Tem que lavar também os pensamentos ruins

Os estudos do livro A 5ª TERRA, nos levaram a entender porque muitos espíritos dormem. A maioria fica dormindo depois que desencarna, até chegar a vez de reencarnar. Enquanto a humanidade proibir que se fale da vida após a morte, a Humanidade ficará aspirando o sono eterno até que Jesus, Deus, Alá, Maomé, venha acordar.

 

Espíritos muito comprometidos em fazer o mal, geralmente no momento que desencarnam, são aprisionados por seus desafetos e levados para lugares insuportáveis. O restante, a grande maioria nem fica sabendo que morreu, até seu próximo reencarne. Jesus avisou muito bem, com todas a letras para aquela mãe que pediu para colocar seus filhos à sua direita. Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Mateus 20:21,22

 

Este sono crônico é que mantém espíritos cristalizados por séculos, nas suas casas de origem, com os mesmos sentimentos, aflições, receios, agressividade. Por não existir uma vida após a morte, tudo o que percebe é algo incompreensível. A maioria dorme, e aqueles que acordam ficam perdidos, desnorteados, usados, prejudicando e sendo prejudicados. Depois dos estudos já percebemos por onde seguiriam os atendimentos no trabalho de desobsessão programada.

 

 

Na abertura da desobsessão recebemos a agradável visita de dois mensageiros do plano espiritual com suas recomendações. Nos avisaram do teor dos atendimentos, sempre com a vigilância de muita concentração, cuidados nas palavras e amor no coração. A leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo caiu no capítulo 12 Amai Aos Vossos Inimigos, item 10 – O Ódio. “Amai-vos uns aos outros, e sereis felizes. Tratai sobretudo de amar aos que vos provocam indiferença, ódio e desprezo. O Cristo, que deveis tornar o vosso modelo, deu-vos o exemplo dessa abnegação: missionário do amor, amou até dar o sangue e a própria vida. O sacrifício de amar os que vos ultrajam e perseguem é penoso, mas é isso, precisamente, o que vos torna superiores a eles. Se vós os odiásseis como eles vos odeiam, não valereis mais do que eles. … Mas Deus existe, e pune, nesta e na outra vida, os que não cumprem a lei do amor. Não vos esqueçais, meus queridos filhos, de que o amor nos aproxima de Deus, e o ódio nos afasta dele.”

 

Foi feita a pergunta: É Deus quem pune? O mais provável é que no século 19, Kardec não encontrou modo melhor de explicar que a Vida é perfeita, e esta perfeição está dentro de nós. É a Lei de causa e efeito, agindo de dentro para fora, nós criamos as situações para o reequilíbrio, evolução, progresso rumo à perfeição divina. Erramos, saldamos os erros sempre com a proteção do Pai que nos perdoa sempre, e vamos evoluindo. Conversamos bastante sobre o tema, foi muito agradável a troca de ideias e experiências, sobre sentimentos.

 

A nossa amiga atendida nesta noite, está no momento com pressão muito forte em três lugares, sua casa e os dois endereços em que trabalha. Visitamos os três lugares, ela nos levou até lá. Cada vez fica mais fácil para todo o grupo, percorrer estas distâncias mentalmente, mediunicamente, desdobradamente, vibratóriamente.

 

O último endereço citado por ela, que visitamos, é um lugar muito conhecido na cidade, com tradições e construções antigas ao redor. É um edifício novo, moderno, vinculado a um casarão tradicional da cidade de São Paulo. O local que fomos, é uma grande sala de reuniões, onde uma vez por semana, a pessoa atendida reúne seus auxiliares para dar as orientações da sequencia do trabalho. Ninho de cobras, ódios, inveja, revolta, despeito. Tudo de bom reunido numa mesa só. A luz estava cinza. Um dos médiuns vislumbra uma praça de gladiadores romanos, lutando e se matando. Mostraram a imagem, recomendaram para ter mais cuidado. Nada foi mexido, ainda não estão abertos para receber ajuda.

 

Um dos médiuns fez uma sequencia de atendimentos direcionados. Ao mesmo tempo, os outros médiuns também recebiam os espíritos necessitados. Muitos, muitos, alguns presos há mais de milênio.

 

Começamos pela residência. Na sala foi visto uma forma-pensamento, como uma interrogação. Realmente a pessoa está vivendo um período de mudanças que está sendo obrigada a fazer, e que não estavam nos seus planos de futuro próximo. Fomos para a cozinha. Sentados à mesa, estava, comendo fartamente, quatro Gárgulas, com sua feiura proposital e suas asas.

