Como é que pode ela ficar linda assim!

“ A responsabilidade tem o tamanho do conhecimento” André Luiz

 

Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece.”João 9:41

 

“Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado.”João 15:22

 

 

Podemos nos sentir felizes com o trabalho desta noite. Mais uma vez, chegamos alegres, brincando uns com os outros. É sempre um imenso prazer se movimentar para trabalhar para o bem. Que o Mestre Jesus nos ajude a melhorar a cada dia.

 

Na leitura de preparação, recordamos os estudos de André Luiz sobre desdobramento. Estudar as obras básicas é sempre interessante para nortear nossas ações, aferir o andamento do trabalho, confirmar caminhos a serem seguidos. Como temos estudado muitas situações de socorro com o recurso do desdobramento, nos livros de Luiz Gonzaga Pinheiro, fomos dar uma olhada no que André Luiz recomenda e orienta ¹.

 

“Chegara a vez do médium Antônio Castro. Profundamente concentrado, denotava a confiança com que se oferecia aos objetivos de serviço. Aproximou-se dele o irmão Clementino e, à maneira do magnetizador comum, impôs-lhe as mãos aplicando-lhe passes de longo circuito.

O médium como que adormeceu devagarinho, inteiriçando-se-lhe os membros. Do tórax emanava com abundância um vapor esbranquiçado que, em se acumulando à feição de uma nuvem, depressa se transformou, à esquerda do corpo denso, numa duplicata do médium, em tamanho ligeiramente maior. Nosso amigo como que se revelava mais desenvolvido, apresentando todas as particularidades de sua forma física, apreciavelmente dilatadas.

O diretor espiritual da casa submetia o medianeiro à delicada intervenção magnética. O médium, assim desligado do veículo carnal, afastou-se dois passos, deixando ver o cordão vaporoso que o prendia ao campo somático. Enquanto o equipamento fisiológico descansava, imóvel, o médium, tateante e assombrado, surgia, junto de nós, numa cópia estranha de si mesmo, porquanto, além de maior em sua configuração exterior, apresentava-se azulada à direita e alaranjada à esquerda.

Tentou movimentar-se, contudo, parecia sentir-se pesado e inquieto… Clementino renovou as operações magnéticas e o médium, desdobrado, recuou, como que se justapondo novamente ao corpo físico.

Verifiquei, então, que desse contato resultou singular diferença. O corpo carnal engolira, instintivamente, certas faixas de força que imprimiam manifesta irregularidade ao perispírito, absorvendo-as de maneira incompreensível para mim. Desde esse instante, o companheiro, fora do vaso de matéria densa, guardou o porte que lhe era característico. Era, agora, bem ele mesmo, sem qualquer deformidade, leve e ágil, embora prosseguisse encadeado ao envoltório físico pelo laço aeriforme (cordão de prata), que parecia mais adelgaçado e mais luminoso, à medida que Castro-Espírito se movimentava em nosso meio.

O nosso orientador, deu-se pressa em esclarecer:

— Com o auxílio do dirigente espiritual, o médium foi convenientemente exteriorizado. A principio, seu perispírito ou corpo astral, estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o duplo etérico, formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento do corpo físico, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.

– Para melhor ajustar-se ao nosso ambiente, o médium devolveu essas energias ao corpo físico, garantindo assim o calor indispensável à colméia celular e desembaraçando-se, tanto quanto possível, para entrar no serviço que o aguarda.

— Se algum pesquisador humano ferisse o espaço em que se situa a organização perispirítica do nosso amigo, registraria ele, de imediato, a dor do golpe que se lhe desfechasse, queixando-se disso, através da língua física, porque, não obstante liberto do vaso somático, prossegue em comunhão com ele, por intermédio do laço fluídico de ligação.

O médium, mais à vontade fora do corpo denso, recebia as instruções que Clementino lhe administrava, paternal. Dois guardas aproximaram-se dele e lhe aplicaram à cabeça um capacete em forma de antolhos (viseira para não enxergar as laterais).

— Para a viagem que fará — avisou-nos o Assistente —, o médium não deve dispersar a atenção. Incipiente ainda nesse gênero de tarefa, precisa instrumentação adequada (recursos tecnológicos do plano espiritual) para reduzir a própria capacidade de observação, de modo a interferir o menos possível na tarefa a executar.

