Que estudo maravilhoso tivemos esta noite. Foi tão bom, que fomos convidados para nesta madrugada assistir duas palestras que acontecerão na biblioteca do Ciscos. No final veio um amigo e disse: Meus amigos, convidamos a todos nesta noite, a comparecerem na nossa Biblioteca. Teremos dois palestrantes a nos brindar. Basta aceitar o convite. Aqui na nossa Biblioteca do Ciscos, no meio de muitos livros. Todos estão convidados, trabalhadores de todos os dias.
Começamos com o Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo 18, MUITOS OS CHAMADOS, POUCOS OS ESCOLHIDOS, item 12, MUITO SE PEDIRÁ ÀQUELE QUE MUITO RECEBEU. “Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais repreensíveis por persistirem no mal, pois escrevem frequentemente a sua própria condenação, e se não estivessem cegos pelo orgulho, reconheceriam que os Espíritos se dirigem a eles mesmos.”
O que consideramos “boa comunicação”? Pode ser uma comunicação sem ruídos, limpa, inteligível. Pode ser também, uma boa mensagem, coerente, lúcida, compreensível. Mais ainda pode ser o relato de dor de um ser em sofrimento. Todas as mensagens são boas, desde que consigamos compreender qual a parte que nos toca. Não é fácil. A nossa dificuldade é atribuir as recomendações como necessárias para o outro. Tem também a situação da não identificação entre o que ouvimos e os resultados que queremos, que aspiramos. Se o que estamos a almejar, não é o que é-nos oferecido, mudamos de endereço para novas rogativas.
A mensagem do Evangelho é dura com todos nós. “pois escrevem a sua própria condenação”. A que nós estamos condenando a nós mesmos? Pesado isto. Ao mesmo tempo, temos a antítese, com a mensagem do Mestre meu jugo é suave, meu fardo é leve.
Foi neste momento com estas reflexões que um amigo veio até nós e deixou esta mensagem:
Com muita alegria venho aqui na noite de hoje, trazer recomendações e sugestões para vocês, neste trabalho tão importante para todos.
Um aluno, ao cursar um determinado curso em uma escola, possui o objetivo da aprovação. Precisa caderno, lápis, borracha, professor. O objetivo final é ser aprovado. No entanto precisa de meios para alcançar isto.
Na vida terrestre ocorre algo semelhante. O espírito entra no vaso físico com o objetivo de se aprimorar, realizar sua reforma íntima e, para isto, precisa dos meios: convivência com os familiares, rixas com as pessoas, dificuldades no dia a dia, discrepância de pontos de vista. São meios, não fins.
Não encare as dificuldades da vida como finalidade. São apenas meios do aperfeiçoamento. O objetivo é a transformação.
Um aluno, ao estar matriculado, caso não seja aprovado, terá que repetir o aprendizado. Se o material escolar, caderno, borracha, lápis, acabar, deverá arrumar outro. Os meios sempre existirão. Não gastem seus cadernos, borracha, lápis, à toa. Utilizem com proveito.
Sejam mais tolerantes, mais compreensíveis. Aceitar os diferentes pontos de vista, não exigir que o outro aceite só o seu. Aceitar os interesses dos outros.
Uma vez, um discípulo de Sócrates lhe procurou:
– tenho algo a lhe dizer
Serenamente Sócrates lhe pergunta: – é algo útil?
– não, o que tenho a dizer não é útil
– o que tem a me dizer é bom?
– não, não é bom
– Então, por favor, não me conte. Se não é útil e não é bom, deve morrer com você…
Portanto meus queridos, notícia ruim, não é útil, nem bom. Não propague. Reflita o que você tem compartilhado.
Existem muitas pessoas boas na Terra, gerando conteúdos bons e úteis. Estamos sempre ao lado de vocês. Quando precisarem tomar decisões, utilizem a prece. Entrem em contato conosco quando em dúvida, tiver que fazer escolhas, momentos de decisão. Nós ajudaremos, queremos ajudar.
Sempre ajam com Jesus, que veio ensinar a distribuir. Quanto mais dividimos, mais construímos Amor.
Estamos com todos vocês, com Amor e Paz de Jesus.
Obrigado
Passamos ao estudo do livro LIBERTAÇÃO de André Luiz e Chico Xavier. Estamos no capítulo 5. O grupo liderado pelo instrutor Gúbio, está num grande salão onde o grande chefe das Trevas está julgando infelizes que se perderam na culpa.
“Nesse ponto, o orador fez pausa e reparei os circunstantes. Olhos esgazeados pelo pavor jaziam abertos em todas as máscaras fisionômicas. O juiz, por sua vez, não parecia respeitar o menor resquício de misericórdia. Mostrava-se interessado em criar ambiente negativo a qualquer espécie de soerguimento moral, estabelecendo nos ouvintes angustioso temor.
