A mente culpada busca instintivamente a punição

Pense um pouco sobre você mesmo. Se hoje, agora, com todo conhecimento que você tem, com toda sabedoria que já conseguiu amealhar, com os bons exemplos que já constatou, as pessoas maravilhosas que já conviveu, ainda é difícil fazer o bem na hora que está com raiva, reconhecer que o outro fez alguma coisa boa, melhor que você, ter paciência, não reclamar demais, agradecer tudo o que tem, elogiar, sorrir, fazer uma gentileza, ver a parte boa da situação ou das pessoas… imagine como você era antes!

 

Todos nós temos consciência, um ser que vive lá dentro da gente, cutucando toda vez que fazemos algo que poderia ter sido feito melhor. Tratar bem os outros, é algo que a danadinha da consciência adora nos incomodar.

 

Hoje, aqui nós vivemos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, exercitamos Democracia, estamos às voltas com novos direitos de cidadania, começando a aceitar os diferentes do padrão estabelecido, 80% dos brasileiros tem celular, o que significa facilidade de comunicação e informação, portanto mais liberdade de escolher o que quer para si mesmo. Mais conexão, mais informação.

 

Nós não nascemos ontem. Quando alguém que nos tapear, não é assim que falamos? Verdade, existimos há milhares de anos. Só de ossos desenterrados pelos paleontólogos temos já comprovados 2 milhões de anos. “O antepassado do homem moderno dividiu o planeta com pelo menos outras duas espécies relacionadas quase 2 milhões de anos atrás. O H. erectus e o parente construtor de ferramentas denominado Homo habilis foram provavelmente contemporâneos de uma espécie ainda mais antiga, denominada Homo rudolfensis. Para alguns especialistas, a família humana de 6 milhões de anos teve três raízes complexas, mas alertam sobre como devem ser interpretadas. O homem primitivo (homo habilis) visualizava a pedra como um instrumento e começava a lapidá-la. Essa atividade exigia um alto nível de imaginação e percepção. Com o desenvolvimento dessas técnicas, como o ato de lascar a pedra, a raciocínio do homem primitivo evoluía, permitindo a preparação para outras atividades mais complexas. O que diferencia o homem dos outros animais é a capacidade de criar e de pensar. Ao fabricar ferramentas, o homem teve que aprimorar o nível de suas habilidades. O Homo Erectus viveu há 1,5 milhão de anos. Eles viviam em grupos, moravam em cavernas e utilizavam armas e utensílios de madeira e ossos. O Homem de Neanderthal possuía capacidade de pensamento abstrato e de fala. Também realizavam rituais, que provavelmente seriam religiosos. O Homem de Cro-magnon, ramo de Homo Sapiens, surgida há 70 mil anos, e era capaz de criar diversos instrumentos e armas feitas de pedra e ossos. Já cozinhavam os alimentos que seriam consumidos. Praticaram pinturas rupestres e escultura de arpões, anzóis e agulhas de osso. O homem de Cro-magnon era um grande pescador e caçador. Sua inteligência já estava em um patamar bastante evoluído. A espécie foi responsável pelo povoamento da Oceania e da América, além de dar origem ao homem atual.”

 

Segundo a visão espírita, e as informações que os amigos do plano espiritual no enviam, o desenvolvimento do homem primitivo foi acelerado pela vinda dos seres de outros mundos, de outros planetas, chamados extraterrestres. A cada leva destes novos habitantes sobres a Terra, o conhecimento dava um salto para frente. É a soma de reencarnar em um corpo mais primitivo trazendo dentro de si, conhecimentos muito além do que já existia. Um conhecimento à frete de seu tempo, fazendo o homem primitivo avançar na sua evolução.

 

Passado, presente e futuro é um continuum, uma série de acontecimentos sequenciais e ininterruptos. É você junto e misturado. Se imaginar que este é o seu melhor momento, seu estágio de maior evolução, dá para deduzir o que já foi e o que já fez. Não queira vestir capa de santo que é igual cobertor curto, se cobre a cabeça, descobre os pés.