Vimos o rapaz plenamente desdobrado alçar-se ao espaço, de mãos dadas com ambos os vigilantes. O trio volitou em sentido oblíquo, sob nossa confiante expectação. Desde esse momento, demonstrando manter segura comunhão com o veículo carnal, ouvimo-lo dizer através da boca física:

— Seguimos por um trilho estreito e escuro! Oh! Tenho medo, muito medo… Rodrigo e Sérgio amparam-me na excursão, mas sinto receio!… Tenho a idéia de que nos achamos em pleno nevoeiro…

Mas o dirigente do grupo, sob a inspiração do mentor da casa, elevou o padrão vibratório do conjunto, numa prece fervorosa em que rogava do Alto forças multiplicadas para o irmão em serviço. Junto de nós, Áulus informou: — A oração do grupo, acompanhando-o na excursão e transmitida a ele, de imediato, constitui-lhe abençoado tônico espiritual.

— Ah! Sim, meus amigos — prosseguia o médium, qual se o corpo físico lhe fosse um aparelho radiofônico para comunicações à distância —, a prece de vocês atua sobre mim como se fosse um chuveiro de luz… Agradeço-lhes o benefício!… Estou reconfortado… Avançarei!…

— Raros Espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de Serviço edificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo com os seus movimentos rotineiros. Castro, porém, será treinado para a prestação de valioso concurso aos enfermos de qualquer posição.

A voz de Castro apagou-se-lhe nos lábios e, daí há instantes, vimo-lo regressar, amparado pelos irmãos que o haviam conduzido, retomando o corpo denso, com naturalidade. Reajustando-se, qual se o vaso físico o absorvesse, de inopino (de repente), acordou na esfera carnal, na posse de todas as suas faculdades normais, esfregando os olhos, como quem desperta de grande sono.”

 

O atendimento começou. O médium avisou que esta entidade não fazia parte do atendimento programado da noite. Era um espírito que o acompanhara durante todo o dia e necessitava de esclarecimento. O  atendido nem sabia porque estava ali.

– ele me trouxe aqui, mas nem conheço ele.

– é sinal que você está merecendo ser ajudado

– eu estava junto com aquela turma… ele passou lá, ficou parado lá na rua, bem no meio daquela balburdia e não sei porque fiquei preso nele… estou preso…

– pelo visto você também não faz parte daquele grupo… acho que você não tem lugar nenhum… vive daqui para lá, meio sem rumo….

– é assim mesmo que eu vivo, quero ir embora…

– mas você não gostaria de viver melhor, com mais dignidade…..  dignidade, acho que é esta a palavra para você…

– isto que você está falando não existe…

–  olha, presta atenção, veja o que está ao seu lado, compreenda as palavras…

– e você quer que eu acredite nisto?

– porque não? Você merece viver melhor, em situação melhor, com mais dignidade….  pode confiar e ir com este pessoal que te chama…

 

Entre nós trabalhadores, médiuns, costumamos chamar esta qualidade de mediunidade de médium “lotação” que vai “pegando, convidando” espíritos que estão em condição ou merecem ser ajudados, e vai trazendo para a Casa Espírita. É sempre uma alegria quando estas entidades recebem socorro adequado e encontram um novo caminho, cheios de esperança.

 

Como sempre se repete, a entidade chega contrariada, dizendo para não ser incomodada e que de lá não sairá. No diálogo dá para perceber quando a perseguição é pessoal ou é “pau mandado” como se diz no interior. Mostramos para ela o lugar que estava naquele momento. Ficou muito surpresa. A levamos para o jardim. Achou lindo! Estava mais descontraída. Sugerimos que olhasse à sua volta, prestasse atenção nas pessoas.

– veja! Tem uma pessoa sorrindo…

– não é possível que seja ela!…. como é que pode ela ficar linda assim! …está mais nova!………..

 

No livro Nos Domínios da Mediunidade, da literatura básica da Doutrina, André Luiz explica as condições dos corpos espirituais, referindo a um exemplo:

 

“-  Nosso irmão, com a ajuda de Clementino, está usando as forças ectoplásmicas que lhe são próprias, acrescidas com os recursos de cooperação do ambiente em que nos achamos. Semelhantes energias transudam de nossa alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose.

Depois de fitar o médium hesitante alguns momentos, prosseguiu:

– O espírito à medida que entesoure experiência, manejará possibilidades mentais avançadas, assumindo os aspectos que deseje, considerando que o perispírito é constituído de elementos maleáveis, obedecendo ao comando do pensamento, seja nascido de nossa própria imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa, principalmente quando a nossa vontade se rende, irrefletida, à dominação de Espíritos tirânicos ou viciosos, encastelados na sombra.

– Se já tivesse conquistado uma boa posição de autogoverno, com facilidade imprimiria sobre as forças plásticas de que se reveste a imagem que preferisse, aparecendo ao nosso olhar como melhor lhe aprouvesse, porque é possível estampar em nós mesmos o desenho que nos agrade.

– O pensamento modelará a forma que nos inclinamos a adotar, no entanto, os apetrechos de nossa apresentação na esfera diferente de vida a que fomos trazidos,  variarão em seus tipos diversos.

