No encerramento do trabalho da quarta-feira, do Grupo Fabiano de Cristo, o orientador fez-nos uma pergunta deveras chocante: “O que vocês estariam fazendo, como estariam vivendo, qual a qualidade de vida que teriam sem o conhecimento e o trabalho que acreditam hoje?”
Ontem, quinta-feira, na nossa reunião por vídeo, do Grupo Inácio Ferreira, quando estudamos o livro OBREIROS DA VIDA ETERNA de Chico Xavier e André Luiz, capítulo 10, trouxemos a pergunta novamente, com muita admiração. A explicação não se deixou demorar. Ou o estupor da resposta!
O assunto era a dificuldade que muitos tem para serem ajudados. Ou melhor a dificuldade que nós temos para ajudar a muitos.
A resposta está no livro de estudo:
“— Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação?
O prestimoso Assistente não permitiu que o interpelado me respondesse.
Adiantou-se, ele mesmo, e informou: — Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão círculos luminosos característicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação. Os outros, os impenitentes e mentirosos sistemáticos, ainda que pronunciem comovedoras palavras, permanecerão confinados nas nuvens de treva que lhes cercam a mente endurecida no crime…”
Continuamos a conversar sobre pessoas que ao nosso ver “não se ajudam”. Mesmo sendo amparadas, não percebem as mãos que lhes alcançam.
Este é um problema mais difícil de ajudar. Bem diz do ditado “Para descer, todo santo ajuda. Para subir, a coisa muda”.
As primeiras atitudes para que nossas vibrações caiam, escureçam, comecem a ficar tenebrosas, só precisam do nosso esforço. Depois que alcançam um pequeno degrau abaixo, recebem ajuda de todos os pares que gostam da escuridão.
É por isto que é tão difícil sair de depressão, vícios, pensamentos negativos, reclamações, desesperança, doenças crônicas ou seguidas, desanimo… Depois que nos enturmamos vibratoriamente, que nos acostumamos com companhias que pensam da mesma maneira, sejam encarnados ou predominantemente espíritos desencarnados, tirar o pé da lama, nossos pés de barro, fica muito, mas muito mais difícil.
Daí vem a questão de AJUDAR. Tem um outro ditado que diz: “Quem ajuda o desgraçado, fica no lugar dele”. Esse ditado é mais velho na Humanidade do que o outro: “ ajudar sem olhar a quem”.
Tem outro ditado, também bem antigo, bem milenar: “Quem vê cara, não vê coração”.
Você está gostando de ter que pensar à respeito de assunto tão difícil?
Todos os mentores que conversam conosco insistem na necessidade de ESTUDAR, LER, PENSAR, ESCOLHER. Ser livre. Kardec foi enfático em dizer: se surgir um conhecimento acima daqueles que estou estudando, escrevendo, declarando, fiquem com o conhecimento novo. Não precisam ficar parados no tempo, em nome de uma crença, de uma doutrina. O Homem evolui, cresce para o desconhecido, busca e encontra a Verdade. As palavras não são exatamente estas, mas o sentido de progresso, conhecimento, renovação, busca da Verdade é contínua.
As respostas estão cristalinas como água, no capítulo estudado na noite de ontem. Vamos destrinchar, analisar por partes.
“… Dilatavam-se fogueiras enormes em direções diversas e raios fulgurantes eram metodicamente despejados do céu. Vasta dose de paciência era despendida por todos nós, para conter a multidão furiosa. Impressionavam-nos as formas monstruosas e miseráveis a se arrastarem vestidas de sombra, quando começaram a chegar entidades aureoladas de luz.
Trajavam farrapos e traziam comovedores sinais de sofrimento…”
Todos estes seres estavam alojados nas furnas daquele local da Crosta, vibratoriamente escuro e asqueroso, próximo daqui, superfície desta mesma Crosta que, como encarnados, nos instalamos. É onde a Casa Transitória Fabiano de Cristo – casa que transita, que se move, que muda de lugar, conforme a necessidade de acolhimento dos necessitados – estava aportada.
Bons e recuperados, revoltados e arrependidos, maltrapilhos, disformes, rebeldes, sofredores, todos juntos gritando, uns com esperança de serem ajudados e outros com a revolta de serem desalojados de suas furnas, abalados nos seus poderes assustadores e frágeis diante do Divino.
“… Dando a perceber que desejavam isolar a mente das centenas de revoltados que ali se congregavam em ativo movimento de insurreição, contemplavam o Alto e cantavam hinos de reverência ao Senhor, em regozijo da própria renovação, cânticos esses abafados pela algaravia dos rebeldes agitados…”
Veja a cena! Abra sua mente, sua vidência!
Aqueles que tinham a esperança de ser ajudados naquela algarvia confusa e barulhenta, perceberam que precisavam se unir, se tornar UM em força. Sozinhos não chegariam a lugar nenhum. Não bastava querer, era preciso agir de forma organizada, energeticamente fortalecida, para poder lutar e romper as barreiras do mal avassaladoras contra todos.
Você está entendendo a pergunta do nosso orientador feita na quarta-feira no CISCOS? Reflita mais um pouco sobre ela: : “O que vocês estariam fazendo, como estariam vivendo, qual a qualidade de vida que teriam sem o conhecimento e o trabalho que acreditam hoje?”
“… Reparava, pela expressão de quantos Iluminados se aproximavam de nós, que se esforçavam por manter o pensamento alheio às objurgatórias (agressividades) dos maus, temendo (com medo) talvez o interesse mental pelo que emitiam, circunstância criadora de novos laços magnéticos favoráveis à dominação dos verdugos. Intentavam, por isso, alimentar o máximo desprendimento dos apodos (coisas, objetos vibracionais negativos) que lhes eram lançados pela turba malévola e impenitente. Formavam agrupamentos de formosura singular…”
A reação dos negativos vinha na direção daqueles que queriam se renovar, de forma agressiva, cheia de conteúdos magnéticos da pior espécie. Aqueles que queriam sair desta prisão mental, sabiam, perceberam ou intuíram que somente estando ligados, juntos na mesma fé, conseguiriam obter a força necessária para transpor tamanha barreira do mal. É o mesmo que acontece quando estamos precisando de muita ajuda.
