Queridos
Tivemos a felicidade de iniciar uma nova jornada para as nossas vidas, trabalhando para o bem e investindo em cada um de nós na melhora e busca de Jesus.
O começo é sempre uma aventura, quando se trata de construir o bem. A vantagem é que o entusiasmo supera qualquer obstáculo. Não tínhamos lugar definido na Casa para instalar este novo trabalho mediúnico de socorro aos necessitados. Era porém, urgente que se fizesse o atendimento, estávamos com o coração aos pulos, acreditando ser necessário investir nesta nova forma para o recurso de atendimento mediúnico. A novidade do trabalho, era a opção de todos os médiuns se voltarem para atender uma única pessoa ou grupo afim, quando for o caso.
Reunimo-nos na salinha da livraria, bem apertadinho, sem estar preparada adequadamente, porém cheia de amor. Antes de começar o trabalho, mentalizamos e doamos fluidos para que a equipe espiritual preparasse a sala para o atendimento, fizesse a limpeza, afinal de contas resolvemos naquela hora que iríamos trabalhar naquele local. Um apanágio ao coração é a certeza da presença dos trabalhadores espirituais, que confiam em nós, e lá estão dando todo o aparato de defesa necessário. O trabalho foi tão bom que “desconfiamos” que os amigos espirituais já tinham limpo e preparado a sala, antes mesmo de nossa chegada.
Um trabalho desta envergadura não surge sem uma sólida base de construção. A fé da a vontade de servir a Jesus, como seres endividados e com plena consciência do fato, busca nos pilares de mentores espirituais a orientação necessária. Lembremos das palavras de Maria Modesto Cravo¹.
Nos bastidores dos dramas sociais visíveis aos olhares humanos, trava-se uma batalha decisiva do bem contra o mal. Tirania e indiferença tomam conotações incomparáveis, estabelecendo uma hecatombe moral sem precedentes. Em meio dessa faina desairosa, os verdadeiros discípulos de Jesus são convocados à formação de trincheiras resistentes, de amor incondicional, em favor da paz e do bem.
O trabalhador espírita, sobretudo aquele que faz de sua vida um sacerdócio ao amor, atrai mais inimigos do bem que a maioria silenciosa que freqüenta uma casa de atendimento espiritual.²
Quaisquer lampejos de paz atraem esfomeada multidão de almas atormentadas, sob o jugo de tiranos dotados de uma longa trajetória de inteligência e perspicácia na perversidade. Essas almas escravizadas pela maldade procuram agir como astutos vigilantes para arruinar todos os focos de luz sobre a Terra. Essa a razão dos golpes sucessivos nas “atividades-amor” do Espiritismo cristão.
O trabalho foi lindo. Os amigos espirituais do querido amigo atendido estavam presentes nos ajudando, sugerindo, conduzindo e unidos a nós, vibrando muito. Trabalho de intercambio mediúnico, não significa dois times, o espiritual lá, e os encarnados cá. Os amigos espirituais participam, informam, dão sugestões durante os atendimentos. Às vezes começamos um atendimento em duas pessoas, o médium e o dialogador, e terminamos em três ou quatro reunidos.
Foi feita uma interessante limpeza na sua nova residência. Acabara de se mudar uma semana antes. É prova de que ao entramos em um ambiente que não era nosso, muito cuidado deve ser tomado. O bom é que com a chegada do novo casal na casa, muitos espíritos que lá estavam há muito tempo puderam ser atendidos. Como ficaram felizes com as novas que lhes foram oferecidas! Bem diz o velho ditado: Deus escreve o certo, por linhas tortas.
Na casa existia um drama antigo, espíritos que estavam prisioneiros sem poder se libertar, sem tem uma luz a alcançar. Os dominados, quando viram a possibilidade de mudança vinham sequiosos de ajuda. Seus algozes se mostravam revoltados e violentos. O grupo mediúnico era o invasor daquela casa. Lembra atira no que vê, acerta no que não vê.
Como nos ensina amorosamente Cícero Pereira³ “ Em quaisquer rincões da Terra, nos dias da transição existe sede e fome, tormenta e dor, esmolando mãos amigas e instrução correta em favor da libertação. Um encarnado representa as enfermidades ou as necessidades de uma multidão. Nos bastidores imortais das tragédias e dramas da sociedade carnal, encontramos fatores causais ou influentes na ação organizada da maldade. As raízes do mal se alongam do visível para o invisível e vice-versa.”
No atendimento ao amigo encarnado, os antigos companheiros de jornada dentro da eternidade, puderam ser atendidos, orientados, sugeridos e por certo a Vida será melhor para todos. Estamos felizes, vibrando de alegria por podermos viver estes momentos de amizade sincera.
Escolhemos como leitura de estudo para o grupo o livro Desobsessão – A Terapia dos Imortais de Luiz Gonzaga Pinheiro4.
Para a próxima reunião a sugestão do grupo foi que todos se familiarizem de alguma forma com o ambiente e com a pessoa a ser atendida, utilizando os recursos eletrônicos com fotos. As reuniões têm o objetivo de cuidar primeiro de todos nós trabalhadores da casa de Auta de Souza. Outros casos que mereçam nossa atenção e carinho também serão atendidos.
Na orientação final do mentor, foi realçado que é muito importante que o trabalhador tenha assistência e cuidados por parte da Casa. A médium falava bem baixinho e a recomendação quase que ficou inaudível. Já brincamos com ela que daqui para frente terá que gritar nas suas comunicações. Cada um de nós que sentir pressionado, coagido, impedido, peça ajuda ao grupo, porque estamos com esta finalidade, ajudar e aprender.
¹Livro Lírios da Esperança, Wanderley de Oliveira pelo espírito de Ermance Dufaux – prefácio de Maria Modesto Cravo ² Idem ³ Livro Lírios da Esperança, Wanderley de Oliveira pelo espírito de Ermance Dufaux – introdução de Cícero dos Santos Pereira 4 Livro Desobsessão – A terapia dos imortais de Luiz Gonzaga Pinheiro