Só o esclarecimento e o perdão é que vão diluir ódios familiares seculares.

Os rumos e a seriedade do trabalho de desobsessão programada começou a ser bem delineado no grupo de estudo que acontece no final da tarde das 5ªs feiras. Nos reunimos por hora e meia estudando os últimos capítulos do livro Alma do Mundo e o primeiro do livro A 5ª Terra.

 

Os assuntos que foram se destacando giravam em torno dos vários egos, que muitas vezes podemos acumular, vivendo em uma zona de conflito interna. Estes egos podem ser manifestos pelo médium, numa catarse, se ser considerado animismo.  Para o grupo de estudiosos ligados à Inácio Ferreira, animismo não existe, porque não existe mediunidade sem a participação do médium. No mínimo o vocabulário pertence ao médium, que traduz a mensagem do espírito comunicante. São as múltiplas experiências do médium, acumuladas nos milênios, que lhe dão o cabedal necessário para participar do exercício de mediunidade. Um exemplo muito simplificado: se a entidade quiser falar palavrões e impropérios, o médium interfere e com suas palavras, seu vocabulário consegue expressar a indignação do comunicante, sem liberar as expressões chulas. Isto não é animismo, é interferência providencial e muito assertiva do médium.

 

Veio o tema liberdade de pensar e o quanto as religiões através dos século puniam todos aqueles que ousavam pensar de modo diferente. Hereges, era a acusação que recebiam. Nos reportamos à Idade Média, Idade das Trevas. Acusar, dedurar, eram atividades estimuladas pelo poder. Os acusados e condenados, se tivessem bens, o acusador recebiam uma parte destes valores. Acusar dá lucro, foi a mentalidade da época. Hoje em pleno século 21, vemos em muitas família, o velho habito de irmãos caguetarem irmãos para os pais. Ao invés de haver uma cumplicidade afetiva, tudo é competição e acusação. Em lares assim, falar do outro é estimulado pelos mais velhos, que jamais coíbem os filhos da tagarelice improdutiva e nociva.

 

A maneira moderna do alcaguete, é “quem ama não tem segredos para o outro”. Isto quer dizer, não existe individualidade, nem privacidade. Tudo é público, a pessoa está vulnerável nas mãos dos outros, principalmente os mais próximos. Falta de preservação da individualidade, da integridade, privacidade começa em casa, quando todos invadem as bolsas de todos. Mãe que não tem privacidade na própria bolsa, e invade a carteira do pai, e as malas escolares dos filhos, está fazendo um mal sem precedentes para os seus “queridos e amados”. Isto se reflete hoje na falta de privacidade nas redes sociais. Tem bandido que se dedura, ao postar as si mesmo em uma festa e ainda leva de roldão os companheiros. Quantos crimes de ciúmes, começam nas postagens no celular! Situações intimas, hoje são de domínio público!

 

A falta de privacidade é uma doença emocional e às vezes de caráter do grupo de convivência. O grupo não começou no berço de hoje. Muitos séculos atrás, traições, prisões, mortes, aconteceram pela proibição de pensar e pela denuncia dos parentes mais próximos! Passam os séculos e o grupo continua reunido da mesma forma, provavelmente se desencontrando cada vez mais. Só o esclarecimento, a liberdade de pensar para compreender e o perdão é que vão diluir ódios familiares seculares.

 

Na Idade Média, o poder era distribuído através dos feudos. Os senhores feudais é que tinham o verdadeira poder. O rei era mais uma figura ornamental e a igreja, buscava fortalecer seu Papa de plantão. A única forma da igreja se imiscuir na vida dos feudos era através do padre confessor. Todo castelo feudal tinha uma padre para ouvir as “confissões” e perdoar os pecados em nome de Deus. A verdadeiro conceito da Divindade nunca entrou pelas portas dos palácios ou templos. O importante era a fofoca, disfarçada em respeito aos ensinamentos da Santa Madre Igreja.

