O ASTRAL DO BRASIL CHORA A ESCRAVIDÃO

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grupo de EXPANSÃO DA MEDIUNIDADE Maria de Nazaré

terça-feira, 28 de março de 2023, às 19:30 horas

O Espiritismo resgata a história da ESCRAVIDÃO no Brasil

O capítulo 7 do livro Libertação trata de um assunto dificílimo para assumir responsabilidade como um corpo social, um país, uma nação. ESCRAVIDÃO.

No começo do século 20, o Brasil resolveu apagar todos os vestígios de que existiu ESCRAVIDÃO no solo brasileiro, no astral brasileiro. Se não vi, não registrei, não existiu. Foi uma tentativa do poder político de enganar a si mesmo, e apagar as responsabilidades da dor provocada por quatro séculos!

Somente os livros espíritas é que resgatam esta história de dor e sofrimento. Relatos dos espíritos, que podem acessar os arquivos astrais, estão em contato com os personagens, é que aos poucos vão contando a história que foi apagada dos livros oficiais.

André Luiz, com sua sutileza, com a delicada sensibilidade de Chico Xavier vai levantando o véu dos compromissos cármicos assumidos por todos nós brasileiros que já tivemos oportunidade de reencarnações anteriores neste solo sagrado, nesta pátria do Evangelho.

O capítulo 7, mostra abertamente como o ódio, que perdura por milênios sobre a Crosta da Terra e nas suas Trevas profundas, continua ativo, vingativo e destruidor. Enquanto o EVANGELHO não limpar nossos corações, muita tragédia continuará a ser vivenciada. É da Lei.

Pedro, o Apóstolo,  ao entender o Mestre Jesus, nos deu uma sugestão amorosa para amenizar toda a dor que está imantada no astral do Planeta, no astral brasileiro. O AMOR COBRE A MULTIDÃO DE PECADOS.

Os personagens desta história contada por André Luiz se odeiam tanto, que seus perispíritos se deformaram. O amor eleva, o ódio destrói. Agora séculos serão preciso para recompor. Com AMOR vai mais rápido, com ódio podem chegar á segunda morte.

Tempo, muito tempo… Qual a jornada de tentativas físicas, para recompor perispíritos ovoides? Perderam a forma. O molde se encontra em algum lugar do corpo mental.  Será no corpo da mãe, tentativas de gestações, abortos, novas tentativas, o mental da mãe direcionando as formas, séculos… Com o EVANGELHO é possível. Sem ele…

O Brasil tem no seu solo 400 anos de dor e sangue. Uma dívida espiritual, social e moral que terá que ser paga e resgatada. Ninguém conseguirá fugir.

Mas, como Jesus nos disse, “nenhuma ovelha se perderá do meu rebanho”, enviou para nos salvar da escuridão, do ódio, da vingança, o amigo Chico Xavier com sua monumental obra de resgate do EVANGELHO com a coleção FONTE VIVA. EVANGELHO PURO, água que nos sedenta a sede de amor, alimento que nos sustenta o espírito.

Chico Xavier jorrou o EVANGELHO sobre nossas almas. Somente o EVANGELHO limpará o astral do Brasil. Sangue, suor, lágrimas, dor, ódios, vinganças estão ativos, faz parte de nossas almas, de nossos pensamentos, de nossas crenças.

No Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo 5, item 5, está explicado: “A lei humana alcança certas faltas e as pune. Mas a lei não alcança nem pode alcançar a todas as faltas. Ela castiga especialmente as que causam prejuízos à sociedade, e não as que prejudicam apenas os que as cometem.

Mas Deus vê o progresso de todas as criaturas. Não há uma só falta, por mais leve que seja, uma única infração à sua Lei, que não tenha consequências forçosas e inevitáveis, mais ou menos desagradáveis. Donde se segue que, nas pequenas como nas grandes coisas, o homem é sempre punido naquilo em que pecou”.

