morador.
Isto não quer dizer que pertence aos atuais moradores. Este apartamento tem uma história pregressa de moradores que viveram mais de uma década sem pagar aluguel e condomínio. Muitos conflitos ocorreram durante todos estes anos. Os novos moradores, reformaram, pintaram, trocaram armários, mas a impregnação negativa energética, miasmática, permaneceu. Os novos moradores moram na velha energia negativa dos antigos moradores. Esta é a diferença entre morar em uma casa e em um Lar. Levamos muitos anos para transformar nossa casa em nosso Lar. Somente com Jesus, muita prece, educação espiritual, pouco a pouco este milagre vai acontecendo. Vigiai e orai. Mais uma benção que a Doutrina espírita nos ensina!
Outro espírito fazia buracos no chão de terra. Poderia ser no terreno onde está construído o prédio. Não ficou nítido. Pedia sua pá. Fazia buracos e pessoas saiam dos buracos. Enquanto este espírito conversava através de um médium, recebia passes. Reclamou – estão fechando meus buracos! Foi encaminhado.
O mundo material é realmente muito limitado. Há algum tempo temos atendido um caso de obsessão mútua, familiar, onde todos os envolvidos querem ser obsidiados e obsidiar. Qual a nossa surpresa quando ao chegarmos no prédio da atendida da noite, ser o mesmo lugar onde este intricado caso de obsessão compartilhada está ocorrendo. O espírito que várias vezes conversamos foi o primeiro a chegar.
– você foram na minha casa e estou aqui
– semana passada você não tinha ido embora com o pessoal daqui?
– fui mas voltei, me chamaram e estou aqui, eles sempre me chamam
– é escolha sua não ficar lá, você vem porque quer
– eles é que me chamar. Faço aniversário e eles vão lá colocar flores, me chamam o tempo todo.
– você não tem ninguém que morreu antes de você, que venha te convidar para ir com eles?
– tenho, eles me convidam, eu vou mas volto, eles me chamam e eu venho…
– você virou apenas um defunto, morreu mas ficou… (faz 15 anos que desencarnou e vive nesta situação)
– eles me chamam para ajudar meu irmão… eu venho…
– você já viu defunto ajudar alguém?
– é… não tenho como ajudar… mas eles me chamam…
– assim você ganha do seu irmão, está sempre na frente, é o principal…
– é… eu gosto do meu irmão… mas eles só pensam em mim… lá só tem a minha foto, não tem foto do meu irmão…
– você compete tanto com ele, que morreu só para ficar na frente dele, precisa ganhar dele até depois de morto, ou morreu para ganhar dele…
– eles me chamam… só pensam em mim… meu irmão está doente… eles me chamam para ajudar…
– está na hora de você se afastar, pensar em outras coisas…
– não posso ir embora… eles me chamam… tenho que ficar… ajudar meu irmão… só tem minha foto lá…
– vamos colocar um capacete na sua cabeça, você não vai ouvir nada do que vem de fora, não vai ouvir ninguém te chamar; vai ficar no silêncio; vou ficar calado, ouça o silencio; estou aplicando uma injeção em você para dormir; você vai dormir e descansar, no silêncio…
Ela chegou magoada com a atendida. Reclamava que foi usurpada. Ela, a considerava amiga e não aceitava a traição que sofreu.
– ela era minha ama, achava que ela era minha amiga, mas ela roubou meu marido e tudo o que era meu
– você vivia onde? Fazia o quê?
– como fazia o quê? Não fazia nada! Mulher não faz nada! E você e ela com essas roupas!
– você vivia no palácio? Gostava do salão?
– isto! Salão, música! Ela roubou tudo de mim! Me trancaram lá embaixo, no escuro…
– é difícil roubar tudo de você… você não ficou doente, não se lembra?
– estou com tosse, a tosse vermelha… mas vou ficar boa…
– você sabe que esta doença mata…
– morri! … meus filhos também morreram!… porque ela não morreu?
