Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira
Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira
Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
Desta vez foi difícil. Ainda bem que nos colocaram na situação, assim testamos a nós mesmos se conseguiríamos ultrapassar as dificuldades.
Estamos, nosso grupo de trabalho espiritual, numa sequência de situações aflitivas, todos querendo ajudar a todos. Isto é muito bonito.
Vivemos recentemente, como sociedade brasileira, momentos de suspense e aflição. Provavelmente a lição foi bem vivenciada por todos, cada um à sua maneira foi chamado a refletir sobre a experiência diferente como povo brasileiro.
Sabemos o quanto os amigos do plano espiritual superior trabalharam nestes últimos dias. Não fossem eles, acompanhados das vibrações de milhares de pessoas que encontram na fé e nas orações a energia necessária para colaborar, os rumos do país poderiam ser outro. Diante desta experiência, como não confiar cada vez mais na força do bem, na ajuda do plano maior, no empenho de Ismael mentor do Brasil, na proteção do Mestre Jesus?!
Os fatos se encadeiam, tudo obedece a um planejamento divino. Não estamos nunca desamparados. Somos nós que temos que agir pelo bem coletivo, pelo bem individual. Como diz o Provérbio 24
1Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.
2 Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam a malícia.
3 Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;
10 Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.
As coisas já estavam estranhas desde o trabalho de ontem, 4ª feira. A preparação antes da palestra foi esquisita, incompleta. As vibrações que fazemos para finalizar o grupo de estudo, ficou fragmentada. No trabalho da noite, não conseguimos fazer uma boa abertura. O grupo se mostrou coeso, manteve as vibrações em bom nível, mas que estava estranho, isto estava.
Durante a tarde, logo depois da palestra acontece os passes. Tivemos que parar três vezes para lavar as mãos. Ficavam grossas e gosmentas. Alguns atendidos chegaram exaustos, aflitos e saíram bem melhores. Quando terminou tivemos de lavar as mãos intensamente, duas vezes, porque parecia que tinha uma nódoa, uma cola entre os dedos.
Isto aconteceu na quarta, hoje, quinta feira, nos dedicamos ao trabalho de atendimento programado. Nós sabemos quem vai ser o atendido e os espíritos perseguidores também sabem. Da mesma maneira que o plano espiritual superior faz a programação e logística para o atendimento, os inimigos se preparam para defesa e contra ataque. É uma guerra de energias, valores, ideais, desejos, intensa, com as mais diversas armas dos dois lados, e que de nossa parte não desejamos derrotas de nenhum dos lados, e sim vitória da paz, harmonia, esperança, perdão, e Amor.
Como bem dizem os ditados entrou na chuva é para se molhar; foi para guerra, leva chumbo e chumbo trocado não dói. Armamento pesado dos dois lados. Luta de treva X Luz. Não é competição para amadores e ingênuos. Pior ainda para distraídos, iludidos e despreparados.
A aura do planeta Terra só vai melhorar, quando conseguirmos a paz entre nós. Guerras que continuam na sub crosta, nas furnas, nas trevas tem que caminhar para a paz. Conflitos muitas vezes milenares, a corroer as energias positivas do planeta. Onde não se faz presente a Luz, as trevas é que comandam, dirigem, escolhem e orientam. Como disse Chico Xavier Se a treva aparece é porque a luz está demorando, mas quando acendemos a luz ninguém pensa mais nas trevas.
No estudo do livro Egos em Conflito, de Inácio Ferreira, que fazemos no final da tarde, antecedendo os trabalhos da noite, numa referência às lembranças ou predomínio de egos anteriores ao atual que estamos experimentando, nem sempre a bagagem é só de experiências negativas. Esquecemos muitas vezes que tivemos boas oportunidades, boas experiências transatas e nos cristalizamos em um ego que viveu de forma mais dolorida ou que provocou dor no próximo. A culpa passa a comandar nosso destino, às vezes por séculos! Temos vários egos de amor ou dor. Qual deles damos mais valor e atenção? Porque escolher o ego culpado para nortear todas as nossas ações? Ego culpado pode ser apenas ego cristalizado.