Escravo não tem alma. A Igreja assim ensinou por quatro séculos! Escravo pertence ao seu dono que o comprou e pagou. Seu dono pode fazer o que quiser com ele.

Interessante é que a ESCRAVIDÃO oficialmente acabou no final do século 19, e Chico Xavier vem nos ensinar o EVANGELHO de AMOR de JESUS logo em seguida, no começo do século 20. A Igreja oficial que sempre pregou que ESCRAVO não tem alma, não tinha como falar do Amor do MESTRE. Chico Xavier veio salvar a alma dos brasileiros.

O Espiritismo veio com essa missão. Enquanto Chico estava vivo, a missão foi cumprida. Hoje Espiritismo virou palestra. Ser espírita é ouvir palestra. Ninguém lê mais os livros do Chico Xavier. Kardec então, vai para o fundo das prateleiras ou será modificado para atender o politicamente correto.

Ao chegar na Casa dos CISCOS, já sentimos aquele gostos cheirinho do café coado na hora. O cheio descia a escada até a porta de entrada. Que delícia!

– Hoje vai estar cheio de pretos velhos, com esse cheiro delicioso de café convidando a todos!

O trabalho de atendimento espiritual desta noite,  foi inteiramente dedicado a socorrer as vítimas da ESCRAVIDÃO, seja o senhor , seja o capataz, seja o escravo. Todos estão num emaranhado de sentimentos negativos, que se tornaram vítimas de si mesmos. É claro que esses sentimentos foram forjados ao longo de milênios, mas está reunido e compactado no astral brasileiro. Respiramos miasmas de dor, vibrações de ódios, sentimentos de vingança. Nosso céu astral é cinza, quase negro. Leia o livro entre a Terra e o Céu.

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O senhor de escravo estava sentado na varanda, no alto, vigiando toda sua grande fazenda e todos os espíritos que lá vivem. Sabe que é espírito, que já morreu, mas continua com o revolver na cintura pronto para punir quem o desobedecer.

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Ele matou o escravo, abre seu peito, tira o coração e o espreme com as mãos, o sangue escorre…

Para certas pessoas, quando em desequilíbrio total, o mal não tem limites. A ESCRAVIDÃO facilitou a loucura Humana.

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O outro fazendeiro, por volta do ano 1.600,  comprou mais uns bois e precisa comprar mais escravos para construir o curral.

– É claro que estou vivo! Não morri! Quando eu morrer vou para o céu. Comprei minha passagem com o padre e paguei bem caro por ela. Fica revoltado quando descobre que foi enganado. É chamado atenção porque ele sabia que o que fazia com os escravos não era correto. Quantas almas aprisionadas foram libertas!

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Um espírito trabalhador, um guardião,  veio até nós pedir ajuda para quebrar o cadeado. Os escravos estavam presos, eram muitos, e ele precisava da nossa ajuda para ir até o local quebrar o cadeado e libertar o pessoal.

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Ele era capataz. Recebeu a ordem de punir até a morte um velho escravo. Todos os escravos em volta suplicando com o olhar para ele não fazer. O filho do velho, homem forte veio para morrer no lugar do pai. O capataz apesar de vacilar, matou os dois. Não se aguenta de remorso, atormentado pelo olhar de todos que suplicaram. Diz para si mesmo que deveria ter se recusado a matar mesmo que morresse junto. Chora desesperado de remorso.

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Uma companheira de trabalho, por duas semanas seguidas, na hora que ia sair de casa para se dirigir ao CISCOS teve fortes cólicas intestinais, que a impediram de vir. Mentalizou sua situação e o espírito doente foi trazida sentindo fortes dores na barriga. Conta ela que foi levada para o pronto socorro, com fortes dores na barriga e está lá até hoje, só esperando o efeito dos remédios, para ficar boa e voltar para casa. Sua dificuldade era dar o passo seguinte, aceitar que morreu. Ao entender, foi levada por uma amiga…

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Ela chega, com a mão nos quadris, naquele jeito de dama, e toda feliz conta que já foi atendida na Casa. Antes ela trabalhava para o mal, agora trabalha para o bem. Incentiva a todos nós a continuar a ter fé, trabalhar, ter muito amor para dar. Não desistir, persistir e manter a vigilância.