 

As Gárgulas são figuras, estátuas, as partes salientes de um edifício, destinadas a afastar a água da chuva a uma certa distância das paredes, de modo a não prejudicar as construções inferiores.  Na Idade Média, elas eram vistas como figuras monstruosas, animalescas ou humanas que estavam sempre presentes na arquitetura de estilo gótico. Segundo crenças antigas, as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para simbolizar que o demônio jamais dormia e estava sempre de olho, exigindo a atenção redobrada das pessoas, mesmo estando em solo sagrado, as igrejas. Já outras teorias afirmam que as gárgulas eram usadas para afastarem o mal e agirem como uma espécie de guardiãs da igreja mantendo espíritos malignos à distância.  Elas estão por aí espalhadas até hoje e muita gente não sabe ao certo o que é uma gárgula e porque elas existem.

 

A água, na Idade Média, era tida como agente do mal, tinha o poder de destruir tudo que os homens realizavam. Além de transmitir doenças, como a peste. As gárgulas  tinham como objetivo simbólico de defender a igreja contra todos os males, expulsando para longe, a água, que colocava em risco, todas as obras de Deus, na terra. Era o bem disfarçado de mal, para defender a igreja, isto na Idade Medieval. A fachada da igreja de Notre Dame tem muitas gárgulas em volta de todo o prédio. Encontramos gárgulas nos edifícios antigos das grandes cidades europeias e em Nova Iorque tem muitas.

 

Trouxemos estes espíritos com esta aparência muito feia para conversar. Não queriam nem ouvir, queriam voltar a comer.

para lá vocês não voltam, já tiramos os pratos. Aqui tem comida para vocês

– nem pensar, queremos aquela comida e voltar para lá

– os homens lá de cima avisaram que vocês vão ter que mudar

– nós não queremos saber dos homens lá de cima, vamos fazer o que queremos, vamos embora e voltar para onde a gente estava

– os homens lá de cima desta vez não estão brincando. Vocês não vão voltar para o lugar onde foram colocados. Agora tem duas opções. Veja a primeira, que é voltar para este lugar, que vocês já viveram… a outra é para ir para este novo lugar, bem mais bonito… vejam-se no espelho como vocês estão agora, estão ficando bonitos…

– estamos bem melhor agora, tem um homem alto aqui do lado… ele não fala, só olha… fala pelo pensamento… está chamando para a gente ir com ele

 

Depois deste encaminhamento fomos até o banheiro, no piso superior da casa. Estava cheio de aranhas, penduradas. O amigo espirito começou a limpar e foi conversando, dando um puxão de orelha. Banheiro é lugar de limpeza. Não é só limpeza do corpo. Tem que lavar também os pensamentos ruins. Quando toma banho, precisa ter mais cuidado, mandar tudo o que é ruim escorrer pelo ralo. Se não limpa os pensamentos, vai virando bicho no ambiente. Agora está bem limpo, mas se não aprender a limpar os pensamentos, as aranhas, os bichos voltam tudo.

 

Fomos então para o primeiro endereço de trabalho. Está localizado no maior complexo hospitalar da América Latina. Um espírito foi conduzindo a entrada, como um guia. Falava da multidão que ocupa todo o ambiente, transitar por este lugar, com milhares de espíritos nas piores condições é um desafio. Veio uma equipe enorme de trabalhadores espirituais para encaminhar centenas de espíritos. O nosso guia explicou que seriam encaminhados para diversos centros espíritas. O Ciscos não tem capacidade de atender aquela quantidade de espíritos que estavam ali. Os centros espíritas trabalham em rede. Nem todos os espíritos puderam ser retirados e encaminhados. Muitos não aceitam ajuda e teimam em continuar naquele ambiente conturbado, de muita dor e confusão mental. A maioria não sabe nem porque está por ali. Estão confusos e perdidos, nem sabem que estão mortos.

 

O Orientador explicou que para trabalhar naquele local é preciso muita oração e cuidado. Pedir sempre proteção, fazer oração quando chega e quando vai embora. Não é um problema que uma pessoa possa resolver. Ultrapassa, é problema coletivo, precisa de muita ajuda.

 

A companheira atendida chegou no Ciscos com muita dor nas costas, parecia que tinha um peso nas costas, doía muito e piorou. Ela estava sentada ao lado do médium incorporado e a dialogadora, pegou a mão dela e colocou junto com a mão do médium, que segurou firme e começou a falar; ao mesmo tempo outro dialogador passou a atender nesta médium, o espírito que estava grudado, para poder desprender. Foram dois atendimentos ao mesmo tempo, de um mesmo problema.