 

A mulheres pias e tagarelas dos castelos e palácios davam a ficha, o serviço de todos, sempre em nome de Deus Pai. Os padres na verdade eram espiões a serviço do patrão. Na hora da morte a estrema unção resolvia todos os problemas. Toda essa fofoca em nome do poder, gerava rios de sangue e dor. Essa dor está até hoje em todas as casas, em todos os grupos humanos. Todas as famílias carregam suas dores, decepções, frustrações, perdas sentimentais, dores alucinantes de separações e mortes. Vibratoriamente estas agressões que a vida nos proporciona precisam ser limpas através do amor e do bem. O amor cobre a multidão dos pecados, nos avisou Jesus.

 

Quantas guerras, quanta dor, sofrimento, desespero, movidos pela ambição e traição! Senhores feudais eram convocados para participarem das guerras levando seus servos lavradores como soldados. Os homens deitavam suas enxadas para envergar armas que não sabiam manejar. O resultado era morte, aleijão, viúvas, crianças órfãs, decadência, perda, falta de dinheiro, de comida, de abrigo. Marginalização, vida periférica, fome e degradação. O mesmo que vemos hoje, e ficamos espantados. A história da Humanidade sobre o planeta Terra é dolorosa.

 

Foi com este alerta, que fizemos nossas vibrações ao encerrar os estudos, já voltados para o trabalho que começaria meia hora após. Já sabíamos que esta noite a Idade Média viria nos visitar, e veio…

 

Na abertura, fomos incentivados a imaginar a cor dourada no centro da sala a nos sustentar. A cor dourada de Jesus seria a nossa sustentação e equilíbrio das vibrações no atendimento da noite. O amigo espiritual que veio abrir o trabalho solicitou muita concentração e cuidado para não desviar a atenção, não perder o foco.

 

Alguns espíritos atendidos estavam no apartamento da amiga atendida. Às vezes nem sabem porque estão lá. Um estava dormindo, só queria dormir, estar acordado lhe era desagradável. Sua postura era de quem não queria ter contato com as próprias lembranças. Foi explicado que a partir de agora aprenderia a lidar com sua situação. Ele na verdade preferia continuar dormindo.

 

Um índio veio fazer uma limpeza no ambiente. Dançava em círculo, balançando seu chocalho, passando entre todos os que estavam na sala. Do chão ia subindo uma fumaça branca, dando a impressão que clareava o ambiente que estava muito cinza. Um homem ficava a observar toda esta ação mas não permitiu ser contatado.

 

Uma entidade amiga veio para recomendar a pessoa atendida a ter mais confiança em si mesma. Avisou que os amigos espirituais chegam perto, mas o medo os afastam e não consegue ouvir o que eles estão lá para dizer. Para não ter medo e mais confiança.

 

Outro amigo explicou que os trabalhadores do Ciscos usam a energia dela para trabalhar. Nós queremos que ela saiba disso, disse ele. Tem que saber usar suas boas energias para ajudar ainda mais os trabalhos de socorro espiritual. Ela tem muita capacidade para fazer isto.

 

Uma senhora atendida, não foi da primeira vez. Das outras vezes não quis sair do apartamento. Morou lá, foi dona do apartamento e não aceitava se afastar do que era dela. Agora finalmente abriu um pouco a mente e foi encaminhada para outro bom lugar.

 

Este é um exemplo de persistência na fé e no trabalho da ajuda espiritual. Os amigos estão sempre ajudando, mas isto não significa uma interferência direta na vontade do outro. Esta senhora só saiu de lá, agora, porque aceitou sair. Ela mesmo disse que não era a primeira vez que conversava neste trabalho. Só agora se mostrou amadurecida o suficiente para aceitar o desprendimento emocional, a ligação que mantinha com o apartamento. Socorro espiritual não é magia nem violação do livre arbítrio. Nem todo aquele que pede ajuda é vítima da situação, faz parte do problema, não é isento de toda a complexidade do drama.

