Reflexões do grupo de estudo
Alguém comentou: pensar é perigoso.
Até hoje, exercer a atividade de pensar, raciocinar, comparar, avaliar e escolher é privilégio de uma minoria tanto de encarnados como de desencarnados. Como vivemos em São Paulo, Brasil, uma das maiores cidades do planeta Terra, com o temperamento mestiço e multicultural, não nos damos conta da dificuldade quase intransponível de exercer o livre direito e capacidade de pensar.
Começamos o estudo do grupo Antônio de Pádua com o capítulo XI do ESE item 5 que nos conta: então dos fariseus, tendo-se retirado, decidiram entre si surpreendê-lo em suas palavras.
Surpreender, ser sorrateiro, atacar de surpresa, saltear, assaltar, sobressaltar, causar espanto e admiração, abismar, maravilhar, fascinar, encantar, aturdir, admirar, assombrar, pasmar, espantar, banzar, arrebatar, causar estranheza, embasbacar, pilhar, atocaiar, amedrontar, atemorizar, flagrar, pegar na curva, dar o bote.
Uma pergunta: nós não fazemos o mesmo? Principalmente nas relações familiares, irmãos não flagram irmãos competindo o amor da mamãe? Esposos não vivem à espreita, para estar sempre à dianteira um do outro? No ambiente de trabalho, a competição e o desejo de desabonar o companheiro de trabalho não predomina? Entre concorrentes comerciais?
Isto é ser esperto? O que é esperteza? É bom, é ruim?
– ser esperto para competir com o outro não é bom, disseram uns
– esperteza não é coisa boa, disseram outro
É bom uma criança ser esperta? Os semblantes se abriram e sorriso como resposta
A esperteza é necessária para a sobrevivência do Homem? Um homem tolo sobrevive?
Esperteza, virtude, característica de esperto, ação ou método de quem é esperto; rapidez, eficiência, inteligência, tino, vivacidade, capacidade maliciosa de adaptar-se habilmente a situações adversas tirando proveito da situação, sutileza, sagacidade, finura, astúcia, manha, lábia, artifício, argúcia, agudeza, paleio, solércia, discernimento, lucidez, perspicácia, entendimento, estratégia, atividade, energia, malandragem, malícia, diplomacia, feeling, talento, agilidade, velhacaria, truque, treta, tramoia, brilhantismo.
A diferença entre inteligência e esperteza
Inteligência – pode ser definida como a capacidade de resolver situações problemáticas, novas, mediante reestruturação dos dados perceptivos.
Esperteza – entre as mais diversas definições, é considerada a capacidade maliciosa de adaptar-se habilmente a situações adversas, tirando proveito da situação. Este aproveitamento é considerado por muitos como inteligência e criatividade. Wikipédia
“Podemos definir o esperto como aquela pessoa que tem inteligência prática cuja referência é seu ego (como ganhar vantagem ou superar um obstáculo, proteger-se ou obter o que se quer). Na vida diária a esperteza é essencial para a sobrevivência, mas deixada a si só, ela se transforma facilmente em “malandragem”.
Adriana Tanese Nogueira, psicoterapeuta e escritora internet
A criança esperta utiliza ao máximo todo o seu potencial intelectual, emocional e social para se adaptar a diferentes situações e obter os melhores resultados. A criança esperta não apenas será capaz de tirar boas notas escolares, mas também será capaz de conseguir grandes conquistas pessoais. Em resumo, a criança esperta terá mais probabilidades de êxito em todos os âmbitos: familiar, social, acadêmico e num futuro profissional.
Jesus se refere aos fariseus:
Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.
Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado.
E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.
Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.
Lucas 12:1-5
Maria Modesto Cravo, no prefácio do livro QUEM SABE PODE MUITO, QUEM AMA PODE MAIS, nos faz uma chamada na moral para que aprendamos a pensar com liberdade e saber separar o joio do trigo, a verdade da mentira, a fé da credulidade inocente.