 

Estamos falando tudo isto em razão da leitura do ESE capítulo 13, QUE A SUA MÃO ESQUERDA, NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4). No item 14 encontramos esta recomendação muito interessante: “Pode-se ser caridoso mesmo com os parentes, sendo indulgentes uns para com os outros em se perdoando as fraquezas e tendo o cuidado para não ferir o amor próprio…”

 

Uma das coisas mais difíceis de fazer é prestar atenção nos nossos familiares. Achamos que os conhecemos o suficiente para não precisar perder tempo e dar a devida atenção à eles. Aliás, não é à toa, que nossos maiores problemas estão dentro da nossa casa. Os problemas que temos com o vizinho, com o motorista que nos leva até o trabalho, com o porteiro do escritório, com o professor, com o chefe, com o entregador da pizza, com o cabeleireiro, são muito menores do que os que acontecem dentro da própria casa. Todas estas pessoas podem ser trocadas, dispensadas, afastadas. Os familiares e ex esposa são para sempre, como dizia um experiente professor de psicanálise.

 

Nos acostumamos tanto com os membro da família que esperamos e contamos sempre com os mesmos comportamentos. Viramos estereótipos familiares. Em psicologia, quando a família está com muitos problemas, a orientação é conseguir ajudar o “paciente escolhido” a se safar de sua sina malfadada. Família perturbada, elege um para ser o doente e garantir que todos os outros estão sãos. O mais comum nas terapias é no momento que este doente resolve sarar, a família interrompe o tratamento e nunca mais deixa o pobre coitado se tratar. Se ele sarar, a loucura do grupo aparece.

 

Se hoje, com todo conhecimento e informação à nossa disposição fazemos assim, imagine o que fizemos até ontem! Está tudo registrado nos “registros akásicos”. Como dizia o químico Lavoisier Na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma.

 

Akash é a assinatura real da energia liberada no éter, Aka significa espaço, local de armazenamento, ou éter, e, sh significa céu oculto ou secreto. O registro akásico de um ser humano é um padrão de energia holográfica armazenada dentro do nosso DNA. O DNA está presente no núcleo das células do organismo e o padrão de DNA é repetido em todas as células do corpo para que seus registros AKÁSICOS possam se acessados através de uma única célula do corpo. (https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/vidas-passadas/registros-akashicos-45261.html)

 

Todas estas questões, foram confirmadas em poucas linhas do livro que estamos estudando,  LIBERTAÇÃO de André Luiz e Chico Xavier. “O nosso orientador, falou quase em segredo: — O julgador conhece à saciedade as leis magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as vítimas em sentido destrutivo, não obstante usar, como vemos, a verdade contundente.

— Não vale acusar a edilidade desta colônia — prosseguiu a voz trovejante —, porque ninguém escapará aos resultados das próprias obras, quanto o fruto não foge às propriedades da árvore que o produziu.

Amaldiçoados sejam pelo Governo do Mundo quem nos desrespeite as deliberações, baseadas, aliás, nos arquivos mentais de cada um.

Assinalando, intuitivamente, a queixa mental dos ouvintes, bradou, terrificante: — Quem nos acusa de crueldade? Não será benfeitor do espírito coletivo o homem que se consagra à vigilância de uma penitenciária? E quem sois vós, senão rebotalho humano? Não viestes, até aqui, conduzidos pelos próprios ídolos que adorastes?”

 

Hipnose e culpa, domínio para muito tempo, pode ser vidas, séculos, escravidão, subserviência. Se deixamos a culpa invadir nossa mente, estamos doentes, gravemente enfermos. A mente culpada, busca instintivamente a punição.

 

É por isto que a Doutrina Espírita é combatida totalmente. É só entender a lógica. Se somos seres em evolução, aprimorando sempre, podemos concluir, que o que fizemos ontem, tem toda as chances de ser menos perfeito do que o que podemos fazer hoje. Evoluir significa FAZER DIFERENTE. Aprender com os erros, falhas, decepções e fazer melhor na próxima oportunidade. Isto é para quem acredita que exista a próxima oportunidade, outra vida, outra chance.