– Pela concentração mental, qualquer Espírito se evidenciará na expressão que deseje, todavia, empregando nossa imaginação criadora, podemos e devemos mobilizar os recursos ao nosso alcance, aprimorando concepções artísticas no campo de nossas relações, uns com os outros (beleza que irradia entre os seres). A Arte, tanto quanto a Ciência, entre nós, é muito mais rica que no círculo dos encarnados e, por ela, a educação se processa mais eficiente, no que tange à beleza e à cultura.”

 

Uma entidade atendida estava completamente confusa. Seus pensamentos embaralhados, desconexos, não conseguia se localizar nem antes nem naquele momento. Com muita dificuldade, muita confusão mental, num diálogo que se arrastava, lembrou que estava com um grupo de maltrapilhos, vivendo igual animais.

– estamos sujos, imundos, com as roupas rasgadas…

– seu amigos estão aqui também? Vieram todos?

– é claro que vieram todos, quem é que ia ficar lá, naquele lugar horrível?

Continuava confusa, estes poucos pensamentos concatenados, foram difíceis de serem expressados

– estou com fome… estou suja….

– veja a fonte… vá até lá, tome um banho, fique limpinha, vista roupa nova… beba água…

– não consigo ver… dizem que a água está caindo do alto… não acho o caminho…. não vejo…

– peça ajuda para seus amigos, eles devem ter encontrado a água…

– quem encontrou não voltou…  acho que caíram num buraco…

– mude seus pensamentos… tem água limpa, pura, cristalina… beba água… caminhe até a água… tome um banho

– não consigo… eles já acharam… estou sentindo respingos (sorri)… vou tomar banho….

– agora que você tomou banho pode comer, veja a mesa do banquete…

– a mesa está aqui… estou com fome… estou com sono, muito sono… não sei se vou conseguir comer… sono… muito sono….

 

Esta criatura, não consegue pensar. Utilizamos a “água” porque era certo que conseguiria construir alguma idéia com água. Não consegue pensar,  usar a mente, o abstrato é vago, não existe tempo, objetos, lugar. Como a necessidade de água é natural, faz parte do ser, foi a possibilidade de dar alguma organizada em seus pensamentos. É só o começo de uma longa estrada de recuperação de sua mente. Recorremos mais uma vez a André Luiz ¹:

 

“Aproveitei os instantes à nossa frente, especificando observações, junto aos companheiros menos felizes que se uniam estreitamente uns aos outros, entre a angústia e a expectação. Pareciam envolvidos em grande nuvem ovalada, qual nevoeiro cinza escuro, espesso e móvel, agitado por estranhas formações. Reparei o conjunto, notando que alguns deles se mostravam enfermos, como se estivessem ainda na carne. Membros lesados, mutilações, paralisias e ulcerações diversas eram perceptíveis a rápido olhar. Talvez porque Hilário e eu nos demorássemos em atencioso exame, na posição de aprendizes em aula, um dos colaboradores espirituais da reunião acercou-se de nós e falou, cordial:

– Nossos irmãos sofredores trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico.

– Mas, adquirem melhoras positivas em reunião de intercâmbio? — indagou Hilário, espantadiço.

– Sim — esclareceu o interlocutor —, assimilam idéias novas com que passam a trabalhar, ainda que vagarosamente, melhorando a visão interior e estruturando, assim, novos destinos. A renovação mental é a renovação da vida.

Abeiramo-nos de triste companheiro, de macilenta expressão fisionômica, e Hilário, num impulso todo humano, perguntou-lhe:

– Amigo, como te chamas? — Eu? — tartamudeou o interpelado. E, num esforço tremendo e inútil para recordar-se de alguma coisa, ajuntou:

– Eu não tenho nome…

– Impossível!… — considerou meu colega, dominado de espanto — todos temos um nome.

– Esqueci-me, esqueci-me de tudo… — comentou o infeliz, desoladoramente.

– É um caso de amnésia a estudar — aclarou o companheiro da equipe de trabalho que visitávamos.

– Fenômeno natural? — interrogou Hilário, perplexo.

– Sim, pode ser natural, em razão de algum desequilíbrio trazido da Terra, mas é possível que o nosso amigo esteja sendo vítima de vigorosa sugestão pós hipnótica, partida de algum perseguidor de grande poder sobre os seus recursos mnemônicos. Encontra-se ainda profundamente imantado às sensações físicas e a vida cerebral nele ainda é uma cópia das linhas sensoriais que deixou. Assim considerando, é provável esteja submetido ao império de vontades estranhas e menos dignas, às quais se teria associado no mundo.

– Céus! — clamou meu colega impressionado — é possível semelhante dominação depois da morte?

