Quanto mais vivemos, mais nos aproximamos do passado.

Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira

Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira

 

Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)

        Quanto mais vivemos, mais nos aproximamos do passado.

 

        Quando criança estamos protegidos, porque ninguém conhece a nossa nova “casa”. Corpo novo, pais novos, lugar novo, cor da pele, cor do cabelo, às vezes sexo novo, nome novo. Todos estes componentes, ajudam a nos esconder por um bom tempo dos nossos inimigos do passado, até dos nossos egos do passado. Mas o tempo passa… inexoravelmente. Vamos assumindo velhos hábitos, repetindo velhos erros, cristalizando manias, fixando idéias e pensamentos antigos, até que de repente nos acham! Somos descobertos pelos desafetos do passado. A partir deste momento a nossa vida vira do avesso, pode dar um giro de 180º.

 

        É só pensar com toda lógica possível. Ontem fomos piores do que somos hoje. Se hoje viver bem é um desafio, imagine ontem, sem os conhecimentos e liberdade de pensar que temos hoje. São milênios nas nossas costas evolutiva. Não é apenas aquele desafeto que tivemos notícia, são muitos outros desencontros, rivais, vencidos e vencedores que acumulamos na nossa história pessoal. Uma pena que muitos companheiros de jornada, ouvem estas verdades mas não acreditam que se relacionam com sua própria história. Uma pena mesmo.

 

         Nossos inimigos podem estar nos procurando há décadas, séculos ou milênios. Depende onde ele fixou sua raiva de nós. Nosso grupo de trabalho já se conhece suficiente para saber que temos estes penduricalhos do passado grudados nas nossas auras, nossos campos vibratórios, nossas energias. Ficam atrás de nós e quando nos encontram além do prazer de poder começar suas desforras, avisam outros, que conheceram no caminho. Por isto o ditado: a desgraça nunca vem só. Dificilmente somos cobrados por um único cobrador. No geral, na medida que vamos perdendo nossas forças de defesa, outros vão se instalando ou instalam equipes para nos prejudicar. Ao mesmo tempo, ativam lembranças do passado em nossa memória acásica (Akhashicos ou akásicos)  e nós, mais enfraquecidos,  vamos ressuscitando egos passados que vão dominando o Eu de hoje.

 

        Não conhecemos nenhum outro projeto de trabalho, que não do de Estudos de Desobsessão do Grupo Inácio Ferreira, que se dedique exclusivamente a atender o passado espiritual de um grupo de pessoas, de espíritos encarnados. O que fazemos não consta na literatura espírita. Temos conhecimento de atendimentos socorristas para pessoas específicas, mas igual ao nosso trabalho, onde temos a lista dos trabalhadores afixada na no quadro de avisos, com todos os nomes e datas, para serem atendidos, e novamente atendidos, e novamente atendidos, enquanto o trabalho do grupo existir, é caso único. Ás vezes fica a impressão que os felizardos participantes deste presente divino não captam, não percebem o significado de tamanho presente espiritual.

 

        É claro que dentro destes assistidos, existem os incrédulos, mesmo que não declarados. Trabalham, ajudam, participam, são ajudados, mas para eles é difícil aceitar que os ataques mórbidos realizados pelas entidades espirituais, realmente sejam em sua direção, sejam cobranças verdadeira, que existam estes débitos do passado atuando no presente. Está mais próximo de uma história da Carochinha que os adultos liam e contavam quando era criança. Como diz Inácio Ferreira – dos Dois Lados da Vida, não há quem não esteja sendo influenciado pelo seus “egos” – antigos inquilinos que nos habitam o “porão da individualidade”, e. de lá, ficam nos gritando ordens, interferindo quanto podem em nossa liberdade de ação atual.

 

        O capítulo estudado do livro Egos em Conflito foi rico em elucidar sobre os velhos hábitos. Segundo Emmanuel O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina. Ah!, como o homem na Terra e em seus arredores, está necessitado de criar novos hábitos, em substituição às suas velhas e equivocadas manias! Exclama Inácio Ferreira.

 

        O estudo deste capítulo foi uma experiência extraordinária para nosso Eu atual. Fizemos exercícios para despertá-lo, atualizá-lo diante do momento que vivemos. Quando falamos que envelhecer é caminhar para o passado, nos inspiramos nas palavras de Inácio: Cada qual dos nossos “egos” habita um “universo” diferente, não apenas de nossa individualidade, como também do espaço e do tempo… mormente nos registros acásicos, referentes ao passado, o que fomos permanece “vivo”.

