ORAR É IGUAL TIRAR BOLO DE FORMA REDONDA

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25 de abril de 2023

grupo Maria de Nazaré EXPANSÃO MEDIÚNICA

No geral, nós espíritas oramos como se estivesse entrando num elevador e subido aos céus. Vamos vibrar por  fulanos… 1º andar. Vamos vibrar por beltranos… 2º andar. Vamos vibrar pelo sofredor…3º andar. E vai subindo… Não chega a lugar nenhum, vibrações fraquinhas e desencontradas, mas gosta de se enganar.

Você prestou atenção nas orações dos livros do Chico Xavier. Se ainda não atentou, sugiro a oração do Gúbio no capítulo 12 do livro LIBERTAÇÃO. Abaixo você encontra o resumo do capítulo citado

Você já tirou bolo assado da forma redonda? Primeiro passa a faca na lateral externa do bolo. Depois passa a faca no centro para desprender o meio do bolo. Depois dá uma chacoalhada de leve para desprender o fundo. Apoia a parte de cima da forma para virar para baixo e tirar o bolo. Um ritual de cuidados que precisam ser cumpridos, senão o bolo racha.

As orações dos espíritos mais elevados, muito mais elevados do que nós, fazem todo este percurso quando pedem a intercessão do alto em favor de algum sofredor. Primeiro eles descrevem a situação do necessitado, depois exaltam as possibilidades de ajuda e por fim assumem a atitude de já estar recebendo as bênçãos.

O capítulo 12 do livro Libertação é a maior aula para aqueles que querem socorrer e ajudar. Como diz a voz popular lá no Instagran, “é para profissional”.

Nesta noite de estudo e exercício, fizemos nossa expansão vibratória até sentir que somos espíritos que no momento estamos na experiência de ter um corpo físico com o desafio de sobreviver dentro deste mundo material. A sensação de leveza, de menos matéria, menos peso é indescritível. Mantivemos este estado vibratório até o final do estudo atendimento.

Nossas vibrações e foco energético foram para as frestas em solo rochoso, em solo endurecido, por onde a LUZ DIVINA encontra o espaço para entrar até chegar nas profundas. Mentalizamos no geral e depois dentro das nossas casas, locais de trabalho, lugares que frequentamos. Boa parte dos espíritos atendidos, orientados e encaminhados, estavam ligado a nós e saíram das nossas frestas, rachaduras, brechas, trincas. Que trabalho, que socorro!

*

MENSAGEM DE INÍCIO DO EXERCÍCIO DE EXPANSÃO DA MEDIUNIDADE

“- Meus queridos irmãos!

Nunca tenham medo do que esteja por vir, do que possa acontecer. Porque vocês não tem capacidade nenhuma para adivinhar, para prever, porque o que virá, o que acontecerá, está tudo sendo organizado por Deus. Ainda que alguma coisa venha de repente, saiba que Deus está no controle de tudo.

O que tiver que acontecer, vai acontecer! E vocês estão aqui para que tudo o que acontecer aqui dentro, está tudo organizado na vontade de Deus. Vivam este momento, entrem na sua responsabilidade para transformar esse momento no melhor momento possível na vida das criaturas que por aqui passarem neste momento.

Nem nós que estamos do lado de cá, teríamos a astúcia, a audácia, de dizer que nós organizamos tudo. Jamais teríamos esta pretensão de dizer que nós é que organizamos todos os trabalhos aqui dentro. Jamais teremos essa presunção .

Todos nós estamos aqui, mesclando o nosso esforço, vamos agora deixar que Deus nos guie, e vamos aonde estiver um infeliz neste momento. Seja naquela casa ali, naquela outra casa, vamos ao encontro do resgate de almas. Alguns poderão ser levados em algumas casas para retirar alguma coisa que esteja ali. Podemos informar que muitos que estão aqui já em tratamento, estavam nas casas de alguns de vocês, nas casas por aí, perdidos, até sem saber o que estavam fazendo porque estavam sendo controladas por outras criaturas diabólicas.

Agradeçam a oportunidade de cada um de vocês, e não se esqueçam, que quando vocês vem aqui, estão tendo a oportunidade de serem tratados também, porque é dando que se recebe. Todo trabalhador será digno do seu salário, e todo aquele que se faz jus e digno a uma proteção e a um tratamento, com ele assim acontecerá.

