Quando, onde e como, será nossa próxima oportunidade de reencarnação?

Grupo de Estudo e desenvolvimento da mediunidade e do trabalhador mediúnico Maria de Nazaré

Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)

 

Desde a nossa chegada, começamos a conversar sobre a mediunidade, a oportunidade de ser médium em um universo de bilhões de pessoas que nem imaginam do que se trata.

A leitura do ESE, capítulo 20, Os Trabalhadores da Última Hora, começa assim: O Reino dos Céus é semelhante a um homem pai de família, que saiu de madrugada, a fim de aliciar trabalhadores para trabalhar na sua vinha. 

            O que significa pai de família no nosso imaginário? Aquele que cuida, o que tem responsabilidade sobre o grupo familiar, o que sustenta, o que protege. Para trabalhar na sua vinha, acrescenta mais responsabilidade para o pai de família, aquele que provê, que gera trabalho para o outro.

Saiu de madrugada, significa que o ser responsável por tantos, acorda mais cedo, sai mais cedo, busca seus trabalhadores antes do dia de trabalho começar.

Encontrou os primeiros trabalhadores e tendo acertado com os trabalhadores que eles teriam uma moeda por sua jornada, os enviou à vinha. Saiu ainda na terceira hora do dia e tendo visto outros que estavam na praça sem nada fazer, lhes disse: Ide vós também, vós outros, para minha vinha e eu vos darei o que for razoável.

O senhor da vinha, não fica parado na praça esperando os trabalhadores. Chega, convoca os trabalhadores e vai embora; depois retorna e convoca outros que estão lá, inermes, agindo inutilmente, sem produtividade e diz que fará o pagamento que achar merecido.

Saiu ainda na sexta a e na nona hora do dia, e fez a mesma coisa. E tendo saído na décima primeira hora, encontrou outros que estavam sem nada fazer e lhes disse: Por que permaneceis aí durante todo o dia sem trabalhar? É, disseram-lhe, porque ninguém nos aliciou. Estariam estes últimos prontos para o trabalho, mas sem convite para realiza-lo? Estariam aguardando o chamado, no lugar certo, na hora certa?       E ele lhes disse: Ide vós também, vós outros, para minha vinha.

            A tarde tendo chegado, o senhor da vinha disse àquele que tinha a incumbência dos seus negócios. Chamai os obreiros e pagai-lhes. O convite para o trabalho foi do senhor da vinha. Mas o trabalho a ser desenvolvido tinha um orientador, alguém que estava lá para orientar o trabalho seguindo o desejo do patrão. Não é o patrão que vai fazer o pagamento, é seu mensageiro.

Todos receberam uma moeda cada um. Seria possível que este é o limite de nossa evolução nesta fase da vinha do senhor? Uns trabalharam muito, outros foram convocados para terem pouco trabalho. Seria porque os primeiros para produzir bons resultados estavam pouco preparados e precisaram de mais tempo? Os últimos, também chamados pelo mesmo senhor, tinham capacidade de produzir muito em poucas horas?

Este assunto nos remeteu aos exilados de outros planetas, outras galáxias, que de quando em quando, foram chegando no planeta Terra, convivendo com os homes primitivos, originários daqui mesmo. Aqueles que vieram cumprir pena de exílio no solo da Mãe Terra, eram mais preparados, tinham muito conhecimento, e dificuldades morais que precisavam ser corrigidas através de experiências em solos mais áridos. Sabemos que povos com conhecimentos ainda indecifráveis para nós, povoaram a Terra em várias oportunidade. Sabemos também que alguns aqui chegaram e não conseguem evoluir o suficiente para retornarem aos seus solos de origem. Recomendamos a leitura imperdível de Exilados Por Amor de Lúcius e Sandra Carneiro.