 

        A ousadia deste pensamento vai além, por isto afirmamos anteriormente, que muitos de nós, que fazem parte deste grupo de atendimento a nós mesmos, não acredita no resultado. Inácio faz outra afirmação: Se algum dia, alguém conseguir empreender, realizar, uma viagem no tempo, voltando ao Passado, haverá de se deparar consigo mesmo nessa ou naquela experiência vivenciada. O que nos leva a compreender que a série de filmes De Volta para o Futuro (1985) não é ficção nem entretenimento, é realidade nas telas de cinema. O tema do filme é muito interessante: o garoto preocupado com a possível separação dos pais, quer retornar à época em que eles eram jovens e se apaixonaram.

 

         No nosso trabalho de atendimento programado, por certo voltamos a um passado bem mais distante. Não tem quem de nós não tenha se deparado com um cobrador que nos persegue à centenas de anos, ou até mais, de milênio. Quando atendemos na quarta-feira, nos posicionamos mais distantes dos problemas apresentados. Imaginamos não ter relação pessoal com os espíritos socorridos. Na quinta é diferente; é problema nosso, pessoal e intransferível.

 

         Passado, hábitos, rotina, educação. Para Kardec, pedagogo, educação é conjunto de hábitos adquiridos. Inácio vai além: O hábito negativo é uma “entidade” auto-obsessiva! O homem encarnado precisa pensar mais nisto, procurando assim libertar-se da rotina estabelecida por este “condicionamento”, que em essência, funciona como uma auto-hipnose! Uma ação repetida tende a se mecanizar. Os hábitos de uma pessoa são quase como sua “impressão digital” – o seu rastro, a sua marca, o seu estilo – os seus hábitos se lhe “imprimem” no formato do rosto, nas linhas que lhe constituem o desenho da face. Hábitos não pertencem ao corpo, mas sim ao espírito!

 

        Ferreira continua: A tendência ao comodismo pode fazer com que o espírito permaneça em determinada condição espiritual por séculos! A diversidade de experiências vivenciadas é que enseja o espírito uma evolução mais rápida. A maioria dos espíritos, ao longo das vidas que se sucedem, vivem a repetir a “si mesmos”. Somente quando se desloca do meio em que esteja vivendo é que o espírito se abre para novas perspectivas existenciais. Para que possa acordar da própria letargia, o espírito, na própria reencarnação, carece experimentar choques biológicos e emocionais.

 

        Realmente o estudo deste capítulo, 20, de Egos em Conflito, é uma chamada de consciência e atitude. Continua Inácio: O sofrimento é uma espécie de alavanca que, tendo o corpo como ponto de apoio, força o espírito a se arredar do lugar comum, no qual, semelhante a uma pedra, ele já esteja criando limo…

 

        Foram estas reflexões que nos prepararam para a atividade seguinte, a Desobsessão Programada para nossas próprias mazelas. No estudo do livro 1/3 da Vida, o assunto foi o esquecimento do que fazemos enquanto dormimos. Mesmo que tenhamos tido boas atividades, normalmente as esquecemos, ficando na memória apenas a última ou a mais significativa. O fator das dificuldades que enfrentamos na sobrevivência do dia a dia e o quanto nosso repouso é prejudicado e nossas viagens astrais ficam limitadas.

 

        A leitura do Evangelho foi inspiradora. Harmonizou o estudo anterior com o trabalho vindouro.  Caridade lembrou a sigla BIP Benevolência, Indulgência e Paciência. Como é difícil a vida agitada de uma grande cidade como a nossa. Este é o burilamento que todos nós estamos sendo forçados a sofrer, dia após dia, aprendendo através do exercício da Benevolência, Indulgência e Paciência a ser melhor que ontem.

 

         Nas palavras de abertura, dos nossos orientadores, chegou a baiana, toda decidida para o trabalho. Vamos trabalhar meus filhos! Vamos rodar.

 

        O espírito chegou voando, estava sem saber aonde, tudo voava. Uma das médiuns informou que fora vítima de uma explosão.

estou voando…

– então vamos pousar, com cuidado, descendo…. colocando os pés no chão…

– não sei onde estou, é tudo confuso

– preste atenção onde está, veja as pessoas que estão ao seu lado, estão te chamando, vão te levar para um bom lugar.