 

O espírito chegou ferido, muita dor, um ferimento na cabeça que sangrava muito. Foi amachucado com uma lança. Todos seus companheiros também estavam muito feridos, sofrendo muito. Estava numa guerra no ano 700.

conte como você se machucou

– você não vê que estamos numa guerra? Me acertaram com uma lança, minha cabeça está ferida, ainda bem que não morri.

– você foi trazido para o lugar certo, aqui é um hospital, já estamos tratando (a dialogadora coloca a mão sobra a cabeça dele) sinta o alívio, não sangra mais… seus amigos também estão sendo tratados, veja como eles estão melhores…

– ainda sangra…

– não sangra mais, já foi tudo limpo, fizemos o curativo, sinta que está melhor… olhe em à sua volta… preste atenção em quem está ao seu lado…

– parece um amigo… não pode ser… ele morreu faz muito tempo

– muito tempo mesmo, muito tempo atrás…

– ele está bonito, sorridente, tem um brilho em volta dele…

– foi ele que veio te buscar… vai te levar para um bom lugar, você e seus amigos…

– será que eu morri também?

– com este ferimento tão grave morreu também… ele é seu amigo e foi ele que providenciou o socorro para vocês todos. Podem ir com ele…

– ele falou que vai explicar tudo para nós… vamos com ele

 

Dados históricos segundo a Wikipédia:

invasão islâmica da Península Ibérica, também referida como invasão muçulmanaconquista árabe ou expansão muçulmana, refere-se a uma série de deslocamentos militares e populacionais ocorridos a partir de 711 , e até 726, quando tropas islâmicas oriundas do  Norte da África, cruzaram o estreito de Gibraltar, penetraram na península Ibérica, e venceram  o último rei dos Visigodos.

Nos anos seguintes, os muçulmanos foram alargando as suas conquistas na Península, assenhoreando-se do território designado em língua árabe como Al-Andalus, que governaram por quase oitocentos anos.

A conquista Omíada da Hispânia foi a expansão inicial do Califado Omíada sobre a Hispânia, estendendo-se em grande parte de 711 a 788. A conquista resultou na destruição do Reino visigótico e no estabelecimento do Emirado independente de Córdoba Abd ar-Rahman I, que completou a unificação da Ibéria governada por muçulmanos, ou Al-Andalus (711 – 1492). A conquista marca a expansão ocidental tanto do Califado Omíada como do governo muçulmano na Europa.

Hoje a Andaluzia, na parte sul da Espanha tem as cidades de Almeria, Cadis, Córdova, Granada, Málaga e Sevilha.

 

Foi atendido um guarda medieval. Estava em pé na frente do castelo da rainha. Precisava guardar a rainha. Era o ano de 401 Segurava uma lança e não abandonava seu posto.

 

O padre estava confuso, desnorteado. Não sabia explicar porque sua igreja envelheceu tanto, ficou abandonada e desabou. Vivia também na Idade Média.

 

O drama maior foi desta moça, que ia ser decapitada na manhã seguinte. Nem lembrava do que fora acusada. Queria fugir da prisão, desespero total, medo da morte…

O que a ignorância da vida a pós a morte faz com a humanidade! Quantos milhares de espíritos que não sofrem por aí, desesperados fugindo do fim. Ela na verdade foi decapitada no dia seguinte. Cortaram o pescoço, provavelmente estava com um capuz sobre a cabeça. Caiu e se sentiu viva, continuou existindo. PORTANTO, NÃO MORREU. Mentalmente voltou para a cela, continuou presa, esperando o dia seguinte para ser decapitada.

No momento que começou a conversar, e, se sentiu livre, a única coisa que queria era fugir, não conseguia ouvir nada. Fugir, ficar livre das grades… Século e séculos!  Imagine um sentimento deste ligado à você, por fios tênues e sutis…

Mais um drama provocado pela ignorância promovida pelas Trevas. Não pensar é a maior arma para aprisionar os incautos. Até hoje a humanidade, com toda a facilidade de comunicação, não consegue romper as trevas da ignorância da vida após a morte e das reencarnações sucessivas. O preço da ignorância é muito oneroso.

