Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira
Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira
Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
Quanto mais vivemos, mais nos aproximamos do passado. Quando conseguirmos entender esta verdade, teremos mais facilidade para entender o ensinamento fundamental do Mestre Jesus Amai os vossos inimigos; fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e vos caluniam.
Você já se perguntou porque tem inimigos? O inimigo não tinha nada para fazer e resolveu não gostar de você? Porque alguém gastaria tanta energia e sofrimento para te fazer mal? Ah! Você é vítima sofredora!? Então quem te persegue é apenas um tolo que escolheu viver da pior forma possível, alimentando uma perseguição contra você, decaindo e sofrendo, apenas porque resolveu viver assim pelos dias, anos e milênios? Se você é vítima de uma injusta perseguição, o tolo não está se vingando, está apenas fazendo o mal, porque não sabe fazer o bem. Neste caso Jesus tem toda razão: amai os vossos inimigos.
Mas ele me odeia! Quem odeia, ele a você ou você a ele? Eu não odeio ninguém, sou apenas vítima do ódio dele. Porque alguém haveria de ter ódio de você se você não fez nada contra ele? Outro tolo cruzando seu caminho? Se é assim, você sendo apenas o odiado sem causa, mais uma vez vem a recomendação de Jesus: fazei o bem àqueles que vos odeiam.
Como posso viver bem se sou perseguido e caluniado, mesmo sem ter feito nada contra ninguém, não ter prejudicado ninguém!? Que vida dura a sua, sempre semeou amor e não sabe porquê está colhendo perseguição e calúnias. Jesus nos deixou a solução: orai por aqueles que vos perseguem e vos caluniam.
Todas estas reflexões tem a finalidade de fortalecer dentro de nosso entendimento, o porquê vale à pena investir no bem, no trabalho espiritual e na nossa libertação dos males do passado e progresso para o futuro. Quem ganha com o trabalho espiritual para o bem é quem o faz. O primeiro beneficiado de um trabalho espiritual é quem o realiza. O trabalho espiritual da Casa dos Ciscos, é oportunidade única, sem paralelo na humanidade. Uma pena que nem todos acreditam nisto. Uma benesse dessa não vem de graça, exige muito de cada um dos trabalhadores. Perseverança, presença, fé, acreditar, estudo, modificações no dia a dia corriqueiro, paciência, auto perdão, reconhecimento dos próprios erros e falhas, compreensão do outro, aceitação de si mesmo… Não é fácil, nos ocupa 24 horas por dia.
Na preparação dos trabalhos da tarde de quarta-feira, Emmanuel através das linhas de Chico Xavier comenta o quanto temos que encontrar melhor relacionamento com todos aqueles que, por força de nossa evolução deficitária, ainda se nos alinham, nas trilhas da existência, à conta de nossos inimigos e obsessores. Temos ainda, nas linhas da existência, aqueles espíritos que se erigem à condição de nossos credores, com os quais ainda não nos quitamos, transferidas à contabilidade de hoje pelo saldo devedor de passadas reencarnações.
O Atendimento Programado de Estudo de Desobsessão que temos a alegria de participar todas as quintas feiras, é a prova das palavras de Emmanuel. Ele vai mais longe nos seus ensinamentos: Ocultos na invisibilidade, por efeito da diferença vibratória no estado específico da matéria sutil em que se localizam, quando desencarnados, ou mesmo revestidos na armadura de carne e osso, no plano físico, eles se instalam na sombra da antipatia sistemática ou da perseguição gratuita, experimentando-nos com persistência admirável os propósitos e testemunhos de melhoria interior. Quantas perseguições, pressões, ataques nosso grupo de encarnados tem sofrido! Quantas oportunidades de reatar a paz e a compreensão nosso grupo de encarnados tem tido a cada trabalho realizado?! Alguém até lembrou o ditado que diz: quando vemos a barba do vizinho arder, colocamos a nossa de molho.