– ela não vivia só no palácio, saia na natureza, talvez era mais forte…
– eu gosto dela, quero ficar com ela…
– o tempo passou, muita coisa mudou e você tem que se atualizar… veja quem veio conversar com você
– com ele não quero falar… ele quer conversar comigo, não quero falar com ele… ele me traiu, me colocou lá embaixo no escuro…
– você precisa conversar com ele, entender as coisas. Depois que estiver bem vai poder encontrar com sua amiga…
Chegaram muitas crianças, pediam ajuda. Em trabalho de desobsessão não tem criança, o que pode acontecer é espírito travestido de criança. Neste caso eram muitas crianças, estavam chorando e com fome. A dialogadora mentalizou cuidadores de crianças e orou para que viessem socorrer este grupo. As crianças foram levadas…
Uma senhora, espírito, pediu para dizer para a filha dela, que ela, a filha, está bem, não precisa ficar mais preocupada do que está. É só um momento de tristeza, vai passar e melhorar. Esta senhora se identificou como Tereza.
Outro espírito, que já esteve no trabalho de outras vezes é um leva e traz. Vai dando informações do nosso trabalho para muitos que querem vir, mas têm medo. A fama do nosso atendimento é que quem entra aqui vai ser preso, não volta. Este é o jogo de informações que o poder trevoso utiliza. Cada espírito que é atendido e não retorna, porque não quer retornar, é divulgado como tendo sido preso, encarcerado. Questão de marketing. As trevas não querem que seus dominados saibam que aqui seus escravos são libertos. Este espírito, vai e volta, dando notícias, contando o que sabe e o que vê. Ele se vê fazendo uma boa ação, leva flores para os outros. Foi até nosso jardim e pegou algumas flores para levar. Reclamou que nosso jardim está meio abandonado, com poucas flores. É verdade, demos uma relaxada no trato do jardim. Este espírito, apesar de ir e vir, continua com medo de ficar preso.
Uma entidade se manifestou desesperada, perdida, está presa em um lugar cheio de grades, procura a saída e não encontra… Foi ajudada a encontrar uma saída…
Ela chega desconfiada…
– fique à vontade, seja bem vinda
– será que posso ficar aqui?… estava escondida atrás da parede…ali no canto
– não precisa ficar escondida, nem ficar na parede… ainda mais agora que você está mais livre, não tem mais corpo.
– como assim?
– onde vocês estava, o que estava fazendo antes?
– eu estava passeando, andando na calçada… caiu uma árvore em cima de mim, mas não aconteceu nada…
– quando cai uma árvore em cima da gente, sempre é grave…
– só desmaiei, olha lá, eu desmaiada no chão
– acho que foi mais que desmaio… você ficou de fora vendo você caída no chão, não foi?
– é, estou vendo… mas é só um desmaio…
– quando uma árvore cai e cima da gente, é mais do que um desmaio… você está de fora vendo seu corpo…
– será que eu morri?… mas eu estou viva… olha eu aqui conversando com você…
– seu corpo morreu, aquele corpo você não vai usar mais, agora é vida nova…
– então vou voltar para a parede, não sei para onde ir
– não precisa voltar para a parede, agora vai ter casa nova para morar, vida nova, conhecer outras pessoas…
– se eu vou para uma casa, e esses meus amigos que estão aqui junto, estavam comigo lá na parede…
– chama todos, tem lugar para eles também
– tem lugar para todos eles? É bastante gente…
– tem sim, tem a casa, comida, banho e cama para dormir e descansar…
– se tem tudo isso eles vão, já falaram que vão, nós vamos todos para lá
Enquanto a conversa desenrolava, outro espírito, percebido por outra médium ficava fazendo fusquinha: falei que morreu, tá vendo, morreu, morreu…
Uma das trabalhadoras da casa, se viu impedida de vir trabalhar. Seu joelho cada vez mais inchado, muita dor, não conseguia andar. Não sabia o motivo de ter acordado uma manhã, nesta situação. Fazia mais de uma semana que estava assim… Seu caso foi sintonizado…
Falava bem baixinho, com medo…
– cuidado, tenho medo dos cachorros, eles morderam o joelho dela, então com os dentes cravados…
– os cachorros são seus?
– eles são meus, mas tenho medo deles…
– porque seus cachorros estão mordendo o joelho dela?
– fui eu que comprei os cachorros, mas desde que chegaram tenho medo deles…
– para que você comprou os cachorros?
– é que ela tem um cachorrinho e eu também queria tem um cachorro… comprei os cachorros das trevas, mas tenho medo deles…
– você comprou os cachorros das trevas?