– Como não? A morte é continuação da vida, e na vida, que é eterna, possuímos o que buscamos. Atento aos nossos estudos da mediunidade, observei:

– Se o nosso amigo desmemoriado for conduzido ao aparelho mediúnico, manifestar-se-á, acaso, assim, ignorando a identidade que lhe é própria?

– Perfeitamente. E precisará de tratamento carinhoso como qualquer alienado mental comum. Exprimindo-se por algum médium que lhe dê guarida, será para qualquer doutrinador terrestre o mesmo enigma que estamos presenciando.”

 

O espírito chegou bravo.

– porque vocês me trouxeram aqui?

– porque você estava lá?

– por que tenho que ficar lá… obedeço ordens… sou um escravo…. você não sabe o que é um escravo!?

– a partir de agora você não é escravo. Começa uma nova vida…

– sou escravo, tenho que obedecer…

– veja onde você está…  olhe a sua volta… veja as pessoas…

– porque estão vestidas de branco?

– estas que estão vestidas de branco, estão trabalhando… tem outras pessoas vestidas de outro jeito… também trabalham aqui…

– elas estão conversando umas com as outras…

– aqui todos são livres… você agora é livre…

– meu corpo está mudando… (emperdigou o corpo) … estou ficando diferente… minha cabeça pesa… o que puseram na minha cabeça?

– tudo está mudando…

– estou com muito sono… colocaram este capacete na minha cabeça… estou tonto… com sono…..

 

A médium descreveu o atendido usando uma capa e roupa muito antiga. O capacete foi colocado no espírito após seu entendimento sobre a possibilidade de mudanças. Sua mente se abriu para o novo. Um aparelho que o fez dormir para ser atendido no plano espiritual.

 

É impossível informar todos os tipos de artimanhas e técnicas utilizadas pelos obsessores. Quando foi estabelecida uma forte ligação entre o obsessor e a vítima é possível que a sutil obsessão se faça parcialmente à distância. Os obsessores podem alojar espíritos doentes física ou mentalmente, de vibrações inferiores, qual este que se via como escravo, se comportava como escravo e não tinha perspectiva de liberdade, bombardeando constantemente sua “vítima”. O obsessor desta forma fica ligado ao perispírito da vítima encarnada sem esforço, já que o próprio desequilíbrio dos irmãos que ele instalou ao seu lado, vai, aos poucos, debilitando a aura da vítima. No caso deste espírito atendido, obsessores emitindo ordens nos seus  painéis mentais, o telecomandam a distância. Hipnotizado e manipulado, foi colocado junto aos encarnados atendidos, para desequilibrá-los e facilitar a execução de planos maldosos de outros. Neste atendimento, os socorristas utilizam o capacete isolante e protetor, para desligar a entidade dos comandos mentais à distância.

 

A dialogadora explicava para a entidade, a importância de deixar a casa onde obsidiava sua vítima. Irredutível, dizia que iria continuar. Estava lá para fazer isto. Não aceitava sugestão, proposta, possibilidades. Chega perto outra companheira de diálogo. Fica ouvindo a conversa e entra no assunto sutilmente, sinalizando com o olhar para a dialogadora. As duas começam a conversar, deixando a entidade de lado, de “escanteio”. Ela fica prestando atenção na conversa, interessada… atenta…

– entendo o que ela está dizendo, e acho que ela tem razão. Está obedecendo ordens e está com medo…

– mas estando aqui, não precisa ter medo, aqui ela está protegida

– é que ela não sabe disso, pensa que pode ser pega pelo chefe e acabar apanhando

– não precisa ter medo…estou tentando explicar isto para ela, mas ela não quer aceitar…

– é isto mesmo, tenho medo de apanhar, preciso ficar na casa fazendo o meu serviço…

– está vendo, ela está com medo, ainda bem que aqui está segura…

– você pode confiar em nós………

 

Nem tudo o que reluz é ouro. Nem todas as agressões partem do coração machucado. Vezes e vezes sem conta, a ignorância impera. Dominadores, algozes sem escrúpulo fazem e desfazem de massas de espíritos ignorantes, frágeis, submissos, apavorados, escravizados. Um pouco de atenção, umas gotas de carinho, pitada de amor, cuidado em esclarecer, despertar um grão de mostarda de Fé, transforma dores acerbas em esperança e libertação. O primeiro atendido e beneficiado é aquele que trabalha e busca fazer o bem. Tudo o mais vem por acréscimo.

 

Depois de tudo terminado, ninguém tinha vontade de ir embora. Ficamos uns dez minutos calmos e tranqüilos, até levantar e sair…

 

¹ livro Nos Domínios da Mediunidade – Chico Xavier e André Luiz

 

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