Quando se referem a Chico Xavier, Inácio vem com esta pérola, página 132, que nos ajuda a nos libertar do enrijecimento de ego mais algoz sobre nossos passos de hoje: Chico reencarnou com as suas reminiscências intelectivas extremamente acentuadas – à flor da pele, se assim posso me expressar! Nele, o esquecimento do passado não era absoluto, mas relativo. Os seus múltiplos egos eram arquivos atuantes, interagindo harmonicamente para a sublime tarefa que ao ego Chico Xavier coube cumprir!
Se todas as pessoas, egos atuais, que carregam culpas desmesuradas, que impedem a paz interior, entendesses esse mecanismo, as vibrações que envolvem a Terra poderiam ser mais tranquilas. Vamos explicar melhor. O culpado, se sente culpado porque fica fixado em um ego do passado. Naquela experiência cometeu algum ato ruim. Como hoje tem o ego exagerado, deste tamanho, orgulhoso, vaidoso, elege seu ego criminoso como sendo o máximo dos máximos! Elimina de suas lembranças acásicas todos os outros egos que já viveu. É uma auto flagelação, resultante de sua realidade distorcida.
Expliquemos melhor através da nossa experiência nos atendimentos a espíritos que chegam sofrendo, vingativos, hipnotizados. Vamos pouco a pouco ajudando ele a recordar do passado mais distantes, de outros egos que já viveu, de egos que tiveram experiências positivas, que amaram e foram amados, egos que realizaram coisas boas. Quando o espírito toma ciência, recorda esse egos positivos, se sente encorajado a romper sua cristalização e caminhar em busca de um futuro mais esperançoso. É isto que fazemos nos nossos atendimentos espirituais, garimpamos, pescamos, trazemos à tona egos positivos para quebrar o enrijecimento em que o ego atual se tornou.
Tanto faz se o espírito está encarnado ou desencarnado. É a mesma coisa. Quando a culpa se torna o capitão do navio de nossa vida, é um ego do passado, congelado, cristalizado, que tomou as rédeas de nosso destino. Na verdade o ego atual, que carrega nosso nome na certidão de nascimento é medroso e vaidoso ao mesmo tempo. Tem tanto medo de seguir adiante, que busca um feito extraordinário no seu arquivo de egos do passado e se vangloria dele. Hoje sou um medroso, mas veja o que fui capaz de fazer ontem! Fui corajoso o bastante para machucar, ferir, prejudicar alguém; fiz com maestria, sou capaz! Como é medroso, não vai repetir o feito nesta vida; então elege uma culpa suprema, extrema, destruidora, para poder revelar ao mundo aquela coragem do passado.
Mas não é só isto. É muito difícil tratar deste ego culpado de hoje, porque as artimanhas em que se enredou, o mantem isolado de si mesmo. De toda sua evolução milenar, séculos e séculos, tudo se resume ao ego criminoso de ontem justificando a culpa do ego medroso e vaidoso de hoje. Não tem mais nada. Todas as suas capacidades, virtudes, conhecimento, conquistados ao longo de séculos e séculos de reencarnações estão bloqueados. Mais adiante temos um exemplo deste vazio do passado.
Nosso trabalho de atendimento aos espíritos começou depois de um entrevero que não esperávamos. Refeitos do impacto, harmonizamos nossas vibrações cantando Quanta Luz letra de Cenyra Pinto
Quanta luz
Neste ambiente
Descendo sobre nós
Vibrando em nossa mente
Quanta luz
Quando assim em prece
Como a alma cresce
Aos olhos de Jesus
Quanta luz
Quando em oração
A voz do Mestre fala
Ao nosso coração
Quanta luz
Descendo sobre nós
Quanta luz,
Quanta luz.
Harmonizado e tranquilos os atendimentos foram iniciados. Já chegou rindo, zombando, escarnecendo, contando vantagem sobre o que eles tinham provocado. Uma das médiuns percebeu que não era somente um espírito a falar, mas cinco, que estavam juntos e escarnecer e gozar do grupo. Diálogo difícil, nenhuma brecha de entendimento. Muita luz, muita energia jogada sobre eles… O dialogador recebeu a intuição de soprar. Chegou bem próximo à testa do instrumento mediúnico e soprou.