Prolongando-se o intervalo, enderecei com o olhar silenciosa interrogação ao nosso orientador, que me falou quase em segredo: — O julgador conhece à saciedade as leis magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as vítimas em sentido destrutivo, não obstante usar, como vemos, a verdade contundente.
— Não vale acusar a edilidade desta colônia — prosseguiu a voz trovejante —, porque ninguém escapará aos resultados das próprias obras, quanto o fruto não foge às propriedades da árvore que o produziu.
Amaldiçoados sejam pelo Governo do Mundo quem nos desrespeite as deliberações, baseadas, aliás, nos arquivos mentais de cada um.
Assinalando, intuitivamente, a queixa mental dos ouvintes, bradou, terrificante: — Quem nos acusa de crueldade? Não será benfeitor do espírito coletivo o homem que se consagra à vigilância de uma penitenciária? E quem sois vós, senão rebotalho humano? Não viestes, até aqui, conduzidos pelos próprios ídolos que adorastes?
Nesse momento, convulsivo choro invadiu a muitos. Gritos atormentados, rogativas de compaixão se fizeram ouvir. Muitos se prosternaram de joelhos. Imensa dor generalizara-se. Gúbio trazia a destra sobre o peito, como se contivesse o coração, mas, vendo por minha vez aquele grande grupo de Espíritos rebelados e humilhados, orgulhosos e vencidos, lastimando amargamente as oportunidades perdidas, recordei meus velhos caminhos de ilusão e — porque não dizer? — ajoelhei-me também, compungido, implorando piedade em silêncio.
Exasperado, o julgador bradou, colérico: — Perdão? Quando desculpastes sinceramente os companheiros da estrada? Onde está o juiz reto que possa exercer, impune, a misericórdia?
E incidindo toda a força magnética que lhe era peculiar, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe com voz soturna: — Venha! Venha!
Com expressão de sonâmbula, a infeliz obedeceu à ordem, destacando-se da multidão e colocando-se, em baixo, sob os raios positivos da atenção dele.
— Confesse! Confesse! — determinou o desapiedado julgador, conhecendo a organização frágil e passiva a que se dirigia”.
Estudar o livro LIBERTAÇÃO é básico para todos os trabalhadores espíritas que querem ser verdadeiramente úteis no socorro aos menos afortunados, mergulhados em infortúnios dantescos. É preciso estudar, conhecer, saber lidar com a dor e com as medicações amorosas e lúcidas, para poder socorrer com eficiência, da mesma forma que um pronto socorro de um hospital da Terra, tem em seu corpo médico e de enfermagem, pessoas capacitadas para atender com solicitude e precisão a urgência do doente.
“Criar ambiente negativo a qualquer espécie de soerguimento moral”. Vivemos sob estas vibrações diuturnamente. A maioria absoluta da Humanidade, não consegue acreditar, investir numa situação inversa a esta: “criar ambiente positivo, sustentado sempre pela elevação moral”. Nós muitas vezes não prestamos atenção a este comportamento nosso. As trevas prestam e sabem direitinho o que somos e o que fazemos. Caiu lá na rede, somos peixes na frigideira.
“Conhece à saciedade as leis magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as vítimas em sentido destrutivo, usando, a verdade contundente de cada um”. Terrível o poder dos hipnotizadores do mal, que tem sobre os incautos, que são a maioria de todos nós. Eles sabem dominar, conduzir para a negatividade. Não faz diferença se dominam um ou uma massa. O poder de hipnotizar para o mal, está em toda parte, à nossa volta. Tudo que é mídia, comunicação, grupos sociais, muitas religiões, comunidades, partidos, são liderados por pessoas especializadas no mal. Não se iluda com lideranças perniciosas, que de algum modo incomodam o seu bom senso e sua sabedoria natural. E, não queria se fazer de frágil e inocente. Aprenda a pensar e distinguir o bem do mal.
“Baseadas, aliás, nos arquivos mentais de cada um”. Culpa, oh! Culpa que destrói o Homem, que não sabe que está em evolução. Erra hoje, acerta amanhã. É errando que se aprende. A cada um segundo suas obras. A semeadura é livre, a colheita, obrigatória. Pai, perdoa. Eles não sabem o que fazem. É preciso renascer de novo. Se não soubesses, pecado não teria, mas agora sabes. Olha que já estás curado, não peques mais, para que não te suceda coisa pior. Jesus sempre está a nos dar uma nova chance, com a responsabilidade dos nossos atos.
“E investindo toda a força magnética que conhecia, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe com voz soturna: — Venha! Venha!” Quantas relações humanas, são dominadas por pessoas que sabem atrair ao bel prazer? Quantas famílias são submetidas a tiranos domésticos que dominam a arte do magnetismo? Quantas desgraças ocorrem, porque a vítima não consegue se afastar de seu predador? Muita dor ainda na Humanidade.