“A Onda Mental do Cristo supre a nossa incredulidade. Jesus está literalmente na Terra neste instante de transição. Seria improfícua a tentativa de explicar essa presença do Cristo. … Jesus nunca esteve tão próximo das sofreguidões humanas.
Enquanto as sociedades terrenas acomodam-se na insanidade da guerra e do poder, Jesus sustenta o planeta com Seu incondicional amor. Inevitavelmente a humanidade avança graças a esse suporte de amor incomensurável. Qual de nós, porém, tem essa fé no bem? … Quantos de nós, iluminados pelas claridades do Espiritismo, velam com o Cristo enquanto a embarcação das provas terrenas é abalada pelas tempestades da ignorância e da maldade? Quem tem buscado a onda mental do Senhor?
Não haverá paz na humanidade se não acreditarmos em Deus. Não haverá fraternidade no mundo se não acreditarmos uns nos outros. Inúmeros de nós, os adeptos do Cristo, acreditamos que acreditamos! Acreditamos que temos fé!
A mente do Cristo é o ponto de equilíbrio para a transição. Sem ela, a Terra nada mais seria que um turbilhão de maldade e escravidão. As legiões do vale da mentira persuadem coletividades através da ilusão, assaltando os valores tenros do coração humano, e depositando as sementes da descrença.
A estratégia mais ensandecedora dos inimigos do Cristo é levar o homem a desacreditar na força do bem. O tráfico mais perverso no planeta não é de drogas alucinógenas, mas da mentira calculada que resulta de estudos psicológicos profundos para roubar o juízo humano. A droga mais destruidora é a mentira que funciona como isca para nossas ilusões. Quando deixamos de apostar no valor alheio, fixamo-nos na maldade.
Agrilhoados aos aspectos enfermiços do próximo, nasce a descrença. A descrença mata o idealismo superior, cria a indisposição para o afeto, motiva a indiferença e assegura o descaso. Daí para a aversão e o ódio é um passo. A fixação emocional na sombra gera o descrédito.
O ser humano teme o ser humano. Uma Terra insegura, ameaçadora, frágil. … Surge então uma inversão de valores. A justiça passa a ser uma peça filosófica estanque, inócua. Mais vale a vingança, o proveito pessoal, o prazer das sensações perecíveis. Esse quadro de insanidade avassala até mesmo as comunidades adesas ao bem.
Essa onda de perversidade bafeja … A descrença brota desse sentimento de personalismo quando nos permitimos matar o encanto e o afeto porque alguém decidiu ser diferente do que gostaríamos. … a fixação prolongada nessa ótica da enfermidade pode contagiar e enfraquecer, causando, em nosso próprio prejuízo, o desânimo e a apatia nos ideais de crescimento, colocando-nos em sintonia nociva com os gênios do engodo e do devaneio.
O Egoísmo polariza a mente no complexo de inferioridade – gera a descrença em si -, piso emocional para fixação nas imperfeições pessoais e alheias – medo, indiferença, insegurança, antipatia nas relações.
Ao contrário, quando se reconhece nosso valor real, acreditamos em nós, temos autonomia de crença, portanto, destacamos o bem que está no outro. A percepção pessoal que temos do outro é o ponto nuclear para uma convivência pacífica ou destruidora. Se temos olhos de compaixão, nosso coração está rico de esperança. Se temos olhos de disputa, a traça da inveja tomou conta de nossa alma. …
Por essa razão, bem-aventurados aqueles que estão logrando atrair para perto de si, espontaneamente, a simpatia e a amizade, a crença sincera e o reconhecimento educativo. Essas forças morais são pontos essenciais de sustentação dos ideais cristãos. Lamentável somente será a atitude daqueles que ainda consomem uma gota de energia para difamar, desdenhar, diminuir e adulterar a grandeza dos esforços e conquistas alheias. … Quão desafiador é sustentar os Ideais nobres! Quão íngreme é o caminho da vitória sobre si mesmo! Como é difícil tecer o manto da confiança nos valores alheios e servir incondicionalmente!”