Como foi perguntado ontem: mas as preces que fazemos não resolvem , não tem força para nos ajudar? Leia o capítulo 10 novamente. “, temendo talvez o interesse mental pelo que emitiam, circunstância criadora de novos laços magnéticos favoráveis à dominação dos verdugos”.
Lembre sempre que Chico Xavier dizia que o mal era organizado e o que imagina ser bom ou fazer o bem, é displicente.
A profissão do bandido é fazer bandidagem. Se ele for relaxado, é pego. “Por que o cachorro entra na igreja? – Porque a porta está aberta”.
Tem outra sabedoria universal: “ajuda-te, que o Céu te ajudará.”
“… Sublimes quadros de paraíso, no Inferno de atrozes padecimentos!
Vinham, de mãos entrelaçadas, como a permutar energias, a fim de que se lhes aumentasse a força para a salvação, no minuto supremo da batalha que mantinham, talvez, desde muito antes. E esse processo de troca instintiva dos valores magnéticos infundia-lhes prodigiosa renovação de poder, porquanto levitavam, sobrepondo-se ao desvairado ajuntamento…”
Entendem agora a importância de PERTENCER a um grupo que tenha boas energias?
Pare de se enganar, imaginar que basta fazer suas preces e orações, sozinho, encontra todas as forças para lutar contra o mal organizado que está à sua volta, ao seu redor, dentro da sua casa, entrando com sua permissão através do rádio, da tv, da internet. Estamos todos sendo bombardeados dia e noite com o que há de pior vibratoriamente. Pare de se enganar!
“… Emolduravam-lhes a fronte belos círculos de luz, com brilho mais ou menos uniforme. Enquanto os tipos de semblante sinistro lhes dirigiam insultos, elas cantavam hosanas ao Cristo, entoando louvores, que, de certo, lembravam os júbilos dos primeiros cristãos, perseguidos e flagelados nos circos, quando se retiravam sob os apupos de espectadores perversos…”
Maltrapilhos, cansados, exaustos e com brilho na fronte!
“… Mas, para se acolherem ao asilo de Fabiano, necessitavam pousar rente a nós, que lhes abríamos passagem prazerosamente.
Entretanto, para alcançarem o átrio da instituição, eram compelidas à quebra da corrente de energias magnéticas recíprocas, mantendo-se de mãos separadas, e os recém chegados, em sua maioria, desvencilhando-se, involuntariamente uns dos outros, tombavam enfraquecidos após prolongado esforço, logo aos primeiros passos na região interna da Casa Transitória.
Semelhavam-se, assim, às aves esgotadas em laboriosa excursão, depois de atingirem o objetivo que as fizera afrontar distâncias e tormentas…”
“Uma andorinha não faz verão”
Não basta querer, é preciso ter ajuda adequada, competente, valente, firme, desassombrada… Eles só conseguiam ser ajudadas porque na última gota de energia, tinha servidores competentes a lhes socorrer. Nunca brinque com fogo, porque sairá queimado. Quando você pede ajuda para si mesmo ou para um ente querido, VÁ ATÉ O FIM. Não desanime pelo caminho, não abandone o tratamento, não acredite que qualquer melhorazinha, significa que terminou a jornada em direção ao bem e ao bem-estar.
“… Na qualidade de aprendiz incipiente, angustiava-me a observação. Tudo, no entanto, fora previsto pelas autoridades administrativas do instituto.
Enfermeiros e macas, em grande número, estacionavam, não longe de nós, promovendo socorros imediatos.
Pequenos e admiráveis cordões de entidades, transformadas interiormente pelos dolorosos banhos de pranto santificador, chegavam agora de todos os lados.
E as hordas ferozes e irônicas, rodeadas de trevas, multiplicavam-se também, em turbas compactas, ferindo-nos a audição com blasfêmias e injúrias contundentes.
Entre os ingratos e rebelados, havia, contudo, criaturas que se mostravam, aflitas e, genuflexas, tocavam-nos o coração fraterno com seus brados de socorro e amargurosas queixas, as quais, porém, não podíamos aliviar com qualquer beneficio precipitado, em virtude da perigosa condição mental em que se mantinham, condição que lhes impunha sofrimentos reparadores…”
Tem outra sabedoria popular que diz: “carinho de cobra é cacete”. Jesus falou a mesma coisa: “Não se dá pérola aos porcos”.
Perigosa condição mental em que se mantinham (aqueles que pediam socorro, sem condições de receber socorro, e sem nenhuma credibilidade por parte dos socorristas). Perigosa para quem?
– Para quem quer ajudar?
– Para ele que quer ser ajudado?
“Nem tudo que reluz, é ouro”
Condição que lhes impunha sofrimentos reparadores. Nem todo sofrimento é necessariamente um mal. “Há males que vem para o bem” Neste caso, todos aqueles que estavam lá voltados para o mal, assistiram os outros que se renovaram serem ajudados, socorridos e retirados da situação horrível em que estavam. A partir daquele momento o conhecimento que que o BEM pode vencer o Mal, estava acontecendo sob os seus olhos. Como bem lembrou um companheiro do CISCOS “Despoje de seus bens e siga-me” Jesus.
Que Jesus e nossos protetores espirituais nos ajudem a refletir muito, muito e escolher. “Maria escolheu a melhor parte” Jesus.