 

Para os bilhões de pessoas que não acreditam na continuidade da Vida, errar é para sempre, portanto culpadas para sempre. Os culpados eternos, merecem castigos eternos. Estão perdidos. Hoje durante o exercício de desenvolvimento mediúnico, um amigo espiritual falou “temos que ter Fé com a mesma força das águas”. A água quando quer, ninguém segura. Transformar os nossos erros em ótimos acertos, o mal de ontem em bem de hoje.

 

Todos nós já percebemos que no Ciscos os trabalhos tem uma continuidade, uma programação uma sequencia. Começa na terça e vai até a quinta se completando. A sequencia dos estudos na terça já mostram qual o rumo que a semana vai ter nos nossos trabalhos.

 

“O julgador conhece as leis magnéticas, e procura hipnotizar as vítimas em sentido destrutivo, usando, a verdade das ações do sujeito” A culpa está gritando dentro da pessoa. “A voz trovejante” do acusador “baseadas nos arquivos mentais de cada um” justificando a punição perguntando: “Não viestes, até aqui, conduzidos pelas próprias crenças?”  Jesus avisou, avisou: teu tesouro está, onde está teu coração.  O Metre avisou também: vocês coam um mosquito e engolem um camelo.

 

Jesus o tempo todo está nos alertando para nossas escolhas. Nas ditaduras, nos impérios, na Idade Média, escolher era de fato, muito difícil e raro. Aliás, não convinha escolher, porque significava morte. No geral imaginamos o imperador, o general, o papa, lá dentro das casas vigiando, julgando e condenando. Não era bem assim. Quem vigiava, acusava, condenava eram todos os que estavam próximos. A primeira acusação, a primeira língua ferina, vinha daqueles que conviviam. É por isto que o convívio próximo é tão difícil em qualquer momento e lugar da humanidade.

 

A Doutrina Espírita trabalha nesta realidade. Os problemas foram sempre criados por nós mesmos, mas não significa que não tenham como ser resolvidos, retificados, reorganizados, perdoados. Nem Eu te condeno; podes ir e não peques mais. E se alguém quiser processar-te e tirar-te a túnica, deixa que leve também a capa. Assim, se alguém te forçar a andar uma milha, vai com ele duas.

 

Quanto mais escapamos de Jesus, fazendo ouvidos moucos, mais caímos nas garras dos julgadores das trevas. Nos nossos trabalhos de desobsessão é o que predomina. Centenas de espíritos escravizados, obrigados a viver nas piores condições, condenados a acreditar que não existem mais saída para seus erros e desatinos. Basta sentir CULPA.

 

Será que nós, encarnados, não estamos também sob este jugo? Não estamos sob uma hipnose coletiva? Um exemplo: agora está na moda os maridos matarem suas esposas e se matarem em seguida. É só coincidência de desespero e loucura? Crianças brincam de morrer, alguns querem brincar de matar. A fonte desta loucura está na crença que a vida é uma só. As trevas se encarregam de garantir a crença. Preste atenção nos filmes, músicas, palestras, discursos inflamados. A vida é uma só! Sendo assim, não faz nenhuma diferença, mas nenhuma mesmo, se vou morrer agora, amanhã ou semana que vem. Vai acabar mesmo…

 

Tem um livro muito interessante, chamado O Vale dos Espíritas, psicografado por Sávio Mendonça, que conta o quanto pessoas que se dizem espíritas, também pensam muito parecido, só que de modo inverso: se sou espírita, meu destino é os paramos celestiais, um lugar bom, condizente com minhas crenças. Não percebem que imaginam que serão conduzidas a um bom lugar, por suas crenças, não por suas ações. Para estas pessoas, acreditar na vida após a morte, é muito mais importante do que fazer o bem hoje, agora e a todo instante. O Vale dos Espíritas, bem lá embaixo, foi o socorro que os amigos espirituais puderam providenciar para que estes crentes espíritas não caíssem muito mais lá embaixo, nas trevas.

 

A culpa é um dos principais ingredientes da depressão. Consciente ou inconsciente, o sujeito não tem esperança, não vê saída para suas faltas, sente menos-valia, não compreende meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Não conhece o Mestre. Hoje as famílias não cultuam a Fé no Mestre e nas forças Divinas. As crianças não aprendem a confiar no Pai e em Jesus. Nem sabem do que se trata. Quando as falhas começam, os desatinos, os erros, tão próprios da humanidade em evolução, se perdem na dor, na culpa e na auto punição. A depressão agride o corpo físico, precisa de tratamento como qualquer outra doença, e precisa também, da compreensão de que errar é humano. Brigite Bardot falava: errar mais de uma vez é burrice.