A contrapartida também é verdadeira. Muitos dos terráqueos estão sendo enviados para outras plagas mais difíceis, para novo aprendizado. Recomendamos dois livros que abordam o assunto: Todos os animais Merecem o Céu de Marcel Benedeti e Herdeiros do Novo Mundo de Lúcius e André Luiz Ruiz onde encontramos as palavras de Bezerra de Menezes – Encarnados e desencarnados já estão sendo separados segundo suas vibrações específicas a fim de que a atmosfera humana não fique à mercê dos ataques da vasta horda da ignorância que se opõe aos nobres princípios representados pelo Cordeiro de Deus. Esforcem-se por entrar pela porta estreita e não descansem até que o consigam. Do lado de fora, posso lhes afirmar, já há prantos e ranger de dentes.

Mas em resposta ele disse: Meu amigo, eu não vos fiz injustiça. Tomai o que vos pertence. Esta mensagem é clara para cada um de nós, temos o que merecemos, o que conquistamos, o que evoluímos. A cada um conforme suas obras ao longo dos milênios.

            A partir destas reflexões fomos aprofundando nossa viagem dentro de cada um de nós. A oportunidade de ser médium, hoje, em São Paulo, num grupo de estudo com o nosso é minoria absoluta dentro da humanidade atual, 8 bilhões de encarnados e 22 bilhões de espíritos. Quando, onde e como será nossa próxima oportunidade de reencarnação?

Uma das companheiras comentou que estava pensando justamente neste assunto, perguntando a si mesma como aproveitar a oportunidade, quando ouviu – estude muito. Porque estudar? Simples: porque temos tempo nesta reencarnação de fazê-lo. Existem reencarnações que só temos prática, sem tempo para teorias. A vida não nos dá folga, não nos permite descanso, não dá espaço para nós mesmo. Outras encarnações, como as do grupo de estudo que pertencemos, oferece oportunidade de recolhermos conhecimentos, juntar experiências alheias, criar projetos novos de vida. Esta é a nossa atual oportunidade. Termos a liberdade de ser médiuns.

Fizemos uma reflexão profunda, que chega a dar medo, um frio na espinha. A Idade Média, durou mil anos, dez séculos. Vai se instalando com a invasão dos bárbaros vindos do norte da Europa, de forma avassaladora, destruindo tudo o que estivesse pela frente. Os valores ligados à educação e literatura clássica praticamente desapareceram.  Em finais do século VI, os principais meios de instrução religiosa são a música e a arte, em vez do livro. A cultura literária, tão desenvolvida pelos romanos,  perde significado enquanto estatuto social. Os laços familiares entre as elites eram importantes, assim como os valores de lealdade, coragem e honra.

Com a Idade Média, expande a cultura cristã – que permanecia bíblica e romana e não admitia a realidade dos poderes mágicos – e também as crenças novas de origem céltica, germânica, inclusive, mais tarde, eslava e báltica. As crenças em sua expressão folclórica muitas vezes se assemelham: mas a Igreja não parecia preocupar-se com todas aquelas coisas que ela chamava superstição.

Na Alta Idade Média (900–1300), o ceticismo em relação à bruxaria aumentou, dando origem a uma lei canônica da Igreja que afirmava ser heresia acreditar em bruxas e feitiçaria.

A crise do século quatorze, que começou com uma série de anormalidades agrícolas muito desfavoráveis, e teve seu ápice na “peste negra” de 1348, criou uma situação muito ruim, que continuou até a metade do século dezessete, caracterizada por epidemias, carestias, fome e mortalidade, sobretudo de crianças. No nível religioso, aconteceu que, nestes mesmos séculos, a Igreja teve que fazer frente a muitas heresias e, depois, sofrer a Reforma Protestante, que a cortou em duas. No nível político, estes séculos – desde o quatorze até o dezessete – foram os mesmos em que se tentou criar os estados absolutistas modernos, que não admitiam que ninguém nem nada pudesse fugir do seu controle.

São fatores da mudança para perseguição às médiuns, chamadas bruxas: 1) Insegurança da Igreja que, com medo da heresia, perseguia velhas superstições das quais nunca, até então, havia cuidado; 2)desastres climáticos, econômicos e sociais para os quais era necessário encontrar um “bode expiatório” a quem atribuir responsabilidade; 3)novo e duro controle da sociedade pelo estado absolutista. Estas três circunstâncias, atuando ao mesmo tempo, foram a origem da caça às bruxas como da perseguição de outros marginais, inclusive os judeus.