 

         Outro espírito chorava de revolta, não conseguia parar de se lamentar e chorar

ele tomou meu lugar, eu é que tinha que ter nascido

– quem sabe você tem outra coisa melhor a fazer

– o lugar era meu, ajudei a preparar este corpo, fui eu quem escolheu a cor do cabelo…

– você se acalmando provavelmente vai entender porque aconteceu isto, vai conseguir outro corpo

– foi se acalmando, começou a conversar, a prestar atenção

ele é mais baixo, sou mais forte que ele…

– então, provavelmente este corpo não ia ficar bom para você e agora você vai poder preparar outro do jeito que você é…

 

        Chega com aquele jeito de quem está fazendo o que não deve. Conta vantagem e diz que é quem aperta os botões.

este serviço é fácil, ele não reage, faço o que eu quero, vou apertando os botões

– para que servem estes botões

– medo, medo….

– é isto que você faz?

– é coloco medo nele. Hoje vocês tem outra palavra… insegurança… eh,eh,eh

– como é que funciona…. porque você faz isto?

– me mandaram, sei fazer isto….

– como é que você faz?

– ele tem os botões do alto da cabeça até os pés, tudo bem alinhado, nem dá trabalho… tem gente que tem um pedaço aqui, outro ali… ele não, tudo certinho, do último fio de cabelo até o calcanhar… eu só fico apertando… medo, insegurança, dúvida… não sabe se vai pra cá ou pra lá… eu só apertos os botões, sou bom nisso eh,eh,eh…

– e se a gente apertasse os seus botões?

– não pode, esse não é o trato… o combinado é que eu fico aqui apertando os botões e ninguém aperta os meus…

– vou apertar ( o dialogador dá um toque muito rápido e leve na cabeça)

você errou, acertou no ombro…

– apertei foi na cabeça, quer dizer que o ponto está no ombro…

– errou, não é no ombro…

– então vou apertar na sua cabeça… aperta com um pouco mais de tempo e força

– o espírito se encolhe na hora… estou com medo, você não podia apertar… medo….

– agora você vai ser socorrido e vamos tirar os botões de você também

 

 

        Ele faz sinal para não fazer barulho

estou escondido aqui no mato… ninguém pode me ver…

– nossa!… o que aconteceu que você teve que se esconder aqui no mato?

– eles estão correndo atrás de mim e não podem me achar…

– você entrou em alguma briga?

– é eu bati também…

– e eles te bateram muito…

– não, eu é que bati… eles tem paus nas mãos e me bateram, mas eu bati também

– se eles eram muitos, provavelmente você apanhou muito, eles estavam dando pauladas…

– eu sou forte, bati também…

– mas eles são muitos… o que acontece quando alguém apanha com muitas pauladas?

– desmaia…

– acho que não só desmaia…

– você quer dizer que eu morri?…. mas eu estou aqui, conversando com você?…

– você está aqui conversando mas seu corpo ficou lá, caído no chão, veja… no mato acho que os urubus já comeram…

– os bichos do mato comeram… porque ninguém nunca falou comigo?

– e agora, como é que eu faço, vou para onde?… aqui é bonito, tudo branco, a casa é branquinha… as pessoas também estão vestidas de branco… gostei daqui… tem gente falando comigo… agora minha cabeça está doendo…

– primeiro você vai até o pronto socorro para essa dor ser curada e depois vai para um lugar maravilhoso, vai gostar

 

        Chega satisfeita

estou me preparando para ir na festa.. festa chic, olha como estou linda… você não vai, não tem roupa chic como eu

– você vai sempre nesta festa?

– gosto de ir na festa… minha amigas também vão na festa… só tem gente bonita nesta festa…

– mas o que aconteceu nesta festa? Parece que teve alguma coisa…

– é uma briga, mas estou fora desta briga… tem muita gente brigando…

– estão jogando garrafas…

– não, é só copo que estão jogando…

– olhe bem… tem garrafa voando… uma acertou na sua cabeça…

– não acertou na cabeça não… foi no pescoço (leva a mão no pescoço)

cortou teu pescoço… em sangue…

– cortou meu pescoço, tem sangue mas eu estou bem…

– o que acontece quando corta o pescoço e sai todo este sangue?

– estou caindo no chão, mas estou bem…

– acho que você não está bem… não levantou mais…

– é mesmo… não levantei… eu morri?

– morreu…

– faz tempo que toda noite vou pra festa… não quero mais ir na festa…

– agora você pode fazer outra coisa…

– tem muita gente aqui trabalhando… não quero mais ir pra festa… vou ficar aqui… é uma casa branca

 

        Ele chegou carregando um peso nas costas. Contava vantagem.

esse aí é fraco, facinho de derrubar… derrubo ele com um sopro…

– o que você está carregando nas costas?

