Você é livre para gostar mais de um do que de outro.

Nesta terça-feira, por causa das prevenções da epidemia de vírus, menos pessoas compareceram no nosso estudo e trabalho, que continuam maravilhosos como sempre!

 

Começamos estudando o capítulo 12 do ESE. “ 2 – E se vós amais somente aos  que vos amam, que merecimento é o que vós tereis? Pois os pecadores também amam os que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que merecimento é o que vós tereis? Porque isto mesmo fazem também os pecadores. E se emprestardes somente àqueles de quem esperais receber, que merecimento é o que vós tereis? Porque também os pecadores emprestam uns aos outros, para que se lhes faça outro tanto. Amai, pois, os vossos inimigos, façam bem, e emprestai, sem nada esperar, e tereis muito avultada recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, que faz bem aos mesmos que lhe são ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas, VI: 32-36).”

 

Um dos nossos companheiros deu seu exemplo pessoal. Contou que foi no CISCOS que compreendeu que precisava aprender a perdoar e está feliz porque aprendeu e hoje tem seu colação aliviado. Conversamos bastante sobre os detalhes do drama vivido e que hoje é percebido como uma rica experiência e principalmente uma libertação de problemas provocados no passado.

 

Jesus, faz tempo, nos alertou para o problema da repetição, da mesmice, da falta de troca de experiências e novas ideias, da permanência, num Planeta em EVOLUÇÃO. Uma população que não recebe sangue novo, tem seus membros doentes, com doenças que passam a ser genéticas daquele grupo fechado. Comunidades que mantiveram suas práticas e costumes religiosos acabam por desenvolver doenças genéticas.

 

Os diversos grupos humanos têm doenças hereditárias diferentes. Pessoas com antepassados da raça negra têm mais anemia falciforme e são mais suscetíveis à hipertensão. A fibrose cística é mais comum em caucasianos (“brancos”) do norte da Europa. Judeus da Europa Oriental correm mais risco de ter a doença de Tay-Sachs, que provoca paralisia e cegueira. A talassemia (um tipo de anemia) é mais comum entre pessoas de origem mediterrânea (os italianos do sul, por exemplo). Os orientais têm um risco muito menor de sofrerem com aterosclerose (formação de placas de gordura que obstruem as artérias, podendo levar ao infarto).

 

Kardec continua a refletir neste capítulo: “ 3 – Se o amor do próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.  Não obstante, (porém, muito embora, contudo),  geralmente nos equivocamos quanto ao sentido da palavra amor, aplicada a esta circunstância….”

 

Veja a abertura que Kardec nos dá, quando separa as situações dos nossos sentimentos. Não temos a capacidade de amar a todas as pessoas da mesma forma. Kardec deixa claro, que amamos uns com mais facilidade e outros com muito esforço, caridade e benevolência.

 

“… Jesus não pretendia, ao dizer essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança. Ora, não se pode ter confiança naquele que se sabe que nos quer mal. Não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde que se sabe que é capaz de abusar delas. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver os impulsos de simpatia, existentes entre aquelas que comungam nos mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao encontrar um inimigo, que se tem com um amigo….”

 

Amar o inimigo, é dar a ele, nossa capacidade de buscar o bem e a paz. O esforço é nosso e não do outro. É você que está fazendo a maior força para apaziguar um sentimento ruim. Já é de bom tamanho. Não precisa se sacrificar. Amar não é se sacrificar. É considerar o outro merecedor de nossa reflexão, compreensão, perdão se necessário. Não precisa ir muito além disto. É o que Kardec afirma.

 

Não precisa acreditar que tudo é carma e que precisa suportar as ofensas do outro indefinidamente. Ninguém é obrigado a ser simpático com quem lhe causa dissabores. Você é livre para gostar mais de um do que de outro.

 

Passamos então para a continuação do estudo do livro LIBERTAÇÃO, capítulo 11, Valiosa Experiência.

 

“…Acercamo-nos de acolhedora poltrona, em que um cavalheiro de idade madura, dando mostras de evidente moléstia nervosa, permanecia ladeado por dois rapazes. Suor frio lhe banhava a fronte e extrema palidez, com traços de terror, lhe exteriorizava a lipotimia (desmaios rápidos). Revelava-se torturado por visões pavorosas no campo íntimo, somente acessíveis a ele mesmo. Registrei-lhe as perturbações cerebrais e vi, sob forte assombro, as várias formas ovóides, escuras e diferençadas entre si, aderindo-lhe à organização perispirítica. Achava-me interessado em que o nosso instrutor se pronunciasse. Gúbio observava-o meticulosamente, decerto nos preparando valiosos ensinamentos. Transcorridos alguns instantes, falou-nos em voz sumida:”

 

Este senhor está com terror, poderia hoje ser chamado de Síndrome do Pânico. Tem visões, mas não sabe do que. Quem pudesse ver seu períspirito, veria os ovóides grudados. Ele via sua própria situação pelo seus olhões perispirituais, por isto sentia o horror.

