Grupo de Desobsessão Fabiano de Cristo 1º ANIVERSÁRIO DO CISCOS
Terça feira é dia de ser; os outros dias é de fazer
Quarta feira o plano espiritual fez questão de comemorar o primeiro aniversário do CISCOS. Todos nós fomos presenteados. Fizeram uma limpa na Casa que nos deixaram estupefatos. Bem diz o ditado, quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Foi muito interessante porque os diversos médiuns foram envolvidos com situações de limpeza da Casa e atendimento aos trabalhadores. Como disse um dos mensageiros, nós gostamos de vocês, gostamos desta Casa e queremos ajudar. No final do trabalho exigiram que cantássemos parabéns a você, é claro que cantamos do fundo do coração.
Desde a tarde, quando fizemos o primeiro encerramento, vibrando para o Ciscos, fomos intuídos a fortalecer as defesas da Casa. No final do grupo de estudo, depois de muito aprendizado, no encerramento, novamente veio a intuição de mostrar que o trabalho é um só. Começa às 1430 na preparação e termina às 21 horas. Todos fazem parte do trabalho. O fato de uma turma se ausentar no final da tarde, não interrompe a dinâmica do atendimento. Os espíritos começam ser trazidos à tarde e na medida que estudamos, trocamos idéias, questionamos, abrimos nossas mentes, mais espíritos são trazidos, para nos observarem, aprenderem alguma coisa, sentir boas vibrações e aos poucos serem beneficiados com a ajuda que podemos oferecer.
É muito importante o envolvimentos de todos os trabalhadores da Casa. Este é nosso padrão. Tudo o que acontece é divulgados para que todos fiquem sabendo. Assim o padrão vibratório se mantém.
Os atendimentos começaram. Chega um espíritos assustado, falando rápido, querendo ir embora.
– eles estão enterrados lá. Preciso ir embora, tenho medo, eles vão me pegar
– do que você está falando?
– eles estão enterrados lá…. estão fazendo um túnel para chegar por baixo…
Foi embora e a médium não retornou. Outro espírito comandou de imediato. Daí para frente, foi tudo numa sequência que nos espantava….
– não conseguiram entrar por cima, está protegido com o anel dourado. Agora estão cavando um buraco para entrar por baixo. Estão enterrando os trabalhadores da Casa nesta terra que está removida… precisa tirar eles de lá
– não sabemos como fazer, é para chamar os exus, os pretos velhos, índios?
– os índios é que vão tirar
Chegou com sua voz forte, dando ordens
– nós vamos tirar… são os trabalhadores daqui… vão falando os nomes, de todos que não vem mais…
– fulano
– está difícil de achar…. procurem…. procurem… achamos, está muito mal, levem para socorrer…
– beltrano
– vamos achar…
Muitos índios procuravam, cada um que era citado. Todos enterrados na terra até o pescoço. Alguns muito desfalecidos, cabeça caída para frente. Não era fácil encontrar. Depois que socorria, pergunta por outro. Alguns era o próprio índio que descrevia quem era para chamar…
– fulano
– já tirou
– outro, aquele…
– já tirou
– aquele que é assim…
– é fulano
– tá morto…
– outro
– aqueloutro
– morreu
– chama aquele…
– chama o outro….
– este está lá no fundo, enterrado lá no fundo, vai ser difícil… pega pela mão, ajuda a tirar…
A lista foi completa. Até aqueles que nós não conseguíamos lembrar, o índio dava as características…
Todos enterrados, alguns não tem mais jeito de serem socorridos…
Acabou, e em seguida vem outro. A médium não recobrava, não dava tempo. Tudo em seguida. À sua volta estávamos em três trabalhadores em média. As atividade com todos os médiuns era intensa. Nossa característica é o movimento, a troca contínua de ajuda entre todos. Todos participando, conversando, emitindo energias, alguns vendo ou intuindo. Ele chega completamente embriagado. Falando mole…
– eu só segurei a lanterna, não tenho nada com isto
No momento que os índios chegaram para procurar e desenterrar os encarnados, os espíritos que estavam lá tomando conta, fugiram em desabalada carreira. Este espírito foi pego e forçado a mostrar onde cada um estava enterrado.
– agora você vai ser ajudado e sair desta manguasca
– só estava segurando a lanterna, os outros fugiram, não tenho culpa…
– não se preocupe, agora você vai sair desta situação, vai encontrar uma situação melhor para você
– porque a luz que sai da mão dela é mais brilhante que a minha lanterna?
– ela está te ajudando
– a luz delas mãos dela brilham mais que minha lanterna, da ponta dos dedos sai um estalo, um choque… porque está brilhando mais?
– outro médium muito jocoso diz – é que a pilha dela é nova, trocaram agora, por isto a luz dela brilha mais
– vocês estão tirando minha nuvem…
– agora vamos tratar você
– devolve minha nuvem… não consigo viver sem… não aguento… devolve minha nuvem…
– vamos tratar de você, agora você vai dormir, se acalmar, quando acordar estará melhor….
Veio a intuição. Vamos cuidar daquele espírito que veio primeiro avisar do túnel. O que a médium presenciou foi terrível. O espírito foi pego e estava sendo torturado
– socorro, está doendo… socorro
Sua situação era desesperadora, foi aplicado um anestésico e colocado para dormir
Ela chega toda sorridente.
– meu nome é Juliete. Sou enfermeira da enfermaria da ala leste do Ciscos. Todos os encarnados que foram atendidos nesta noite foram levados para esta ala e ficarão lá até o próximo feriado.
Acaba de sair e outro espírito assume a palavra. Chega dasafiante, jocosa, irônica, sarcástica…
– estou dentro dela, faz um ano, não vou sair, ninguém me tira de dentro dela
– que bom que você veio, chegou a hora de sair
– não saio… ninguém me tira de dentro dela… vou comendo as laterais…
– agora você terá que sair, chegou o momento…
– ninguém me vê, nem ela…
– você já foi vista, hoje é que chegou a hora de você sair…
A barriga estranhamente protuberante da médium já havia chamado atenção, semanas antes.
– não saio, vou comendo pelas laterais, ninguém me tira…
– já está saindo, estamos puxando você para fora…
Sai toda torta, em estado deprimente
– agora você vai dormir. Vai ficar internada aqui e aos poucos poderá ir se recuperando. Com o tempo tudo vai melhorar na sua vida…
Ao mesmo tempo, outra médium recebe um espírito avisando que foi feito um trabalho contra o Ciscos e está no meio da sala.
– não posso desmanchar este trabalho. Vou tirar os espinhos…. para tirar tem que ser da esquerda. Tem que chamar as pomba-giras e os exus, da esquerda. Só eles conseguem desmanchar este trabalho.
Para encerrar, a Mama Di só perguntou- vocês não vão cantar? Aquela música de festa? É aniversário, tem que cantar…
Cantamos alegremente Parabéns a você.
Encerrando os trabalhos, o orientador pediu a todos que mentalizassem um tapete forrando toda a sala. Projetamos nossas melhores energias no tapete.
Uma das médiuns recebe a orientação – está sendo colocado um círculo dourado no chão, igual ao círculo que colocaram no teto.