 

Este atendimento é para ser compreendido e estudado . Ela chegou satisfeita com a vingança de agora.

– você jogava a gente no buraco e jogava os bichinhos em cima da gente, agora nós é que jogamos os bichinhos em você. As caixas que você fechou com suas tralhas para a mudança já estão cheias de bichinhos, você vai mudar e levar todos eles juntos. Demoramos, mas encontramos você e agora é a gente que manda fazer coisas ruins para você.

– vocês estavam aonde?

– no buraco que ela mandava jogar a gente. Quando uma de nós ficava prenha, ela ficava furiosa e descontava na gente ao invés de descontar naquele marido horroroso que ela tinha. Porque não jogava ele no buraco?

– vocês vivam onde?

– era escrava dela. Ela era linda, bonita, poderosa, mandava castigar a gente. Aquele marido dela ficava atrás de nós, principalmente das mais novinhas e quando uma prenhava ela ficava louca de raiva. Agora nós podemos nos vingar…

– depois que vocês morreram porque continuaram no buraco? Podiam sair e não saíram…

– é que eles falava para a gente não sair, porque ela não deixava…

– mas ela nasceu de novo, morreu, nasceu de novo e agora é ela que está ajudando vocês a sair do buraco…

– é mesmo…. (fica admirada e espantada com a revelação)

A nossa companheira, que tem uma energia maravilhosa nas mãos começa da dar um passe, colocando as mãos sobre a cabeça da médium…

que gostoso, está quentinho, faz muito tempo que não me sinto assim…

– você está entendendo que não é ela que mantém vocês nesta situação? Talvez sejam outros inimigos dela que estão usando vocês, mas não é ela que está fazendo isto…

– é muito gostoso, quero ficar aqui… nos todas não queremos mais voltar, aqui é lindo! É aqui que queremos viver…

– vocês podem ficar e viver aqui… os bichinhos também podem ficar aqui

– vamos tirar tudo de lá… mas ela tem que jogar aquelas tranqueiras fora, tem muito lixo guardado que ela não vai usar mais. Mesmo que ela mude para outra casa não vai usar, não precisa de nada daquilo, tem que aprender a viver com muito pouco. Joga aquelas caixas fora, dá para alguém. Aquelas tralhas vão atrair só coisa ruim… Agora nós é queremos ajudar, joga fora, se livra de tudo aquilo

 

 

Por fim o atendimento foi para uma FORMA PENSAMENTO. Isto mesmo, formas pensamentos tem vida, passam a existir, retroalimentadas pelos pensamentos que a criaram Quando um pensamento é continuo, repetido, não dá tréguas, não aceita mudanças, se irrita com qualquer sugestão de mudança, é porque estamos convivendo com uma forma pensamento criada por nós mesmos. Vós sois deuses, tudo que pedires vos será dado. Jesus avisou de maneira bem clara. Mas quem é que lê o Novo Testamento? Muito chato, muito difícil, não dá para entender… Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele também nos disse. As Trevas esfregam as mãos com nossa preguiça de ler o Novo e ao mesmo tempo o endeusamento do Velho. Dá para entender a importância de Kardec e Chico Xavier para a HUMANIDADE? Sem o Evangelho Segundo o Espiritismo a obra de Kardec seria vã e já estaria totalmente perdida, no fundo de alguma biblioteca qualquer.

 

Um dos momentos magistrais da obra de Chico Xavier é a Coleção FONTE VIVA  em parceria com Emmanuel. No final do livro Caminho, Verdade e Vida, tem um índice completo da Coleção; as explicações do NOVO TESTAMENTO versículos a versículos de Mateus; Marcos; Lucas; João; Atos; Romanos; I Coríntios; II Coríntios; Gálatas; Tiago; I Pedro; II Pedro; I João; II João; III João; Judas; Apocalipse. O espírita que lê e estuda tem Lázaro Redivivo como inspiração. O nosso amigo Lázaro adormeceu, mas agora vou acordá-­lo!