Uma grande quantidade de superstições até então dispersas convergiu para esta nova imagem das bruxas, que era a imagem de uma mulher má, aliada do diabo e enlaçada a ele através de um pacto, cuja tarefa era a derrubada da cristandade. Foram os teólogos do século quinze que aperfeiçoaram os elementos que ainda faltavam à imagem “definitiva” da bruxa: o pacto com o diabo e a realidade dos poderes mágicos. É a construção de um perfeito “bode expiatório”, ao qual, até a metade do século dezessete, serão atribuídas as responsabilidades por toda a má sorte do Ocidente. São bodes expiatórios dos maus pensamentos de uma sociedade cheia de desejos e de medo, de vícios e de impotência.

        Durante o século 16, quando a caça às bruxas varreu a Europa, nas regiões onde as inquisições eram melhor desenvolvidas a histeria foi contida. Em Espanha e Itália, inquisidores treinados investigavam as acusações com mais cuidado. Em outros lugares, especialmente na Alemanha, os tribunais seculares ou religiosos queimaram bruxas aos milhares.

        Lutero pensou que as bruxas deveriam ser queimadas por fazer um pacto com o diabo, mesmo que não prejudicasse ninguém, e ele participou da queima de quatro delas em Wittenburg. Os protestantes invocavam Êxodo 22,18: “Tu não deve deixar uma bruxa viva”. Como Calvino disse: “A Bíblia nos ensina que existem bruxas e que devem ser mortas… esta lei de Deus é uma lei universal”. Os calvinistas, na verdade, eram muito mais ferozes contra as bruxas do que os luteranos. O pior ano na Inglaterra foi 1645, quando os presbiterianos calvinistas estavam no poder. Onde os ingleses calvinistas podiam, eles propagavam a caça às bruxas. Onde quer que o Calvinismo se tornasse forte, bruxas foram sistematicamente caçadas.

A perseguição à mediunidade está enraizada nos nossos egos anteriores. O ego atual tem experiências muito novas sobre liberdade de pensar e agir. Não estão solidificadas dentro de cada um de nós. O medo da perseguição está presente, nos fecha como uma concha, nos enterra num buraco.

Começamos nosso exercício mediúnico. Os espíritos amigos e companheiros de aprendizado aproximaram, nos abraçaram cumprimentando efusivamente. É sempre uma alegria este encontro nas terças-feiras. Uma das médiuns viu um buraco se formando na nossa frente ou no meio de nós. Outra médium relata o buraco também. Tinha lama no fundo dele e todos nós estávamos lá, dentro do buraco, com os pés enterrados naquela lama. Ao mesmo tempo, nós, estávamos em círculo em volta do buraco. Como? Estamos em volta e lá dentro ao mesmo tempo?

Nossos braços e mãos se ofereciam para pegar as nossas mãos, estávamos também enterrados dentro do buraco precisando de ajuda para sair de lá. Espanto! A ordem vinha: estiquem as mãos, peguem suas mãos, tirem vocês de dentro desta prisão; saiam de lá, subam, venham… Nos puxamos, nos salvamos… nos abraçamos com muito carinho. Cada um era Eu abraçando Eu, com muito amor.

Veio a ordem, peguem as mangueiras e se lavem. Estávamos sentados, em duas pessoas, Eu ao lado do Eu. Nosso Eu mais material, mais racional, lavava a lama das pernas e pés do outro Eu. Estávamos muito alegres com esse auto encontro, auto socorro. Veio mais orientação: lavem melhor, tem muita lama sobrando. Lavamos com mais cuidado, nas pernas e por onde a lama corria. Toda a lama voltou para o buraco que foi fechado com bastante cuidado.

A mensagem final, psicografada:

Liberdade de Expressão! Não há necessidade de retração. Estamos preparados e aptos a seguir com liberdade e segurança.

            Acreditar é o caminho. Confiar na força que temos dentro.

No término, durante após as palavras de despedidas, sobre nós desceu uma entidade feminina, espargindo sobre todos vibrações na cor azul. Muito emocionante.

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