Saibam que nós estamos tratando de vocês nesta noite. Para vocês que estão aqui neste momento, parabéns ao nível de coragem moral a que vocês chegaram, de estarem aqui para trabalharem conosco e enfrentar as trevas e ajudar a gente a dar um pouquinho de nós, para diminuir um pouquinho o tamanho das trevas.

Nós que estamos aqui, não vamos sozinhos acabar com as trevas, mas podemos ajudar as trevas a diminuir de tamanho. Parabéns para vocês de terem a coragem de vir para esta Casa hoje, ajudar a diminuir o tamanho do inferno.

Entreguem vossos corpos, abram suas mentes, incorporem, sejam tomados, que Deus está na proteção de todos nós.!”

*

PRIMEIRA MENSAGEM NO FINAL DO ESTUDO E SOCORRO ESPIRITUAL

“- Meus irmãos muita luz para cada um de vocês nesta noite muito bonita, porque cada trabalhador é digno do seu salário. Vocês passaram por uma análise e julgamento do outro lado e foram julgados dignos de nessa noite de receberem um tratamento e tudo aqui foi feito com muito amor e carinho.

 Foi levado em consideração a fidelidade de vocês nos trabalhos desta Casa. A presença contínua e persistente de cada um nos trabalhos e atividades desta Casa.

Nesta noite, vocês foram livrados de muitas coisas ruins que podiam acontecer com cada um, aí fora. Tenham a noção do que recebem aqui dentro desta Casa! Tenham noção do tratamento que recebem aqui, do quanto essas atividade tem ajudado a cada um na melhora íntima e moral de cada um. Tenham consciência de continuarem marcando presença aqui. Quem mais ganha com isso são vocês.

Muitos abandonaram este trabalho, no meio do caminho. Nas outras Casas aí fora, a debandada foi enorme, repentina de súbito. Tem muitas Casas aí fora que trabalhos deste tipo pararam de acontecer da noite pro dia, sem sequer dar uma satisfação para os trabalhadores da espiritualidade. Para se ter uma ideia do tamanho da falta de respeito com a espiritualidade. Portanto continuem fieis aos trabalhos desta Casa e o respeito com os espíritos que vem aqui com muito amor e carinho cuidar de vocês.

Para vir aqui atender os trabalhos desta Casa, nós aqui, também abrimos mão de situações importantes para nós. Abrimos mão até do nosso descanso, quando temos que atender um trabalhador daqui. Abrimos mão de realizações particulares, para estar aqui com vocês participando de grandes alegrias.

Vocês foram muito bem tratados hoje, e terão outras oportunidades de tratamento. Continuem fieis a esta Casa, porque só tem a ganhar, serão os maiores beneficiados de tudo isso, os maiores herdeiros dessa energia pura que está aqui.

Tomem cuidado! Tomem cuidado com as atitudes de vocês aí fora, por onde andam, por onde caminham, por onde pisam. O mundo está perigoso aí fora. Cuidado!

Fiquem todos em paz!”

*

SEGUNDA MENSAGEM NO FINAL DO ESTUDO E SOCORRO ESPIRITUAL

– Eu venho para dar uma notícia de que o Plano Maior está trabalhando duro para manter vocês e os familiares protegidos, dando a devida atenção aos seus esforços, aos seus pedidos, aos seus anseios.

Todos nós com a permissão de Deus estamos fazendo isso com muito amor e esperamos que vocês  retribuam estudando, se esforçando tentando se tornar alguém melhor do que foi ontem. Tentando diminuir os seus defeitos, tentando ser mais amoroso com o próximo, observando suas próprias atitudes naqueles momentos em que vocês mesmos reconhecem quando saem do fio, quando perdem a cabeça, aqueles momentos em que ficam fragilizados.

Vocês devem observar seus próprios sentimentos nesses momentos de fragilidade. Porque é nesses momentos que a espiritualidade também está ali do seu lado esperando você pedir orientação, verificando se vocês conseguem se reger por conta própria, ansioso para saber se você tem a capacidade de sair daquela situação.

Queremos que pensem que não estamos longe. Esses são fatos para o desenvolvimento de vocês, é o auto controle, auto disciplina, auto defesa, que vocês precisam usar, que é de extrema importância para a evolução de vocês.

Não vão conseguir de uma hora para outra, mas é importante que vocês se identifiquem nesses momentos de crise e peçam ajuda para a espiritualidade . Tentem buscar a luz dentro de vocês, para vocês mesmos chegarem às suas resoluções, às suas soluções.