Ah! Se pudéssemos ver o que aconteceu naquele instante! É por isto que num trabalho desta envergadura todas as mediunidades ficam de plantão. Não é apenas médium e dialogador. Trabalhamos em equipe e cada um vai informando o que vê ou sente e age. O sopro espalhou sobre as entidades um pó e na medida que foram cobertos por este pó foram se acalmando, desmontaram, perderam da força… somente assim foi possível conversar e coloca-los para dormir e serem tratados.
Uma das médiuns, desde que chegou começou a sentir muita dor no pescoço, ombro e braço esquerdo. Se mexia na cadeira, afastou o ventilador, e a dor aumentava. A entidade chegou meio contorcida, falando baixo, se contendo.
– tenho raiva… muita raiva… vou destruí-lo, estou esperando ele chegar aqui, vai fica nas minhas mãos…
– a raiva é tanta que entortou você, faz tempo que você está assim, a raiva nem se justifica mais…
– a raiva é minha… quero sentir raiva
– no começo de sua raiva você tinha razão, mas passou tanto tempo que a raiva só serve para te entortar, tudo mudou e você ficou aprisionado na sua raiva e torto…
– quero sentir raiva, vou destruí-lo, estou esperando ele chegar aqui…
– só que no dia que ele chegar aí, você estará reencarnando aqui…
– não vou reencarnar, não quero reencarnar
– você só quer fazer as suas vontades, mas não é assim que as coisas funcionam. É o mais alto que manda em nós. Você vai reencarnar torto de raiva e na Terra não existe médico nem remédio que possa trata-lo. Vai nascer torto e morrer torto cheio de dor. Coitada de sua mãe que vai ter que cuidar de você todo torto.
– não vou reencarnar, só quero continuar a sentir raiva
– você foi trazido aqui para saber que pode contar conosco quando quiser mudar. Tem pessoas que te amam e esperam por você, A hora que quiser bater na nossa porta, são aqueles que te amam que vão te receber. A tua raiva te deixa sentindo muita dor e você está todo torto. Tem duas possibilidades para sua reencarnação duas mães e dois pais que podem ser seus. Pode ver. Você vai fazer a escolha onde vai reencarnar e como vai estar. A escolha é sua e nós aqui estamos de portas abertas para te ajudar… As pessoas que te amam continuarão esperando você…
Depois que ele se foi, as dores no corpo da médium foram saindo. Ela se viu um entidade ao seu lado aplicando-lhe um passe de limpeza. Levantou e se aplicou um auto passe. Melhorou imediatamente.
A turma chegou para quebrar tudo. Isto mesmo turma. Eram três espíritos a envolver a médium e querer quebrar tudo, jogar as cadeiras, chutar, quebrar. As nossas cadeiras são tipo poltrona com braço. A médium agarrava a cadeira para se conter e se defender da agressividade das entidades. A dialogadora não conseguia nenhum contato, queriam arrasar. Outros médiuns projetavam energia para acalmar. A médium se via em um lugar muito escuro, sufocada, buscando uma saída. A dialogadora teve a inspiração de cantar Quanta Luz. O único recurso era a prece em forma de música. A médium dentro da escuridão começou a ouvir uma música bem distante que foi aproximando e sentiu quando uma mão surgiu e a puxou daquele lugar escuro. As entidades foram colocadas para dormir.
Chegou tomando satisfação. Não estava só, eram muitos, reclamando que foram invadidos em seu lugar.
– você estão invadindo nosso lugar, não podem fazer isto…
– acho que quem invadiu foram vocês, o lugar do outro…
– lá é nosso, mas vocês nos trouxeram para cá, queremos voltar para o que é nosso… esses pretos invadiram lá, não é deles… pegaram nossa máquina que usamos para tirar energia dele, nós nos mantemos com a energia que a máquina tira
– agora não tem mais máquina
– você não tinham que se meter, nós estávamos lá sossegados…
– desde o primeiro instante estamos acompanhando vocês e sua máquina, agora chegou a hora de terminar com isto… levaram a máquina.