Na leitura da preparação do trabalho, surgiu uma dúvida interessante: pena, dó, piedade; qual a diferença? Nos pareceu que pena está ligado a avaliação, análise do comportamento do outro: sentimos pena pelo que ele faz, ou pelo que ele passa. Dó é mais direto com a dor. Diante da dor, algo nos movimenta em direção ou repulsão, e sentimos dó. Piedade está ligada com o perdão e compreensão das faltas cometidas. É a aceitação do outro, com todos os seus erros, é dar uma nova chance, uma nova esperança.
O que vimos, ouvimos, sentimos nesta noite de trabalho, é para deixar uma marca no nosso entendimento. Isto mesmo, quem sabe teremos mais facilidade de entender o que estamos fazendo neste trabalho de atendimento do nosso passado espiritual. Ao terminar o trabalho estávamos chocados com o que experimentamos. Isto mesmo, provamos e sentimos; cada um a seu modo, teve uma vivência educativa para si mesmo. Quando acabou todos queriam contar, falar, compreender, e, ao mesmo tempo ouvir do outro o que tinha acontecido, parecia uma festa bem animada. Muito bom.
Mais uma vez lembramos que no nosso atendimento, todos os médiuns trabalham ao mesmo tempo. Ninguém fica parado. Alguns médiuns recebem outros dialogam, enquanto outros aplicam passes. Parece um balé bem orquestrado. Cada um sabe o que pode fazer e faz.
Começamos como sempre, percorrendo o caminho material, chão, rota, que o atendido faz entre sua casa e o Ciscos. Chegamos em frente ao prédio onde seria feito o atendimento, ficamos na entrada, nas plantas do jardim, nas árvores da rua. Tinha muito para limpar e iluminar. O trabalho começou na calçada. Em cima das árvores, dois grandes morcegos nos observavam. Entrando no hall do prédio, sobre um dos sofás, estava um lagarto imenso. Seu pelo mudava de cor qual um camaleão, réptil da família dos lagartos. Ele era imenso. Conforme os familiares ligados ao nosso atendimento entram em casa, ao passar em frente a este sofá, o réptil estica sua língua e dá uma lambida nas costas da pessoa colorindo com uma cor definida para aquele momento. A pessoa entra no elevador e sobe, ao sair do elevador e entrar no apartamento, somente os espíritos que tem aquela cor é que vão atacar a pessoa. Os outros ficam aguardando novas ordens. São batalhões com funções diversificadas, recebendo a ordem do ataque.
As paredes do apartamento, estavam cobertas de espíritos grudados, enrolados, feito tatuzinhos, para não deixarem passar calor. Alguns médiuns ficaram gelados, quase imobilizados de tanto frio que sentiam. O frio predominou durante todos os atendimentos, cada espírito sentia seu frio a sua maneira. Uma entidade que foi atendida ficou encantada com o calor. Seu semblante abriu, sorria e agradecia o calor, não pensava em mais nada, só queria permanecer com o calor que estava sentindo.
Um dos primeiros atendidos, sentia náuseas, estava muito mal, não queria ajuda, embora estivesse com muito mal estar. Era raiva, vontade de se vingar, confusão mental, estava um verdadeiro trapo humano. Foi um diálogo difícil, porque nem ele sabia mais o que queria, ao mesmo tempo que não queria largar, estava tão ruim, que pedia socorro. Muito nauseante a situação.
Era um dos chefes, ou talvez, o chefe. Prendeu a médium dentro de um quarto escuro junto com muitos outros espíritos. Ele saiu, ultrapassou a porta, controlada por ele e a médium ficou aprisionada. No diálogo queria mostrar poder, não aceitava nenhuma proposta e desqualificava o socorro que estava sendo feito. A dialogadora dizia que o ambiente seria limpo e ele afirmava categoricamente que não estava vendo nada, que nada estava acontecendo. Queria convencer todos que o ouviam encarnados e espíritos aprisionados que era invencível. Foi embora repentinamente deixando a médium sem saber se estava presa ou ultrapassado a porta.