Estaremos ao lado de vocês guiando protegendo, fazendo o melhor, mas nós não podemos fazer todos os passos. É importante que caminhem com seus próprios pés. Assim os tombos serão com menor frequência. Quanto mais andarem por conta própria, cairão bem menos.

Fiquem com Deus meus filhos! Muita luz no coração de vocês. Estamos a cada momento os guiando . Peçam nossa ajuda que estaremos ao seu lado. Que todos sejam abençoados!

*

Livro LIBERTAÇÃO CAP 12 André Luiz e Chico Xavier publicado em 1949

O Amor cobre a multidão de pecados

À noitinha, Saldanha manifestou o propósito de visitar o filho hospitalizado.

Com espanto, reparei que o nosso Instrutor lhe pedia permissão para que o acompanhássemos.

O perseguidor de Margarida, algo surpreso, cedeu, indagando, porém, quanto ao motivo de semelhante solicitação: — Quem sabe se poderemos ser úteis? — respondeu Gúbio, otimista.

Não houve relutância.

No hospício, entre varias vítimas da demência, relegadas a reajuste cruel, a posição de Jorge, filho de Saldanha,  era de lamentar.

O pai, que até ali se mostrava impermeável e endurecido, contemplou o filho com visível angústia nos olhos marejados de pranto.

Não era, contudo, o rapaz tresloucado e abatido quem mais inspirava compaixão. Agarradas a ele, ligadas ao circulo vital que lhe era próprio, a mãezinha e a esposa desencarnadas absorviam-lhe os recursos orgânicos. Jaziam igualmente estiradas no chão, letárgicas quase, como se houvessem atravessado violento acesso de dor.

— Estão loucas — informou Saldanha, na intenção evidente de ser agradável —, não me compreendem, nem me reconhecem, embora me vejam.

Gúbio, desejando anular as vibrações de cólera de Saldanha, cortou-lhe o rumo das impressões destrutivas, confirmando, pesaroso:

— Estão presas, em profunda hipnose. Nossas irmãs não conseguiram, por enquanto, ultrapassar o pesadelo do sofrimento, no transe da morte. Ligadas ao filho e esposo, objeto que lhes centralizou, na hora de suas mortes, todas as preocupações afetivas, combinaram as próprias energias com as forças torturadas de Jorge e aquietam-se, aflitivamente, no centro dos seus fluidos.

O obsessor de Margarida registrou as observações, demonstrando indisfarçável surpresa no olhar e acentuou, mais calmo:

— Por mais que eu me procure insinuar, gritando-lhes meu nome aos ouvidos, não conseguem entender-me. Em verdade, movem-se e se lastimam, através de longas frases desconexas, mas a memória e a atenção parecem mortas.

Com sincera disposição de servir, Gúbio sentou-se no piso cimentado e, num gesto de extrema bondade, acomodou no colo as cabeças das três personagens daquela cena comovente de dor, e, endereçando olhar amigo ao algoz de Margarida, que o observava espantadiço, indagou:

 — Saldanha, permite-me algo fazer em benefício dos nossos?

A fisionomia do perseguidor modificou-se. Aquele gesto espontâneo do nosso orientador desarmava-lhe o coração, emocionando-o nas fibras mais íntimas, a julgar pelo sorriso que lhe inundou o semblante até então desagradável e sombrio.

— Como não? — falou quase gentil… — É o que procuro realizar inutilmente.

Diminuindo a resistência através do amor

Impressionado com a lição que recebíamos, contemplei a paisagem ao redor.  Os impedimentos aqui eram muito mais difíceis de vencer. O cubículo transbordava imundície. Nas celas ao lado, entidades de repugnante aspecto se arrastavam a esmo. Mostravam algumas características animalescas, de pasmar. A atmosfera para nós se fizera sufocante, saturada de nuvens de substâncias escuras, formadas pelos pensamentos em desequilíbrio de encarnados e desencarnados que perambulavam no local, em deplorável posição.

Vendo, porém, a solicitude de Gúbio na solução do problema afetivo que atormentava o adversário, entendi, pouco a pouco, através da ação do mentor magnânimo, a beleza emocionante e sublime do ensinamento evangélico: “Ama o teu inimigo, ora por aqueles que te perseguem e caluniam, perdoa setenta vezes sete”.

