A pedido do querido Valentim, segue uma interpretação da Parábola dos Talentos, capítulo 16, item 6 do Evangelho Segundo o Espiritismo
O Senhor, o orientador, aquele que dita as regras, orienta, senhoreia condutas, diz o que quer, como fazer, por alguma razão precisou se afastar, ou se afastou para ver como os seus comandados conseguem agir.
Mas não deixa ninguém desamparado. Deixa alguns bens, alguma riqueza para cada um administrar da maneira que achar melhor. A esta riqueza deu o nome de talentos ou, ao contrário, aos talentos, atribuiu ser uma riqueza, algo que poderia ser investimento.
“A quem tem, se lhe dará”. Quem recebeu mais, dobrou os talentos que possuía. Quem tinha um pouco menos talento, também dobrou os seus talentos. E aquele que só tinha um talento, nem este talento quis aumentar. Ficou na dele, se escondeu no medo ou na preguiça, ficou no descanso, no bem bom e enterrou seu talento.
O Senhor deu o tempo necessário para todos. Não pressionou ninguém, deixou cada um fazer o que bem quis com os talentos que tinha. Até que um dia retornou para dar uma verificada de como as coisas andavam no seu território, na sua herdade, no seu torrão.
O que tinha cinco talentos, se esforçou, se virou nos trinta, adquiriu novas capacidades e pode entregar dez habilidades para o Seu Senhor. Recebeu do seu Senhor mais capacidade de aumentar suas habilidades. “Eu vos estabelecerei sobre muitas coisas”.
Aquele que tinha dois talentos fez o mesmo esforço, dobrou sua capacidade, multiplicou por dois os seus talentos. Fez 100% de esforço e dedicação para o que tinha recebido. . “Eu vos estabelecerei sobre muitas coisas”.
O que tinha apenas um talento, se justificou pelo medo de ampliar suas faculdades, medo da crítica, medo da punição, e ficou na dele. Serei tão bonzinho que meu Senhor vai gostar de mim. Se não faço nada, não tenho risco de fazer errado. Se acertar só vou ganhar um talento mesmo. Se errar posso ser punido, então o risco não vale à pena. “Servidor mau e preguiçoso, devia colocar o seu talento subordinado àquele que tem mais capacidade para orientar, investir, aplicar, fazer multiplicar talentos”.
“Porquanto se dará a todos aqueles que já tem as virtudes que o Senhor deseja e aguarda como resultado pelo tempo que disponibilizou aos seus subordinados. Poderão cumular mais bens e bênçãos”.
Mas àquele que tem, mas acha que não tem, se tem, não quer multiplicar, e falseia um esforço que não fez, quer enganar dizendo que estava muito preocupado com os bens do Senhor, mas não fez nada, é só aparência e falatório, vai ser mandado embora, vai baixar em outra freguesia, virou exilado para mundos inferiores. Onde tudo é grosseiro, tudo é primitivo, e com o pouco que tem vai se sentir um rei, o dono da cocada preta e terá um longo período para crescer junto com os seres daquele lugar, até que outro Senhor venha algum dia visita-los. Milênios…
Vale lembrar que estamos num período de transição, de exílio, de esvaziamento do mal do Planeta Terra. Os tempos são chegados e o Senhor da gleba está cobrando nossos resultados como Humanidade sobre a Mãe Terra.
Mateus 25- 14 a 30