 

Para conseguir  perdoar a nós mesmos, temos que fazer o bem o tempo todo, para nós e para os outros. Com esta ação constante, diluímos o mal, diminui o atrito, diminui a culpa, diminui nossos débitos e aumentam nossos créditos.

 

Começamos o nosso treinamento mediúnico. Estamos exercitando DESDOBRAMENTO. Desta vez, pedimos que os amigos espirituais nos dessem a sugestão para onde ir. A sugestão foi como fazer a caridade, o tema do Evangelho. No nosso treinamento todos fazem o exercício e vão descrevendo o que sentem, percebem, intuem, ouvem, transmitem. Liberdade total de todos para todos. Vamos descrever numa sequencia  mais fácil de seguir o que experimentamos:

 

– Vejo uma floresta muito verde. Tem um rio de águas cristalinas. Do outro lado sentado em um banco tem um senhor preto, de barbas grisalhas, sorrindo. Mais á direita tem uma ponte em curva, sobre o rio, lembrando uma ponte  japonesa. Muitas pessoas estão do lado de cá, alegres, querem passar sobre a ponte. Começam a travessia, mas não acabam, não chegam ao fim e desaparecem…

– Vem uma entidade conversar conosco. – A água é maleável, se amolda ao recipiente. Toma a forma do copo, da bacia, da lagoa… todos nós somos formados de água. O corpo físico é 60% água. Nossos sentimentos também se expressam pelas águas. Está faltando Fé. Temos que ter Fé com a mesma força das águas. Quando a água quer, não pode ser barrada, passa por cima. Nós também precisamos ter esta força.

– Também vejo esta floresta, está chovendo, tudo está molhado, sinto o cheiro da terra molhada. O senhor está sentado, sorrindo para aqueles que querem atravessar a ponte. As pessoas estão alegres nesta travessia, mas não conseguem. Não entendem que, para atravessar, precisam querer o novo, não podem levar o velho e querer resolver seus problemas. É preciso querer mudar.

– O homem sorrindo transmite o pensamento de que é preciso tirar as preocupações da cabeça, ir para outro lugar mental. Respirar, pensar, resolver os problemas. É por isto que não conseguem passar na ponte, os problemas estão sempre voltando. Não podem ver na ponte a oportunidade de uma atalho, de uma fuga de si mesmo.

– Parece que o melhor a fazer é atravessar o rio pela água. Significa nosso dia a dia. Estamos sempre imersos nesta água. É o trabalho diário, a vida, que vai levar os problemas embora, com fé, trabalho, não adianta fugir. Temos que nos adaptar à água, adaptar à vida, para fazer a travessia, de qualquer forma, não fugir à luta. Fazer a travessia de um ponto ao outro, sentindo a água, seu frescor, a sensação de vitória ao chegar do outro lado.

– Quando entramos no rio, não sabemos se está calmo ou agitado. Acreditar, continuar nesta travessia, limpa a alma tanto metaforicamente quanto na realidade. As emoções estão ligadas à água. A Lua influencia nosso corpo, que é mais água. Precisamos prestar mais atenção nisto.

– Quando bebemos água, ofertemos ao Pai, pedindo mais clareza nas coisas do dia e nas situações.

– Água lembra Moisés, travessia, libertação. Divisor de águas.

– A ideia da ponte, é a de conexão. Atravessamos uma ponte porque queremos chegar ao outro lugar. Busquemos a ponte que nos liga com o alto.

 

Para finalizar, o mesmo amigo que já havia conversado conosco, retornou muito alegre.

– Estamos felizes com o aprendizado desta noite. Aprendemos juntos. Vocês souberam usar a intuição. Todos treinaram, dos dois lados. Foi bom trabalhar esta noite nesta Casa.

– Agradeçamos a Jesus.

– Que todos voltem em paz para suas casas!

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