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O médium que costuma psicografar, dá sinais de que está meio confuso. Não quer incorporar e não chega no papel para psicografar. Outra médium ao perceber sua situação, chega até ele e capta as energias pesadas que o envolvem. O interessante é que as energias são atraídas para o corpo da médium, passam rapidamente e são dispersadas.

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O médium volta ao equilíbrio, se concentra e começamos a conversar com um espírito, que faz questão e dizer que está acompanhado por muitos outros e que o trabalho deles é impedir que os trabalhadores venham trabalhar. Faz tempo que se dedicam a esta tarefa. Provocam preguiça, sentimentos de melindres, desconfiança do trabalho, problemas de saúde, enfim tudo o que possa afastar o trabalhador da Casa dos CISCOS.

Precisam impedir este tipo de trabalho em todos os lugares. É para fazer os grupos de trabalho e de oração desistirem. Entraram no trabalho para olhar quem está persistindo em continuar. Como estavam perseguindo o médium, não se deram conta de que foram levados para dentro da Casa.

O espírito se sentiu bem com as vibrações que recebia. Tinha o cuidado de enfatizar que não estava sozinho, era para falar sobre “nós” e não somente ele. O grupo foi se sentindo mais fraco com as boas vibrações, quase derretendo. Contou como faziam para desestimular os pessoal a vir no trabalho. Aos poucos foi entendendo que alguma coisa mudou e que eles teriam que seguir com os instrutores.

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Um dos fazendeiros, ao aceitar a ajudar e entender as mudanças de sua condição espiritual, fala:

– Tem muita gente de branco aqui ajudando a gente, mas são todos pretos! Eles estão nos tratando com bondade…

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A menina estava fugindo pelo mato. Fugiu junto com seu irmão, mas o perdeu de vista. Um capataz chega perto para ajuda-la. Ela tem medo de ser aprisionada. Ele a leva para uma clareira. Lá uma preta muito bonita, com um turbante dourado na cabeça dança e gira alegremente. Tem muita gente reunida naquele lugar. Gente de todo tipo tem brancos também dançando e cantando.

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Um espírito amigo vem trabalhar conosco para finalizar os atendimentos. De forma muito delicada e meiga, fala para todos nós colocarmos as mãos sobre os pés dos doentes e machucados que ali estavam. Mentalizar que em cada feridinha, nascia uma florzinha…

Todos nós, entramos na vibração… na medida que as feridas iam cicatrizando, as energias subiam pelo corpo e cicatrizavam todas as feridas, num movimento de baixo para cima, até chegar na cabeça.

A entidade, na sua maneira delicada diz: – estes que estão doentes aqui, já não sabem o que é o amor. Na medida que vocês estão dando amor para eles, suas almas se abrem, começam a vibrar, começam a sentir uma fagulha de amor também.

É dada a ordem para mentalizar as ervas das matas, as águas cristalinas limpando as feridas. Caboclos e pretos velhos curando. Uma das médiuns vê as plantas envolvendo os pés, subindo devagarinho pelas pernas dos doentes e ir curando. Uma luz no centro da sala, refletindo a delicada Maria de Nazaré, cabeça voltada para baixo e as pontas dos pés aparecendo na barra de suas vestes azuis.

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A função dos trabalhos de desobsessão é limpar o passado, a dor, recompor, criar uma nova HISTÓRIA DE AMOR entre todos os homens, toda a HUMANIDADE.

O trabalho terminou e ficamos por muito tempo conversando, contando os atendimentos, achando graça nas situações, emocionados, e com sentimento do dever cumprido.

Deus abençoe a todos!