 

Forma pensamento é um ser criado por nós, tem vida própria, nos influencia. É retroalimentada por seu criador. A criatura mantém os pensamentos repetidos do criador, e assim o criador mantem sua criatura viva e ativa. Vós sois deuses. Tudo o que pedires e desejar, vos será dado, foi o aviso de Jesus. Os maiores criadores e sustentadores das formas pensamentos são a CULPA, o arrependimento, as crenças cristalizadas, a falta de perdão, o medo, a ignorância. A CULPA é a chefona, a criadora. Via recebendo apoio incondicional da crença irracional e cristalizada, da mágoa que alimenta a falta do perdão, tudo gerando um medo insuportável. Pronto, a forma pensamento passa a existir, cresce, fica exigente, insaciável, querendo cada vez mais destes sentimentos perniciosos ao equilíbrio da pessoa. Vira amiguinha íntima, não larga mais. Conversa, dá maus conselhos, assusta emitindo péssimos pensamentos, enfim aprisiona definitivamente sua criadora na prisão, tranca o cadeado e joga a chave fora. E tem gente que não põe fé nos trabalhos de socorro espiritual. Um bom psicólogo é indispensável para acelerar o encontro da chave perdida do cadeado…

 

Para finalizar, um dos espíritos que tinha comunicado com recomendações, retornou e completou… tem que se cuidar mais e melhor. Cada um tem uma importância. Todo mundo é médium. Precisa ter essa consciência e ter cuidado

Agradecemos a todos. Salve!

Que esta luz dourada seja o presente para todos levarem para suas casas e permanecer durante toda a semana!

 

Observação de quem faz este relatório: esta entidade trabalha, junto com seus companheiros, lá no fundão, vai lá embaixo buscar quem precisa ser buscado. É de uma humildade impressionante. Faz o trabalho mais sujo, corre riscos, convive com a feiura, com a desgraça, com a revolta, e agradece por estar trabalhando para Jesus. Cada vez que ele agradece, me sinto tão pequenininha, quase sumo na cadeira. Como pode agradecer tanto, por estar trabalhando! Ele agradece por deixarmos ele trabalhar conosco! É inacreditável! Quem somos nós para decidir quem trabalha, quem nos ajuda, quem colabora para o sucesso do socorro?!

 

Estava terminando o trabalho e outra entidade pediu permissão para dar umas palavras para a pessoa atendida: irmã, para de se culpar! Todo mundo erra, não tem que pedir perdão. Para que tanto rigor com você? Para que botar mais peso em você? Você tem responsabilidade para se elevar. É teimosia sua. Seu coração é bom, sinta que está sendo lavado, não existe mais culpa, é só trabalho no bem pela frente

 

Nota: João 11-12

A morte de Lázaro

11 Havia em Betânia um homem chamado Lázaro, que vivia com suas irmãs, Maria e Marta. Maria foi aquela que deitou o perfume muito caro sobre os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. Lázaro adoeceu, e as duas irmãs mandaram recado a Jesus, dizendo: “Senhor, o nosso irmão está muito mal.”

Contudo, quando Jesus soube disso, observou: “Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus. Eu, o Filho de Deus, receberei glória em resultado desta enfermidade.” Embora Jesus fosse muito amigo de Marta, de Maria e de Lázaro, ficou onde estava durante mais dois dias, sem nada fazer para ir ter com eles. Por fim, passados esses dois dias, disse aos discípulos: “Vamos para a Judeia.”

Mas os discípulos opuseram-se. “Mestre, ainda há uns dias atrás os judeus procuraram matar-­te, e queres voltar para lá?”

