Evangelho (reunião pública) e grupo de estudo Anísio Teixeira 4ª feira à tarde
Nesta tarde ousamos pedir uma ajuda especial dos nossos amigos espirituais do Ciscos. Estamos com muitos companheiros em situação difícil e nos oferecemos a colaborar com nossas melhores vibrações em troca de que estes amigos de jornada recebam toda a ajuda que conseguirem absorver. Foi um pedido às claras, de todos que estavam presentes e mantivemos uma postura mental espiritual da melhor qualidade possível, a fim de conseguir ajudar mesmo, de verdade.
A resposta não se fez esperar. Foi uma sequência até o final da noite, que só mostrava o quanto os amigos estão torcendo por todos nós. Não vamos entrar nos detalhes dos atendimentos espirituais, nem na troca de aprendizado do estudo do Livro dos Espíritos. Vamos nos deter na leitura do livro de preparação ENCONTRO MARCADO de Chico Xavier e Emmanuel, EM PAZ DE CONSCIÊNCIA. Vamos aqui transcrever o diálogo que foi desenvolvido inspirado na mensagem. Recado direto a todos nós, sem meias palavras. Sofrimento é escolha.
“Alguns instantes de reconsideração e perceberemos que, em muitas ocasiões, nós mesmos sobrecarregamos a mente de inquietações, com as quais, em verdade, nada temos que ver.”
Sobrecarregamos a nós mesmos com assunto que não é da nossa conta. Não são os estranhos que atraem nossa atenção, nos estressam, até ficarmos doentes diante das preocupações com eles. São as pessoas mais próximas que ocupam nossas energias. E Emmanuel diz que não temos nada que ver com o assunto. Como! Se não me preocupar, serei uma pessoa má, pecadora, egoísta, indiferente, etc, etc, etc.
“Nesse aspecto de nossas dificuldades espirituais, assemelhamo-nos a criaturas invigilantes que arrematassem os débitos desnecessários dos outros, permitindo-nos cair sob a hipnose de forças destrutivas a que se afazem alguns dos nossos parceiros de experiência.”
Invigilantes, fazendo questão de ficar devendo o que não pegou, comprou ou criou. Compramos a dívida do outro e queremos pagar com nossa agonia. Cultivamos tantos pensamentos de preocupação, desespero, aflição, que hipnotizamos a nós mesmos na negatividade. O mundo se torna sombrio, porque nós não queremos a luz do Sol.
“Justo compartir as provações se lhe vinculem ao aprimoramento, mas, porque arrecadar os disparates estabelecidos voluntariamente por aqueles que patrocinam o nascedouro?”
O disparate nasceu dentro do outro e não dentro de você. A escolha não te pertence, o desequilíbrio é criação dele, do outro, e não seu. Difícil entender isto.
“Comumente, estragamos grande parte do dia entregando-nos a aflições inúteis, com as quais em nada melhoramos a condição daqueles que lhes deram origem; muito ao contrário, em lhes hipotecando apreço, ei-las que se ampliam, transformando-se, vezes e vezes, em instrumentos de obsessão ou desarmonia, enfermidades ou delinquência.”
Nós jogamos nossa alegria fora, para homenagear o sofredor voluntário. Temos o direito de usar a maior parte do tempo para estraga-lo, vibrar tristeza, desânimo, incredulidade, desesperança, revolta? É isto que fazemos quando “nada temos que ver” com o assunto do outro e nos metemos, querendo “ajudar, salvar”. Quem é pai ou mãe deve estar horrorizado em ler estas palavras. Como não sofrer no lugar de? Chico escreveu, Emmanuel ditou.
“Imunizemo-nos contra a absorção de venenos mentais, em cuja formação não tivemos o menor interesse.”
Quem tem veneno é animal peçonhento. Quando absorvemos a peçonha dos outros, ficamos envenenados e nossa alma, nossa vitalidade pode morrer. É uma faceta do suicídio. Pior é que fica disfarçado em nome do amor. Qual o tamanho da nossa responsabilidade quando jogamos fora nossa vida, nossa alegria, nossa saúde, por auto envenenamento proposital?
“Se um companheiro infringiu as disposições da lei, convencidos quanto estamos de que todo reajuste surgirá pelo sofrimento, para que agravar a situação com apontamentos cruéis?”
Não precisa ficar focado no erro do outro, mesmo que seja um ser amado. Sua atenção para o erro alheio, só faz aumentar a angústia do desatinado.
“Alguém ter-nos-á caluniado ou insultado, fermentando difamação ou veiculando boatos, sem lograr abrir a mínima brecha na fortaleza tranquila de nosso mundo interior… Porque perder tempo ou conturbar o coração, se o problema pertence ao maldizente ou ao caluniador, que responderão, sem dúvida, pelos males que causem?”
Como diz a música tô nem aí, tô nem aí… Se você não fez, o problema é única e exclusivamente de quem difamou. Tudo o que a gente faz, volta ao mesmo tempo. Não existe intervalos. Faz o bem, o bem te preenche. Faz o mal, o mal te exaure, na hora, instantâneo. Na ação do mal, o perispírito fica doente na hora, mesmo que o corpo físico não revele de imediato. Feriu para fora, machucou para dentro, instantâneo. A Vida é toma lá da cá. Não adianta disfarçar, argumentar, filosofar, justificar, reclamar, contestar, revoltar. A Lei é justa. Fez o bem, recebe o bem, fez o mal, recebe o mal. É de foro íntimo.
“Tenhamos as nossas oportunidades de serviço, alegrias da vida íntima, afeições verdadeiras e tarefas construtivas em mais alto conceito, recebendo-as por bênção de Deus, que nos cabe valorizar e enriquecer com reconhecimento, trabalho, amor e lealdade aos próprios deveres.”
“Se erramos, retifiquemos nós mesmos, reparando, com sinceridade, as consequências de nossas faltas; no entanto, se a obrigação cumprida nos garante a consciência tranquila, quando a provação das trevas nos desafie tenhamos a coragem de não conferir ao mal atenção alguma, abstendo-nos de passar recibo em qualquer conta perturbadora que a injúria ou a maledicência nos queiram apresentar.”
O jeito mais fácil, o instrumento de ataque das Trevas mais à mão, é a culpa. Sentiu culpa, caiu na cilada, vira prisioneiro e joga a chave fora. Não invista sua atenção nos erros dos outros. Gaste sua energia para fazer o bem a si mesmo, fazendo todo o bem lúcido, verdadeiro e honesto que puder fazer à todos, ao Universo, às Energias Cósmicas, à Perfeição Divina.