Temos que seguir adiante, trabalhar para o bem…

REUNIÃO DO GRUPO INÁCIO FERREIRA  – Atendimento Programado

Monteiro Lobato

A Formiga e a Neve

Era uma vez uma formiga que andava na neve, entregue aos seus afazeres. A dado momento, a formiga ficou com uma pata presa na neve e, por mais esforços que fizesse, não conseguia libertá-la. A formiga virou-se para a neve e pediu-lhe:

– Ó neve, tu és tão forte que o meu pé prendes. Desprende o meu pezinho.

A neve respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o sol que me derrete.

A formiga virou-se para o sol e pediu-lhe:

– Ó sol, tu és tão forte que derretes a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O sol respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é a nuvem que me tapa.

A formiga virou-se para a nuvem e pediu-lhe:

– Ó nuvem, tu és tão forte que tapas o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

A nuvem respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o vento que me empurra.

A formiga virou-se para o vento e pediu-lhe:

– Ó vento, tu és tão forte que empurras a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O vento respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é a parede que me impede.

A formiga virou-se para a parede e pediu-lhe:

– Ó parede, tu és tão forte que impedes o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

A parede respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o rato que me fura.

A formiga virou-se para o rato e pediu-lhe:

– Ó rato, tu és tão forte que furas a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O rato respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o gato que me papa.

A formiga virou-se para o gato e pediu-lhe:

– Ó gato, tu és tão forte que papas o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O gato respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o cão que me morde.

A formiga virou-se para o cão e pediu-lhe:

– Ó cão, tu és tão forte que mordes no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O cão respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o pau que me bate.

A formiga virou-se para o pau e pediu-lhe:

– Ó pau, tu és tão forte que bates no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O pau respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o fogo que me queima.

A formiga virou-se para o fogo e pediu-lhe:

– Ó fogo, tu és tão forte que queimas o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O fogo respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é a água que me apaga.

A formiga virou-se para a água e pediu-lhe:

– Ó água, tu és tão forte que apagas o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

A água respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é o homem que me bebe.

A formiga virou-se para o homem e pediu-lhe:

– Ó homem, tu és tão forte que bebes a água que apaga o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

O homem respondeu-lhe:

– Não posso. Mais forte do que eu é Deus que me governa.

A formiga virou-se então para Deus e pediu-lhe:

– Ó Deus, tu és tão forte que governas o homem que bebe a água que apaga o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Desprende o meu pezinho.

Deus, que tudo pode, libertou o pezinho da formiga. Esta agradeceu e foi toda contente para casa.

 

Esta quinta-feira foi diferente de todas as experiências anteriores. E olha que já estamos na 97ª reunião !

 

O mesmo grupo que participou do grupo de estudo Egos em Conflito, permaneceu para os trabalhos da noite. A harmonia ficou mais fácil, o trabalho fluiu em equipe. Muito interessante, todos participavam dos atendimentos, numa dinâmica diferente e ao mesmo tempo sincronizada. Na abertura mais uma vez foi solicitado que cantássemos

Quanta luz
Neste ambiente
Descendo sobre nós,
Vibrando em nossa mente
Quanta luz
Quando assim em prece
Como a alma cresce
Aos olhos de Jesus
Quanta luz
Quando em oração
A voz do Mestre fala
Ao nosso coração
Quanta luz
Descendo sobre nós
Quanta luz,
Quanta luz.

Compositor: Cenyra Pinto

Os espíritos se sentem provocados, chegam tomando satisfação ou tentando diminuir a força desta música. Força esta que derrete instrumentos, anula magias, recupera doentes, de maneira espetacular.

 

Em um dos atendimentos chegou contando vantagem – já derrubamos três daqui. Continuando foi contando que estava ficando cada vez mais difícil influenciar o pessoal da Casa. Ele tinha ordens para atrapalhar a concentração no momento das leituras. A ordem era: atrapalhar e não absorver. Mas aos poucos ele dava uma lida, gostava do que lia, queria ler mais. O chefe sempre avisa: não é para ler nada. A conversa foi muito franca dos dois lados. Ele estava encantado com a biblioteca. Nem acreditava que poderia ler aqueles livros. Aceitou o convite para ficar na Casa, estava feliz.

 

Em outro diálogo, o espírito não poderia desejar ser feliz, porque era um devedor: errei e não posso ser feliz, estou condenado. Assim o chefe falava e o dominava. Ao ouvir que poderia viver melhor, mesmo com o erro cometido, perguntou admirado: você nunca errou como eu?

– provavelmente sim, mas temos que seguir adiante, trabalhar para o bem…

– é porque você não se lembra…

– todos os que estão aqui cometeram erros, igual a você, mas isto não impede de trabalhar para o bem…

– meu chefe diz que não posso, sou culpado, não tem perdão…

Como estava aliviado, ao saber que poderia seguir adiante na sua caminhada, sem ser um prisioneiro…

 

Outro espírito estava muito mal. Chegou trabalhando com muitos aparelhos, fazendo seus trabalhos, ameaçando, dizendo o quanto éramos fracos. Enquanto isto, ia perdendo tudo o que tinha. Foi muito bem tratado. Coberto com um gel, verdadeiro mata-borrão. Ao mesmo tempo que aliviava, absorvia a negatividade. Ele estava com muito medo. Não poderia dormir para relaxar. Foi colocado para dormir. Passou um tempo, lá estava ele novamente. Depois de muito conversar, reconheceu que seu maior medo era ser ridicularizado pelos seus amigos, ser chamado de fraco. Foi um duplo atendimento e bem longo.

 

Os espíritos nos trouxeram informações preciosas de como o trabalho transcorre, influencia o lado de lá e eles nos influenciam. Deram dicas sobre vibração, energia, aparelhos. Nos ensinaram certas manipulações de energia, mostraram onde ter cuidado. Os mentores nos intuíram de não fazer divulgação deste convívio tão interessante entre os dois planos, não deixar sair das quatro paredes o que ouvimos e aprendemos.

 

No final, a mensagem tanto escrita quanto a fala do mentor, foi enfática: paciência, respeito, bons modos, sem gritaria, aprender a falar mais baixo e principalmente dar um tempo para entender o que o outro quis dizer ou está dizendo e nós não entendendo.

 

Após o encerramento, ficamos ainda um bom tempo, repassando todas as informações e ensinamentos, muitos, que tivemos esta noite.

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