9/10 Jesus respondeu: “Há doze horas de luz em cada dia e em que uma pessoa pode caminhar sem tropeçar. Só de noite é que há perigo de se dar um passo em falso por causa da escuridão.” 11 E acrescentou depois: “O nosso amigo Lázaro adormeceu, mas agora vou acordá-­lo!”

12/13 Os discípulos, pensando que Jesus quisesse dizer que Lázaro estava a dormir normalmente, comentaram: “Isso significa que está melhor.” Mas o que Jesus queria dizer era que Lázaro tinha morrido.

14/15 Então disse-­lhes abertamente: “Lázaro morreu, e por vossa causa estou satisfeito por não me encontrar ali nessa altura, pois isto dar-­vos-­á outra oportunidade de confirmarem a vossa fé. Vamos ter com Lázaro.”

16 Tomé, que também era chamado o Gémeo, disse aos outros discípulos: “Vamos nós também, para morrer com Jesus.”

Jesus consola as irmãs

17/19 Quando chegaram a Betânia, souberam que Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. Betânia ficava a poucos quilómetros na estrada para Jerusalém, e muitos dos judeus tinham ido para consolar Marta e Maria na sua perda. 20/22 Quando Marta soube que Jesus vinha a caminho, foi ao seu encontro; mas Maria ficou em casa. Marta disse a Jesus, “Senhor, se cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas eu sei que mesmo agora não é tarde demais, pois que tudo o que pedires a Deus ele te dará.”

23 Jesus respondeu-­lhe: “O teu irmão ressuscitará.”

24 “Sim”, tornou Marta, “quando toda a gente ressuscitar no dia da ressurreição.”

25/26 Jesus disse-­lhe: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim viverá, mesmo que morra. É-­lhe dada a vida eterna por crer em mim e nunca mais morrerá. Crês nisto, Marta?”

27 “Sim, Mestre. Creio que és o Messias, o Filho de Deus, aquele que há tanto tempo esperávamos.” 28/29 Então ela retirou­-se e foi chamar Maria à parte: “O Mestre já chegou e quer ver-te.” Esta foi logo ter com ele.

30/32 Ora, Jesus parara fora da aldeia, no local onde Marta se encontrara com ele. Quando os judeus, que estavam na casa e procuravam confortar Maria, a viram sair tão apressadamente, pensaram que fosse ao túmulo de Lázaro para chorar, e seguiram­-na. Chegada ao sítio onde Jesus se encontrava, Maria caiu-­lhe aos pés, dizendo: “Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido.”

33 Ao vê-­la chorar acompanhada no seu pranto pelas pessoas da terra, Jesus comoveu-­se e sentiu forte emoção: 34 “Onde está ele sepultado?”, perguntou-­lhes.

“Vem ver”, disseram-­lhe.

35 E Jesus chorou. 36 “Vejam como ele era amigo de Lázaro!”, comentaram as pessoas. 37 Mas outros disseram: “Se pôde curar cegos, porque não evitou a morte de Lázaro?” 38 Jesus comoveu-­se muito outra vez.

Jesus ressuscita Lázaro

Entretanto, chegaram ao sepulcro. Era uma gruta com uma pesada pedra a tapar a entrada. 39 “Retirem a pedra”, ordenou Jesus. Mas Marta, irmã de Lázaro, observou: “Já deve cheirar muito mal, porque há quatro dias que morreu.”

40 Jesus respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” 41/43 Rolaram pois a pedra. Jesus ergueu o olhar para o céu e disse: “Pai, graças te dou por me ouvires. Tu ouves-­me sempre, mas digo isto por causa de toda a gente que aqui está, para que creiam que me enviaste.” Então Jesus mandou, em voz muito forte: “Lázaro, sai!” 44 Lázaro surgiu, ainda todo envolvido em panos e o rosto tapado com uma toalha. Jesus ordenou-­lhes: “Desliguem-­no e deixem-­no ir!” 45 E foi assim que, finalmente, muitos judeus que se encontravam com Maria, e viram isto acontecer, creram nele.

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