– é...
Aqui vai uma observação: semana passada, nos trabalhos, foi atendido um senhor que trabalhava para um criador de animais. Este senhor estava muito triste com a maneira que os cachorros eram tratados. Tinha medo do patrão e dó dos animais. Este senhor foi encaminhado para outro serviço, onde tratavam bem os animais. O Plano Espiritual Superior, quando a gente vai com o milho, estão voltando com o fubá…
Continuando…
– não precisa ficar com medo, agora nós vamos cuidar dos cachorros
– é muito perigoso! Vocês não tem medo!
– fique tranquila, aqui tem uma pessoa que sabe cuidar deles…
– outro dialogador, acostumado em lidar com estes tristes quadros hipnóticos, assumiu, atendendo um a um daqueles humanos travestidos de animais…
– você não é um cachorro, é gente, é um ser humano… não precisa ficar agredindo nem mordendo, pode voltar à sua forma… fique tranquilo, nós vamos cuidar de você… você vai dormir, vai ficar numa cama, tranquilo e quando voltar a acordar estará consciente de quem você é…
Foi atendendo um a um, colocando para dormir e os amigos encaminhando para atendimento no setor hospitalar.
A moça espírito também foi esclarecida e acolhida.
O trabalho estava sendo findado. O coordenador recomendou para que os médiuns não se concentrassem Foi um momento de absurdo desespero de quem sofre em todas as fibras d’alma, quase aos raios da loucura da dor. Mulheres, muitas, entraram gritando pedindo ajuda. Interessante que elas entraram pelo fundo do salão, pegando a médium que estava próxima, que entrou em agitação de dor e outra trabalhadora que estava ao lado, arregalou os olhos, com o mesmo desespero, a mesma dor nas costas. Tinham algo cravado nas costas. Foi solicitado a outra médium que sintonizasse o que estava ocorrendo. Tudo isto acontecendo muito rápido. Ela também sente a agressão nas costas. O quadro era horripilante! Essa mulheres estavam pregadas em um madeiro, com uma lança, ou um espeto, nas costas.
Todos os médiuns entraram em vibração, elevaram ao máximo sua capacidade de amor e doação e rapidamente aqueles seres foram acalmando, socorridas e levadas. Estávamos pasmos diante de tanta dor! Precisamos nos recompor.
O mentor veio conversar. A emoção era muita. Tom sério, pausado… A médium captava a mensagem e reproduzia…
Que pena que a gente não consegue absorver o que não é concreto. Nunca vamos ter noção da profundidade que um trabalho proporciona para o encarnado e o desencarnado… A ajuda é muito abstrata aos nossos olhos… Difícil perceber e aproximar a compreensão da grandeza de um trabalho feito numa Casa como esta…
Mensagem dos mentores, psicografada:
Um pensamento fixo pode aprisionar um espírito em determinado acontecimento por séculos. O tempo passa e o espírito fica lá parado na situação, que se repete como se fosse verdade, quando não passa de uma criação mental. Isto também pode acontecer quando o espírito está na matéria, no entanto por menos tempo.
Quando se encontrarem nesta situação, tanto na matéria quanto especialmente fora dela, procure mentalizar vosso Irmão Maior. Quando não for possível, se concentrem nas energias da natureza, contidas nas cachoeiras, nas árvores, nos cantos dos pássaros, na força das águas dos rios.
Se esforcem para lembrar dos momentos felizes, de conquistas e se possível se esforcem para ver o que de positivo tem naquela situação.
Tomem cuidado, pois como foi dito é possível que a cena possa se repetir por séculos e assim aprisionar o espírito. Isto pode acontecer com qualquer um.
Um bem espiritual que protege os espíritos disso é o perdão. Dizem que ao perdoar estamos confiando que Deus é um juiz melhor que nós. Portanto meus irmãos pratiquem o perdão, em todas as oportunidades. Aproveitem os momentos de ofensa para esta prática.
Fiquem com a Paz de nosso amado irmão Jesus!
Boa tarde,
esse caso do “condominio espiritual”me lembrou dessa reportagem da Globo de 1981, ocorrida na cidade de Pacaembu.
Assistam.
https://www.youtube.com/watch?v=MK4rEtCICnk
abs
marcelo