Gúbio, sob nosso olhar comovido, afagava a fronte das três entidades sofredoras, parecendo liberar cada uma dos fluidos pesados que as entorpeciam, em profundo abatimento. Decorrida meia hora na evidente operação magnética de estimulo, endereçou novo olhar ao verdugo de Margarida, que lhe analisava os mínimos gestos com dobrada atenção, e interrogou:

— Saldanha, não te ofenderias se eu orasse em voz alta?

A pergunta obteve os efeitos de um choque.

— Oh! Oh!… — fez o interpelado, surpreendido —, acreditas em semelhante panaceia?

Mas, sentindo-nos, de pronto, a infinita boa vontade, aduziu, confundido:

— Sim… sim… se querem…

Nosso Instrutor valeu-se daquele minuto de simpatia e, elevando seu pensamento ao Alto, orou, humilde:

— Senhor Jesus! Nosso Divino Amigo… Há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores!… Senhor, infunde-nos o dom de nos ampararmos mutuamente….

O Instrutor imprimira tocante inflexão aos últimos lances da rogativa. Elói e eu tínhamos os olhos turvos de lágrimas, tanto quanto Saldanha que recuara, aterrado, para um dos ângulos escuros da cela triste.

Gúbio transformara-se, gradualmente.

As vibrações vigorosas daquela súplica, que saia do seu coração, expulsaram as partículas escuras, e sublimada luz brilhava-lhe agora no semblante que o pranto de amor e compunção iluminava com intraduzível beleza. Parecia ocultar desconhecido lampadário no peito e na fronte, que despediam raios luminosos de intenso azul, ao mesmo tempo em que formoso fio de claridade incompreensível o ligava com o Alto, perante nosso espantado olhar.

Continuando a prece, fez incidir toda a luminosidade que o envolvia sobre as três criaturas que guardava no peito e exclamou:

— É para eles, Senhor, para os que repousam aqui em densas sombras, que te suplicamos a bênção! Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem e se reconheçam… Ajuda-os a se aprimorarem nas emoções do amor santificante, esquecendo as paixões inferiores para sempre. Possam eles sentir-te o desvelado carinho, porque também te amam e te buscam, embora permaneçam supliciados no vale fundo de sentimentos escuros e degradantes.

Gúbio aplicou passes magnéticos em cada um dos três infelizes e, em seguida, falou ao rapaz encarnado:

— Jorge, levanta-te! Estás livre para o necessário reajustamento. O interpelado arregalou os olhos, parecendo acordar de pesadelo angustioso.

A interferência do benfeitor quebrara os elos que o prendiam às parentas desencarnadas, liberando-lhe a atividade psíquica.

Presenciando o acontecimento, Saldanha gritou, em lágrimas:

— Meu filho! Meu filho!…

Vencido nos melhores sentimentos de que era detentor, o algoz de Margarida aproximou-se do nosso dirigente, com as maneiras de uma criança humilhada que reconhece a superioridade do mestre, mas antes que pudesse tomar-lhe as mãos, para beijá-las talvez, pediu-lhe Gúbio, sem afetação:

 — Saldanha, acalma-te. Nossas amigas despertarão agora.

O obsessor da doente que nos interessava de mais perto, emocionado nas fibras recônditas do ser, derramava agora abundantes lágrimas e buscava o olhar de Gúbio, instintivamente, rogando-lhe, sem palavras, medidas salvacionistas.

Após o despertamento das duas mulheres, mãe e esposa suicida de Jorge, com os esclarecimentos de Gúbio a cada uma…

O nosso orientador convidou Saldanha a se pronunciar. Se Jorge melhorara, ambas as senhoras desencarnadas exigiam socorro urgente. Não seria lícito abandoná-las àquele clima de desintegração das melhores energias morais.

— Perfeitamente — concordou o obsessor de Margarida, sob intensa modificação —, conheço os espíritos maus que aqui se reúnem, e agora que Iracema e Irene retornaram à consciência que lhes é própria, preocupa-me a gravidade do assunto.

Depois de alguns minutos, ausentávamo-nos do hospício conduzindo as irmãs enfermas a abrigo adequado, onde Gúbio as internou com todo o prestígio de suas virtudes celestes, ante o visível espanto de Saldanha que não sabia como exprimir-se no reconhecimento a extravasar-lhe da alma.

Ao retornarmos, cabisbaixo e humilhado o perseguidor de Margarida perguntou, timidamente, quais eram as armas justas num serviço de salvação, ao que o nosso orientador retrucou atenciosamente:

— Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, elevando-a às culminâncias da vida. Saldanha não voltou à palavra e fizemos a maior parte do caminho em significativo silêncio.

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