André Luiz e o querido Chico, deixaram estas informações preciosas em 1949, exatos 70 anos atrás! Não é à toa que as Trevas perseguiram o Chico a vida toda. A Verdade vos libertará nos disse Jesus. A maioria da Humanidade não está a fim de conhece-lo para se libertar. A ignorância alimenta as Trevas.
Começamos nosso treinamento de desdobramento mediúnico. Hoje fomos convidados a ficar no jardim do Ciscos. Observá-lo, conhece-lo nos seus detalhes. Cada um foi para um pedaço do jardim. Uma companheira estava plantando algumas mudas de flores quando viu algo que parecia um pedaço de pau enterrado. Pegou e puxou. Era uma cobra. Com medo de que ela subisse em suas pernas, segurou tão forte que quase a asfixiou. A entidade se comunicou. Estava sem forças para falar. Recebeu muito amor, vibrações de recuperação. Se mostrava surpresa, admirada, como estava sendo tratada. Dava para ver que absorvia as vibrações. – quero dormir…
Um dos nossos acompanhantes do plano espiritual nos disse: Cuidem do nosso jardim. Venham mais para cá. Aqui é lugar para renovação, para todos receberem suas vibrações, da natureza, flores, riacho, árvores. Venham mais para cá. Sejam muito bem vindos os novos companheiros.
Foi visto uma pequena máquina removendo a terra em um pedaço do jardim. A terra era preta, úmida. Avisaram que era renovação das nossas energias.
Um cavaleiro, de armadura, segurando uma espada bem longa, chegou em um cavalo branco. Se postou em frente a uma de nossas companheiras e lhe saudou. Falou para ter mais confiança porque está protegida pelos séculos vindouros, não ter medo. Sorri para ela…
Foi neste instante que recebemos o convite para a reunião desta noite na biblioteca do Ciscos. Quem já a viu, diz que além de linda, muitos livros, tem tecnologia que nem imaginamos.
Ao findar a experiência e voltarmos para nossos lugares, um dos companheiros pediu para fazer uma vibração. Nos convidou a imaginar uma bola dourada no centro da sala. Uma bola de metal, muito brilhante, raios dourados… Começamos a projetar os raios para Europa, Ásia, Oriente Médio, América do Norte, América Central, América do Sul, África… Que todos os dirigentes do planeta recebam estas energias, suas mentes brilhem e compreendam a importância do trabalho que fazem… A sensação desta luz se espalhando foi muito intensa.
Encerrado o estudo, fizemos uma reflexão sobre uma afirmação de um amigo na terça feira passada. Disse ele em sua mensagem que os sentimentos são água. Que nosso corpo é na maioria feito de água. Explicou ele que a água se amolda em qualquer vasilhame e toma-lhe a forma.
Pensando dentro desta situação, podemos entender que nossos sentimentos são maleáveis, tomam a forma que lhe damos e que podem ser mudados a qualquer hora. Não precisamos carregar o mesmo sentimento por muito tempo. Da mesma forma que a alegria não permanece em nós por tempo indeterminado, porque a raiva, o ódio, a inveja, tem que permanecer?
Lembramos de Shakespeare com seu eterno Romeu e Julieta. O drama permanece irredutível, porque as duas famílias não admitem mudar o sentimento de ódio uma pela outra. Ao se condenarem ao ódio, rechaçaram o amor dos dois jovens.
Será que não fazemos o mesmo com os nossos sentimentos, quando nos declaramos ser uma personalidade com este ou aquele sentimento? Porque não podemos sentir livremente amor, raiva, inveja, tristeza, alegria… Mudando conforme a vida vai se expressando. Experimenta o sentimento pelo prazo necessário. Sentiu, refletiu, parte para um outro sentimento sempre mais sadio e positivo. Não ficar cristalizado em um sentimento, igual uma água cristalizada. Se somos água, qual o tamanho do mal que sofremos, quando cristalizamos um sentimento? Como ficam as nossas células corporais?
Vós sois deuses fazei brilhar a vossa luz! (Jesus)
MENSAGEM PSICOGRAFADA
Meus queridos.
A culpa traz somente prejuízo para os filhos do Criador.
Refletir sobre os erros cometidos é de extrema valia, pois através dessa reflexão é possível analisar os comportamentos que devem deixar de ser realizados.
No entanto, não deve, como em tudo na vida, haver excesso de reflexão nesse campo, pois esse excesso gera culpa.
Se esforcem ao máximo para se perdoar, para aplicar a auto misericórdia, habilidade espiritual muito importante e que poderá ser colocada na mala de retorno para a verdadeira pátria, a pátria espiritual.
Aprendamos com nosso Mestre, com sua lição derradeira no vaso físico, quando perdoou seus algozes inclusive Judas, que havia se suicidado após arrepender-se de tê-lo entregue. O Mestre pede então para seus emissários irem ao socorro de Judas.
Perdoem sempre meus queridos. Aos outros e especialmente a si mesmo.
Que a paz de nosso Irmão Maior nos envolva!