RESUMO DO CAPÍTULO 7 DO LIVRO LIBERTAÇÃO

UM PASSEIO PELA CIDADE QUE GREGÓRIO DOMINAVA

Convidou-nos Gúbio a pequena excursão educativa, ilustrando, bondoso: — Vejamos, André, se poderemos aproveitar alguns minutos, estudando os “ovoides”.

Coalhava-se a rua de tipos característicos da anormalidade deprimente. Homens e mulheres de fisionomia torturada, iam e vinham. Ofereciam a perfeita impressão de alienados mentais.

As mentes extraviadas, de modo geral, lutam com ideias fixas, implacáveis e obsecantes, gastando longo tempo a fim de se reajustarem.

Pairava na atmosfera, sufocante nevoeiro, que mal nos deixava entrever o horizonte distanciado. O Sol, através de espessa cortina de fumo, era visto por nós, à semelhança de uma bola de sangue afogueado.

O homem comum não possui senão vaga ideia da importância das criações mentais na própria vida, nos explica Gúbio.

Varamos lodosa muralha e, depois de avançarmos alguns passos, um pavoroso quadro se abriu. Largo e profundo vale se estendia, habitado por toda a espécie de padecimentos imagináveis. Sentíamo-nos, agora, na extremidade de um planalto que se quebrava em abrupto despenhadeiro.

Sucediam-se furnas e abismos, qual se nos situássemos perante imensa cratera de vulcão vivo, alimentado pela dor humana, porque, lá dentro, turbilhões de vozes explodiam, ininterruptos, parecendo estranha mistura de lamentos de homens e animais.

— Amontoam-se aqui, como se fossem lenhos secos, milhares de criaturas que abusaram de sagrados dons da vida. São réus da própria consciência, personalidades que alcançaram a sobrevivência sobre as ruínas do próprio “eu”, confinados em escuro setor de alienação mental.

Todos os Espíritos, que aqui estão, renascem nos círculos carnais para destruírem seus ídolos da mentira e da sombra, e em substituição, elevarem, dentro de si mesmos, os princípios da sublimação vitoriosa para a eternidade;

… contudo, preferem, na maioria das ocasiões, adorar, definhar e cair na ociosidade, na ignorância agressiva, ou no crime disfarçado. Ao invés de estruturarem destino santificante, fogem ao aprendizado salutar e contraem débitos clamorosos, retardando a obra de elevação própria.

Observação: No filme AMOR ALÉM DA VIDA este cenário macabro de dor e frustração é muito bem ilustrado. O filme além de ser muito bom, dá uma visão ampla desta situação nas Trevas e sombras.

UM DRAMA DENTRO DA ESCRAVIDÃO

Encontramos esquálida mulher estendida no solo. Percebi que a infeliz se cercava de três formas ovoides, diferençadas entre si nas disposições e nas cores.

— São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança. Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam. Foi tirânica senhora de escravos no século que findou.

— Após a morte, viu-se perseguida pelas vitimas de outro tempo, anulando-se-lhe a capacidade de iniciativa em virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador.

Os impiedosos adversários, mergulhados no ódio e vingança, perderam o corpo perispiritual, estão ligados a ela, com os princípios de matéria mental em que se revestem. A absoluta ausência de perdão, os mantém ligados, igual algemas.

… Naturalmente, renascerá em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para reencontrar o ex-esposo e partilhar-lhe as experiências futuras. Então os inimigos ser-lhe-ão filhos…

Elevamo-nos com aqueles que amamos e redimimos ou rebaixamo-nos com aqueles que perseguimos e odiamos.

— Pobre irmã! Seguida de perto pela influência dos seres que com ela se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria, na alma opressa. Conhecerá enfermidades de diagnostico impossível, por enquanto, no quadro dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação dos inimigos de outra época… Terá mocidade torturada por sonhos de maternidade…

Terá três adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua ternura sedenta de paz… Transportará consigo três centros vitais desarmônicos e, até que os reajustes na forja do sacrifício, recambiando-os à estrada certa, será, na condição de mãe, um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma constelação de dor.

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