– não solto, estamos grudados, somos siameses e ninguém vai nos soltar…

– chegou a hora, de hoje não vai passar, é preciso que cada um encontre seu destino…

– ele é um fraco, não era para dividir nada com ele, tudo é meu, ele não faz nada, não sabe fazer nada, é um bon vivant… só eu trabalhei, aumentei as terras, o dinheiro, o poder, tudo foi eu quem conseguiu, não vou dar nada para ele… ele não sabe fazer nada… meu pai queria dividir tudo para nós dois, não aceito, não deixei, matei ele…

– foi seu pai que pediu para você ser trazido aqui… ele sabia que você o mataria, tentou de todas as formas mostrar que sua ambição estava exagerada

– meu pai era um fraco… ainda queria dividir tudo que consegui com esse traste

– seu pai não era fraco, sabia o que você pretendia fazer, e procurou evitar, agora ele é um trabalhador daqui e quando conheceu esta moça loirinha, lá onde ela trabalha, pediu para ajudar a trazer você para cá para ser ajudado. Foi uma negociação que os amigos trabalhadores daqui fizeram com ela, para poder trazer você. Seu pai fez você prestar atenção nela, se aproximar. Ela aceitou o sacrifício. Quando você ficava por perto ela sentia muita dor nas costas e no corpo todo, várias semanas… Hoje conseguiu te trazer, você ficou muito perto dela e veio com ela para ser atendido e liberto… agora seu irmão já foi afastado e está em outro lugar , longe de você…

– pára de falar… deixa eu pensar…

– você já percebeu que todo aquele poder que você tanto quis, não serviu para nada… não sobrou nada daquelas terra, do poder…

– estou com sono, estou cansado, quero dormir

 

 

Ao mesmo tempo o outro espírito, irmão dele, estava sobre suas costas, praticamente grudado nele. Não queria sair, separar. Na medida que ia sendo afastado, tentava grudar sua cabeça na dele, para não ser retirado. É um espírito que não sabe fazer nada. Nesta última encarnação, como irmão, não fazia nada , só aproveitava, sugava o esforço do outro. Como espírito ficou grudado e o irmão aceitou imaginando que era ele que dominava a situação. Ele não estava se sentindo grudado com o poderoso irmão. Ele vivia das forças do irmão, grudado nas suas costas e continuando na sua ociosidade.

 

Este terceiro local profissional da pessoa atendida é em um prédio moderno, novo, ligado a um antigo casarão, pertencente à família tradicional de São Paulo, hoje utilizado como espaço aberto ao público, com um grande jardim à sua volta. A reunião profissional se desenrola em torno de uma enorme mesa, como já dissemos anteriormente. Estavam lá, também, muito espíritos, que cuidavam do casarão no passado, cuidando até hoje, para ninguém se acomodar lá. Tomavam conta das cadeiras, ficavam sentados nelas, incomodavam quem ali se sentasse. Queriam zelar pelo lugar. Isto explica as dificuldades que  nossa companheira tem de trabalhar lá comandando muitas pessoas e também, o poder público tem em negociar aquele espaço público, para promover atividades que estejam abertas a todos.

 

Veja que no mesmo ambiente espiritual foram percebidas  diferentes faixas vibratórias de espíritos. Estão lá espíritos belicosos, se digladiando ferrenhamente. No mesmo local estavam estes espíritos atendidos, que tinham a intenção de preservar o lugar que era deles, ou trabalhavam lá, desde há muito tempo, do auge do casarão.

 

Na área externa deste casarão tinham espíritos que queriam brincar. Lá ficavam porque o espaço era muito interessante para eles. Foi mostrado que no Ciscos também tem jardim, brinquedos e que eles poderiam trocar aquele lugar por este. Um deles quando viu o escorrega e o balanço não pensou duas vezes, quis ficar no Ciscos.

 

Provavelmente atraído pelo casarão, sabe-se quando, um espírito de uma mulher, que foi da corte do ano  816, estava também por lá. Se recusava a conversar com o dialogador.

quem é você? Não converso com meus vassalos, sou uma mulher da corte, não está vendo?

O dialogador aos poucos foi ganhando confiança e mostrou que ela estava parada no tempo há 1200 anos. Ela compreendeu e foi encaminhada.

 

Uma mulher retornava ao atendimento e reclamava dizendo que não queria conversar, queria continuar na cama.

não adianta, não vou ficar aqui, já fugi e fujo outra vez.