 

“…– Vejamos a que calamidades fisiológicas podem os distúrbios da mente conduzir um homem. Temos sob nosso olhar um investigador da polícia em graves perturbações. Não soube deter o bastão da responsabilidade. Dele abusou para humilhar e ferir. Durante alguns anos, conseguiu manter o remorso a distância; todavia, cada pensamento de indignação das vítimas passou a circular-lhe na atmosfera psíquica, esperando ensejo de fazer-se sentir. Com a maneira cruel de proceder atraiu, não só a ira de muita gente, mas também a convivência constante de entidades de péssimo comportamento que mais lhe arruinaram o teor de vida mental….”

 

Todas as doenças que não conseguem ser explicadas, são taxadas de doenças psicossomáticas. André Luiz e o querido Chico, explicaram em detalhes, na década de 40, do século passado. Só há 80 anos atrás!

 

Ele fez o que bem entendeu, causou mal o quanto quis, manteve suas amizades espirituais no nível que gostava. Controlou até onde deu para disfarçar e esconder seu caráter.

 

“…Chegado o tempo de meditar sobre os caminhos percorridos, na intimidade dos primeiros sintomas de senectude corporal, o remorso abriu-lhe grande brecha na fortaleza em que se entrincheirava….”

 

Ficou velho, o corpo funciona com menos poder de reação, as surpresas da vida vão abalando até a uma grande brecha é aberta. Igual represa. Tá lá sossegada, quieta no seu canto. De repente cai uma tromba d’agua, chove em um dia o que tinha que chover em um mês, e o dique se rompe, fazendo um estrago sem precedentes. Lugar de velho é dentro de Centro Espírita. Sempre as brechas abrem, ninguém escapa. Porém dentro da proteção espiritual, fica mais fácil superar problemas da alma que vão aflorando. Não é a toa, que a maioria absoluta dos frequentadores de Centro Espírita, são maduros ou idosos. Ainda bem!

 

“…As forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provocou para si mesmo, através da conduta irrefletida a que se entregou levianamente, libertadas de súbito pela aflição e pelo medo, quebraram-lhe a fantasiosa resistência orgânica, quais tempestades que se sucedem furiosas, esbarrondando a represa frágil com que se acredita conter o impulso crescente das águas….”

 

Quando envelhecemos, estamos sujeitos a muitas decepções, surpresas desagradáveis, mortes inesperadas, mudanças bruscas de situações. São quebras que causa fragilidade psíquica e estresse. Quando estressado, o corpo pensa que está sob ataque e muda para o modo “lutar ou fugir”, liberando uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas como adrenalina, cortisol e norepinefrina para preparar o corpo para a ação física. Se o idoso permanece dentro da situação, com um passado catastrófico, a desgraça se instala.

 

“…Sobrevindo a crise, energias desequilibradas da mente em desvario vergastaram-lhe os delicados órgãos do corpo físico. Os mais vulneráveis sofreram consequências terríveis. Não apenas o sistema nervoso padece tortura incrível: o fígado traumatizado inclina-se para a cirrose fatal.”

 

Adianta falar para um idoso neste estado: calma, não fique nervoso, relaxe, sorria, doença não existe, é tudo da sua cabeça, e outros conselhos inúteis. Só um milagre e desejo de mudança para o bem, pode alterar a gravidade da situação.

 

Começamos nosso exercício mediúnico. Já tínhamos conversado antes, de quantos espíritos estavam presentes, por ser uma aula e treinamento e que todos estavam refletindo na própria situação, por isto a necessidade de quando falar, falar alto e bem audível e compreensível.

 

Cada um falou o que sentia pelo CISCOS. É interessante a sensação de pertencimento de todos. O CISCOS é uma sustentação pessoal e intransferível para cada um.

 

No final um espírito amigo veio dar uma explicação que deu mais coerência nos nossos pensamentos mais íntimos.

 

O CISCOS é um porto de LUZ que deve ser valorizado. Um ponto de Luz para quem busca ajuda, socorro, orientação. Esta luz que sai do CISCOS, através de seus trabalhadores, espíritos e encarnados, precisa ser eficiente. Não tem necessidade de ser muito grande. Quem precisa, vê e vai atrás.

Muitos Centros Espíritas  também emitem esta Luz. É como ver um céu escuro, preto, com muitos pontinhos de Luz brilhando. Sempre vão atrair e cuidar de quem precisa. Pontos luminosos no meio da escuridão.

É assim que atrai aqueles muitos que pedem ajuda. Com esta Luz conseguem achar o caminho.

Somos muito gratos por esta Luz que eles, trabalhadores do CISCOS, nos ajudam. Com esta Luz, quem sofre pode ser alguém, pode ser amado, pode ser perdoado.

É um farol para que outros possam vir e se iluminar. Sejam este farol, brilhem, vocês podem ajudar com sua Luz.

 

Neste instante, cada um de nós expandiu sua própria Luz e pensou em alguém que esteja precisando, seja encarnado ou desencarnado. Nos expandimos, nos sentimos plenos…

 

No momento que cada um dizia de sua ligação com o CISCOS, surgiu uma imagem quase pandega.

Estavam os dois Franciscos, lado a lado, e no meio deles, no chão, uma galinha ciscando.

 

Ciscar, revirar, remover, renovar o terreno em que se vive. Mexer no que está parado.

O CISCOS também é um movimento de renovação na Terra. Não se preocupem com o tamanho, se é pequeno. Precisam fazer brilhar a própria Luz para ajudar os outros, os que precisam.

 

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