Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
A Vida é obra de DEUS. Amplie o seu olhar
Os espíritas se imaginam conhecedores da vontade de Deus e da orientação de Jesus mais do que os outros. No entanto, se observarmos sem paixão ou tendenciosidade, vamos perceber que o espírita não saiu do “olho por olho”. O católico realmente acredita num deus bom que perdoa tudo e o evangélico, vai dormir e espera o julgamento, não sofre antes da hora.
Quando o espírita fica acreditando e repetindo sobre “ação e reação”, esquece que quem construiu a Vida foi um Ser muito maior que a nossa capacidade de pensar, analisar, perceber, entender, discernir, escolher.
A Vida é rica de situações, tempo, experiências, lugares, pessoas, idades, sexo, beleza, feiura, calor, frio, pobreza, riqueza, família, solidão, liberdade, prisão, saciedade, fome, alegria, tristeza e muito mais. Cada situação que vivemos está composta destes diversos elementos e nunca a experiência de um é igual à do outro. Como bem diz Kahlil Gibran “Teus filhos não são teus filhos. São filhos e filhas da Vida desejosa de Si mesma”
O espírita entendeu, à sua maneira e à sua restrita compreensão, que tudo que fazemos de errado tem que ser pago, tipo aqui se faz, aqui se paga. Esquecem o que Jesus disse, ou não sabem, não conhecem, não leram o que Ele nos informou Meu fardo é leve, meu jugo é suave.
Você que teve a informação de que em vidas passadas, prejudicou alguém seriamente, matou, julgou, difamou, fechou as portas, traiu, enfim, fez o que não devia fazer ao outro, causando muita dor, não terá que necessariamente passar exatamente pelo mesmo fato, pela mesma situação. A Vida que Deus nos oferece é muito mais inteligente e rica do que isto. Não transforme Deus em um Ser medíocre. Se acredita que quem o fez é medíocre, você vira pó, estará sempre por baixo.
Quando você escolhe viver para pagar o que deve, o que fez de errado no passado, joga literalmente sua vida no lixo. Está assinando documento com o dedão por extenso.
Vamos pensar detalhadamente e com um pouco de condescendência para nossos próprios erros:
- No geral, quando somos crianças e jovens, temos muitos sonhos a se realizarem, queremos a felicidade, não estamos pensando muito em destruir o outro.
- A Vida vai passando, as surpresas das decepções vão chegando, a esperança transforma-se em desanimo, a alegria em raiva.
- Se antes achávamos que conseguiríamos tudo o que sonhávamos, passamos a desejar que milagres aconteçam para nos tirar do sofrimentos, que sozinhos não sabemos sair
- Numa determinada hora, por desespero, medo, sofrimento, dor, fazemos algo ruim a outra pessoa. Naquele momento é a saída que acreditamos ser a melhor para nós. É uma questão de sobrevivência emocional e física.
- Todos os nossos atos têm consequências. As coisas boas que fazemos, ficam como crédito à nosso favor. Os males que causamos, ficam como débito para serem quitados. NUNCA será um pagamento olho por olho, dente por dente! Deus é Pai e sabe nos oferecer inúmeras outras oportunidades de ressarcir o débito. Os bancos da Terra fazem isto, renegociam a dívida para que possamos saldá-la; porque Deus que é mais inteligente e capaz não ofereceria inúmeras outras oportunidades de nossas dívidas serem saudadas?
Estamos falando tudo isto, para explicar para quem tem mania de se autopunir, pode parar com isto. O que você fez de mal para uma pessoa no passado, não dá a ela, o direito de vir cobrar diretamente de você a quitação da dívida. Vamos explicar, para ver ser você que adora se chicotear, entende: se você matou alguém no passado e hoje de alguma maneira convive com este alguém, de forma direta ou indireta, não precisa hoje ser morta por ele. O melhor mesmo, é evitar de todas as maneiras possíveis, que a outra pessoa, que foi sua vítima no passado tenha qualquer oportunidade de ir à desforra contra você. Isto porque:
- Ninguém mata o outro porque não tem o que fazer; sempre o outro também tem um comportamento que nos inspira a querer mata-lo. Isto mesmo. Nós é que inspiramos o outro a nos querer bem ou mal, a nos fazer o bem ou o mal. Isto é provado por pesquisas científicas, não é discurso doutrinário.
- Se você reencontrou este que foi sua vítima no passado, o melhor a fazer é que esta pessoa venha a admirá-la e perdoá-la. Para isto você precisa ser uma pessoa admirável e desejada por suas boas vibrações.
- Se você com a falsa e medíocre idéia de que precisa pagar pelo erro cometido age de maneira que aquele que foi sua vítima no passado continue a querer desforrar o acontecido, você é algoz duas vezes. No passado quando matou e agora quando quer que o outro faça a mesma coisa com você. É outra vingança sua, com carinha de pessoa boa. Bem se diz quem vê cara, não vê coração.
- Se aquela pessoa que foi sua vítima no passado, com certeza porque também não era boa pessoa, um ser que não vibrava no seu melhor, a ponto de despertar sua ira e seu desejo de matar, fizer o mesmo com você, além de não melhorar, piorou, estimulado por você. Portanto você é algoz duas vezes, e desta vez, bem planejado.
Ser vítima, sofredor é situação muito perigosa. Muitas vezes esconde uma personalidade nossa, bem psicopata. Vamos destruindo todas as alegrias, esperanças, realizações, aprendizado, à nossa volta, pelas nossas vibrações deletérias. Pior ainda quando fazemos com que aquela pessoa que imaginamos ter sido nossa vítima no passado é quem nos faz sofrer agora. Nós estamos cristalizando esta pessoa na situação de algoz. Bem diz Jesus Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Mateus 7:1-3
Inspiração recebida em 13/07/2018 Miriam