– é uma máquina para eu soprar ele… um ventinho e já derruba, fraquinho ele…

– e precisa de uma máquina para fazer isto?

– é esta é uma máquina de sopro… é só soprar através dela que  que ele parece uma pena voando no vento…

– nós temos uma máquina nova aqui, você não quer aprender a usá-la?

– é quem sabe é mais forte… ultimamente eu sopro na máquina mas ele não está caindo tão fácil, não é mais uma peninha voando, está ficando um graveto

– mas eu vou ter que aprender a usar essa máquina nova… será que vou gostar?

– nós propomos você ficar aqui conosco seis meses…

– seis meses não fico… só 3 dias eu fico aqui…

– então está combinado, você fica aqui para nos conhecer

Obs: quando terminou o trabalho, e estávamos  trocando nossas impressões, uma companheira de trabalho contou que na hora que ele disse que derrubava com um sopro da máquina, ela, com medo, imaginou uma capa protetora e se cobriu de luz. Demos boas risadas com o jeito como ela contou.

 

         Ele foi filho no passado. Uma relação de amor e ódio.

demorei achar ele nessa casa nova (novo corpo, reencarnação)

– agora tudo mudou, você pode confiar nele

– sinto raiva dele… também eu fazia tudo para contrariar e ele me batia muito… ele não é este carneirinho, é lobo

– o tempo pode mudar as pessoas…

– eu também era um lobo, não gostava do que ele fazia com minha mãe e provocava ele e ele me batia

– posso sentir raiva dele?… vocês não vão ficar me julgando?

– você vai aprender a confiar nele, a perdoar e mais tarde seguir com ele de maneira diferente

 

        A primeira mensagem do final do trabalho foi singela.

Boa noite!

Foi uma noite importante e significativa para todos nós. Vocês se reúnem e nós podemos comparecer num momento tão importante.

Que a paz esteja com todos vocês e uma boa semana

 

        A baiana voltou para se despedir.

Você está falando comigo ( conversando com a médium)

Que gira bonita foi hoje! É só deixar a baiana fazer o trabalho dela.

Hoje eu vi todo mundo ajudando. Não pede e não perde… (Ninguém pediu nada e não perdeu energia)

Quando apertar lembre a gente. Roda, roda

 

         Os orientadores do trabalho nos deixaram estas mensagens por escrito:

 

          Olá meus amigos. Boa noite

            A caridade material é a mais fácil de fazer, especialmente pelo fato daquele bem doado não fazer falta para o doador, diferentemente do óbolo da viúva.

            Concentrem-se naqueles três aspectos da caridade como entende Jesus, como já comentado aqui hoje. Benevolência, Indulgência e Paciência.

            Procurem treinar cada um desses aspectos cada dia, nos momentos de relação com os irmãos encarnados em especial.

            Todos os aspectos de uma vez. Experimente começar pela indulgência. Esta já irá trazer outros desafios, como por exemplo os julgamentos realizados diariamente.

            A escada é alta meus queridos, mas um degrau de cada vez chegaremos lá, sempre com nosso amado irmão Jesus iluminando nossos passos (demandando de nós a atenção aos seus ensinamentos e vivências).

            Não desanimem meus queridos. Fiquem em paz.

 

 

          Meus amigos, tocando novamente no assunto do auto perdão lembrem-se que vocês entraram nessa vida imperfeitos e ninguém vai voltar para o mundo espiritual sendo um espírito perfeito.

            Sendo assim, irão continuar cometendo erros, o que é comum aos espíritos imperfeitos, ou seja, não se punam por erros cometidos. Se pensarem assim irão se punir por muitas encarnações pela frente.

            É possível ficarem contentes e se sentirem plenos com as pequenas conquistas do dia a dia. Elas vos alimentam para terem energia para continuarem.

            Dos erros extraiam apenas aprendizado. Auto punição não traz benefícios.

            Como falado anteriormente “não deixe para amanhã o que pode deixar para lá, hoje”

            Não apliquem essa máxima apenas para as ações dos outros, mas especialmente para vossas ações.

            Vocês erram e vão continuar errando , errando… Mas não tem problema. Vocês estão aí para aprender e no processo de aprendizagem há muitos erros. É inerente ao processo.

            Sendo assim não dê muita atenção aos seus erros, apenas para aprender com eles.

          Vão meus queridos. Que a paz de nosso irmão amado  vos acompanhe.

 

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