Era preciso abrir a porta. A médium saiu mas não conseguia entrar em contato com todos que estavam aprisionados. Fomos colocando calor na porta. Ao mesmo tempo a dona da casa, mentalmente, lavava a porta, tirava a sujeira, desinfetava… estava difícil… a médium conseguiu entrar em sintonia com um espírito que estava no chão da porta… que sofrimento! Ele estava colocado no tapete de entrada desta porta, deitado. Todos que passavam por ele, o pisavam e machucavam. Ele estava em frangalhos, mal conseguia falar de tanto desespero. Quando se viu na posição vertical, sentado, era uma explosão de alegria, com muita dificuldade da fala, suplicava para deixarem ele ficar conosco.
Enquanto a multidão de espíritos saia, não sabemos em qual direção, se ajudados ou fugidos, porque a situação era muito grave, as portas precisavam ser abertas, libertas. Um espírito foi atendido. Sentia tanta raiva, que influenciava a médium. Parecia que tinha um tubo de raiva dentro de si. Não sabia o motivo de tanta raiva dentro de si.
– você está preso nesta raiva, é tanta, que esqueceu de si mesmo…
Via três mulheres, desta família, tão juntas, vestidas de preto, tão grudadas que pareciam ser uma única pessoa.
– veja você, elas já estão seguindo o caminho delas, não estão mais grudadas vestidas de preto, e você está aí, preso nesta dor…
Outro espírito estava na casa para promover a discórdia, destruir a família. O seu pai, também desencarnado, veio busca-lo.
O espírito atendido não tinha ligação com as pessoas da casa. Estava assustado, sem entender nada. Morreu no hospital e ficou ligado a uma delas que lá trabalha.
– eu estava no hospital, doente, me tratando e de repente fiquei preso nessa moça.
No final do atendimento, foi visto o apartamento vazio e nós trabalhadores, com mangueiras, lavando com luz e jatos d’água. É importante fazer esta observação, porque quando o chefe conversou, ele falava com tanto poder, que quase convenceu que o apartamento não estava sendo limpo. Queria desacreditar nosso trabalho. Esses líderes treinam e conhecem muito o poder do convencimento, da persuasão e do magnetismo. Se os trabalhadores não estão preparados, com estudo, acabam caindo na esparrela deles.
Na quarta-feira anterior, à tarde, nos estudos do livro da Marlene Nobre Desobsessão e Suas Máscaras, falamos muito sobre vírus e larvas astrais.
André Luiz perguntou se a matéria mental emitida pelo homem, tem vida própria, como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais. O instrutor redarguiu: Como não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada.
Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias.
Posteriormente, o médico desencarnado desejou saber mais sobre os bacilos mentais , que o benfeitor denominava larvas. Nascem de onde, qual a fonte?
Alexandre explicou que elas se originam da patogênese da alma: A cólera, a intemperança , as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima (…).
As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. Assim, a cólera, a desesperação, o ódio oferecem campo a perigosos gérmens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleçam ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível.
Cada viciação em particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa.
E, ante o espanto de André Luiz, Alexandre acrescentou:
– Semelhantes larvas são portadoras de vigoroso magnetismo animal.
Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital.
O trabalho chegou à fase final. A mentora, sempre muito animada veio trazer seu recado. Ela tem uma vivacidade tão grande que empurra o grupo para cima.
Eita que hoje não tem cocada (coque na cabeça) não! Ói, o trabalho de hoje deixou o povo todo arrepiado.
É bom ler, que assim a gente conversa melhor, dá para entender o porquê. A gente entende que a colheita não tem como deixar de pegar não.
Tem coisa pra falar…
Tá sofrendo, reclamando muito. O falar vira comida, todo mundo come e volta. (Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital.)
Fica com a boca fechada, não dá comida para eles não, guenta calada.
Já to indo, fiquem com Deus.