– você precisa entender que seu tempo de viver neste lugar já passou, tem outros lugares melhores para você, não precisa ficar nesta cama

– estou sozinha, ninguém fala comigo, sinto solidão, frio, me sinto triste…

– não precisa mais ficar solitária… veja quem está aqui perto olhando para você

– é minha prima, as outras que estão com ela não conheço…

– mas conhece sua prima, ela vai cuidar de você, te levar para outro lugar onde tem mais pessoas e você vai se sentir bem melhor

 

Outro atendimento tinha relação direta com a pessoa atendida. Muito ódio, por situações do passado. Irredutível, quer levar a pessoa para o buraco. Como no momento ela está mais fragilizada, a brecha está aberta para os ataques. Enquanto o diálogo se desenvolvia, muito amor era projetado sobre ela. Estava difícil de ceder, até que… chega aquela senhorinha adorável, pequenininha e irresistível… encantadora… envolvente com seu sorriso e vibrações de amor…

– isto não vale, com ela não dá para resistir, vou com ela

 

Observação: os médiuns contam que esta senhorinha é tão envolvente de amor, que eles também tem vontade de ir embora junto… Quando a situação está emperrada nos sentimentos negativos, antigos e cristalizados, basta ela chegar, a luz do seu amor dissolve os sentimentos aprisionados.

 

No final do atendimento, o mentor veio conversar conosco.

 

Boa noite.

Gostamos muito de ter participado deste trabalho. Energético, extremamente potente. O ponto de luz que se forma aqui, brilha a quilômetros de distância, na escuridão. Atrai a todos; curiosos; mal intencionados; os que precisam de um caminho. Cada um de nós é um ponto de luz. Uns mais opacos, outros menos, alguns se destacam. Atraímos e todas as pessoas podem vir conosco. Tenhamos essa consciência.

Em todos os lugares atraímos energias, atraímos irmãozinhos, somos imãs.

Pedimos a título de reflexão, que pensemos sempre como pensamos quando estamos aqui, com mais atenção, com reflexão. Porque não fazemos isto lá fora? É isto que pedimos a todos.

Agrademos a oportunidade de estar aqui mais uma vez.

Que Jesus abençoe a todos.

 

Um breve relato de um atendimento que aconteceu na quarta-feira, no grupo Fabiano de Cristo. O instrutor da abertura nos avisou que muitas crianças seriam atendidas, que seria uma noite diferente nos socorros prestados e exigiria mais cuidado e delicadeza.

 

Chega uma criança, chorando

– quero minha mãe, falo com ela e ela não me escuta… ela vai esquecer de mim…

– quantos anos você tem?

– sete

– neste momento sua mãe não pode te escutar, mas ela está sempre lembrando de você, mãe nunca esquece o filhinho querido

– ela vai esquecer de mim…

A dialogadora até então não sabe como abordar a morte com esta criança. Assume mentalmente que não sabe e fica aguardando a intuição dos mentores.

– você já teve um gatinho, um cachorrinho?

– já, o miau, miau…

– e o que aconteceu com o miau, miau?

– ele morreu e minha mãe e eu enterramos ele, ele ficou debaixo da terra…

– veja este gatinho que está chegando…

Passa a mão com receio no gatinho que está no chão, ao lado dele

– pode passar a mão, ele gosta de você, com quem ele parece?

– com o miau, miau, mas não pode ser ele, ele está debaixo da terra…

– olhe bem, preste atenção… é o miau miau…

– coloca ele no colo e fica acariciando…como ele pode estar aqui? Ele morreu!

– ele morreu, você ajudou a enterrar o corpo dele, mas ele está aqui e você está fazendo carinho nele… você nunca esqueceu dele, e ele agora está com você, de quem a gente gosta , nunca esquece… eu não vejo o miau miau, só você consegue ver e pegar o miau miau…

Neste momento repara que está com uma roupa diferente (a roupa da médium)

– que roupa feia esta, o meu vestido é mais bonito

– esta roupa não é sua, olhe para ver você com seu vestido bonito…

– ??? … você não está me vendo… eu estou vendo o miau miau… quer dizer que eu morri?!

– morreu… é por isto que sua mãe neste momento não está conseguindo te ouvir… ela nunca te esqueceu…

– e como é que vou falar com ela?

– agora você vai para uma escola linda com esta tia que está te chamando… lá tem outras crianças e você vai aprender a conversar com sua mãe… pode ser à noite enquanto ela dorme…

– não sei… tenho medo de ir com ela… e se não conseguir falar com minha mãe e ela me esquecer?

– você vai conseguir, vai aprender a falar com ela, pode confiar, vá com as outras crianças, vá brincar e aprender, a tia te leva

 

É importante saber que quando a criança foi trazida, o gato também foi. Não é que a dialogadora falou do gato e ele apareceu. É o contrário. Os amigos, preparam com muita antecedência o atendimento. Eles é que trouxeram o gato, porque sabiam que seria uma maneira da criança entender a morte. A dialogadora somente entrou em sintonia e intuiu sugerir um animalzinho, tanto é que não sabia se era gato ou cachorro. Sugeriu os dois. Foi a criança que indicou ser o gato.

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