– a gente arruma outra…
– só que vocês sem a máquina estão ficando fraquinhos, não vão aguentar… vocês todos que estiverem com fome, aqui temos boa comida, pode se servir à vontade…
– gente fraca, já querem comer… vou sair e arrumar outros…
– e como você fraquinho deste jeito vai explicar para o chefe? Você sabe que ele não vai perdoar…
– mas a culpa não é da gente, foram estes pretos metidos que tiraram nossa máquina…
– você sabe o que o chefe faz com quem fracassa…
– ele não perdoa, joga a gente no buraco escuro…
– você pode ficar aqui junto com seus amigos…
– vocês vão prender a gente?
– aqui não tem ninguém preso… veja ao seu redor… o que está vendo…
– só tem gente trabalhando… aquele lá está tirando berne?! Haa!… o outro está cuidando das feridas… aqui são escravos também, todo mundo trabalhando…
– veja o rosto daquele que está tirando berne…
– ele está sorrindo… como pode? Trabalhando e sorrindo!?…. os outros também…
– você pode trabalhar aqui também, nos ajudar, precisamos muito da ajuda de todos…
– mas eu não sei fazer nada…
– do que você mais gosta de fazer, o que te dá alegria quando está fazendo?
– … não me lembro de nada… não sei fazer nada…
– vamos te ajudar a lembrar… lembre, volte para trás…..
– o moço aí está me mostrando uma coisas e disse que são minhas lembranças… não lembro… quem é este aí?… ele disse que sou eu, que estas imagens são minhas…
– o que você está fazendo?
– construindo casinhas, muitas casas…
– você é pedreiro, mexe com cimento, tijolo, coloca azulejo?
– moça, não sei o que é isso que você está falando… eu mexo o barro, não sei fazer outra coisa, gosto de mexer o barro…
– assim levantam a casa… e o telhado como vocês fazem?
– não sei fazer telhado, nós só pegamos o sapê. Vamos lá cortamos as folhas e trazemos, eles é que fazem o telhado…
– você viu que temos muitos doentes aqui, precisamos de quartos para eles dormirem… precisamos de sua ajuda…
– mas não sei construir como é aqui…
– você e seus amigos aprendem… você aceita ficar aqui e nos ajudar
– você manda e não pede…
– então você aceita nosso convite?
– você está pedindo e não mandando na gente?
– é, você é quem decide se quer ficar conosco…
– tem que mandar!… você está pedindo… nunca vi isso…
– aqui é você e seus amigos que vão decidir se querem ficar…
– é claro que queremos ficar… o moço disse que vai nos ensinar como fazer o serviço e que se a gente aprender nós vamos construir um lugar para nós.
Este atendimento chega a ser intrigante. O espírito não tinha memória. Como disse em algum momento tudo é oco, vazio dentro de mim. A memória dele, durante o atendimento, foi captada por técnicos especializados do nosso trabalho e projetada para ele. Espantado não acreditava no que estava assistindo. Perguntou várias vezes, duvidando e admirado, se aquelas lembranças eram dele. A expressão incrédula perguntando se o moço era ele. – O moço disse que sou eu. Seus egos estavam apagados, provavelmente por hipnose dos dominadores, daqueles que os escravizaram. Eles e seus companheiros estavam tão vazios e depauperados que para sobreviver precisavam da máquina que sugava as energias do encarnado e os alimentava. Simbiose total, hospedeiros, sugadores energéticos.
Nas quarta feiras à tarde, temos um grupo de estudo do livro de Marlene Nobre A Obsessão e suas Máscaras. Estudamos no dia de ontem, na página 64, PARASITOSE MENTAL OU VAMPIRISMO ESPIRITUAL. …Vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guari da no estojo de carne dos homens…. Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo…. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhe as zonas motoras e sensórias inclusive os centros cerebrais – linguagem e sensibilidade, memória e percepção -, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam assim, doenças-fantasmas de todos os tipos, mas causam também degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os.
Para encerrar, a mentora deu alguns puxões de orelha, esclareceu o ocorrido no início dos trabalhos e parabenizou a todos por manterem o padrão vibratório para o bom desenvolvimento do trabalho. Alertou mais uma vez da necessidade de estudar muito, a fim do grupo estar sempre preparado para as intempéries que surgem e poder fazer mais.