A Casa dos Ciscos está expandindo. Cresce na quantidade de trabalhadores, novos grupos e falanges estão sendo agregados nos atendimentos de socorro. Aumenta o número de socorridos. Recebe muitos e muitos visitantes, que querem conhecer a dinâmica de trabalho do Ciscos. Isto exige mais preparo dos trabalhadores encarnados, estudo, frequência e pontualidade.
No quesito estudo, o esforço é de todos. Todos nossos atendimentos espirituais, são precedidos de estudo por algum grupo. Está mais do que constatado, que todos os questionamentos, novas ideias, informações, atualizações de conhecimento, preparam o trabalho socorrista que vem a seguir.
Hoje, quinta feira, nos dedicamos a estudar Inácio Ferreira, que é o patrono dos trabalhos de atendimento programado de desobsessão. Estamos praticamente acabando o estudo do livro ALMA DO MUNDO, de Bacelli e Inácio. Hoje o assunto foi auto mediunidade. Toda a discussão foi inspirada na pergunta 223-2 do Livro dos Médiuns:
– As comunicações escritas ou verbais também podem emanar do próprio Espírito encarnado no médium?
-“A alma do médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de Espírito. Tendes a prova disso nas visitas que vos fazem as almas de pessoas vivas, as quais muitas vezes se comunicam convosco pela escrita, sem que as chameis. Porque, ficai sabendo, entre os Espíritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra. Eles, então, vos falam como Espíritos e não como homens. Por que não se havia de dar o mesmo com o médium?”
Muitos atendimentos de socorro espiritual, são de encarnados, desprendidos naquele momento do corpo físico, trazidos para serem esclarecidos, ajudados com novas e salutares energias, incentivados a melhores pensamentos, incitados a compreender e perdoar os desafetos e tantas outras situações inerentes à dor humana.
Podemos dar um exemplo de simples compreensão: uma pessoa que carregue no coração, na alma, uma grande mágoa, pode vir a adoecer gravemente, com uma doença consumista. Se for merecedora de ajuda espiritual, pode muito bem, entrar em sono profundo e ser trazida para um atendimento espiritual. Poderá entender as razões do acontecido, da mesma forma que costumamos mostrar para um espírito desencarnado, receber energias renovadoras, ter encontros com entes queridos, enfim, sair renovada para mudar seus pensamentos e optar por outra forma de sentir e viver.
Outro assunto referente à mediunidade é a dos médiuns dos médiuns. Muitos espíritos podem estar tão debilitados, depauperados, que não tem nenhuma condição de conversar ou ser trazido para o atendimento. Neste caso, espíritos enfermeiros, podem trabalhar como médiuns, sendo os intermediários entre os espírito doente e o médium encarnado. Os esclarecimentos, doação de energia, diálogos lúcidos, chegarão ao necessitado, intermediado por outro espírito. Situação normal que ocorre durante uma atendimento de socorro espiritual como o que fazemos. O dialogador é que tem que aumentar cada vez mais a sua sensibilidade para perceber as nuances dos atendimentos.
Na preparação do trabalho propriamente dito, estamos estudando o livro VIOLETAS NA JANELA do espírito Patrícia. Conta-nos ela, que sua mãe, cheia de dor com sua partida tão prematura, tem o máximo cuidado em não emitir vibrações de choro e sofrimento para a filha desencarnada. A mãe usa o recurso de cultivar flores, violetas, e ofertar os melhores pensamentos e vibrações através das flores. Os amigos espirituais, amealhados ao longo de anos e anos de dedicação da família ao próximo, recolhem e plasmam estas flores reproduzindo-as para Patrícia. As mesmas flores que a mãe tem na janela de sua cozinha, Patrícia tem lá na janela de seu quarto, na casa em que mora, na Colônia espiritual.
O trabalho espiritual foi pesado, como costumamos falar. Muitos médiuns, muitos atendimentos. Ninguém ficou sem trabalhar, em momento algum. Ora como médium, como dialogador, como sustentador. Atendimentos para todos trabalharem. Alguns casos foram mais tristes que outros.
Um senhor, sentadinho, encolhidinho, lá no fundo da casa. Não tem ideia há quanto tempo está lá, abandonado. Suas lembranças perderam-se no tempo. Também uma criança, assustada, encolhida, olhos esgazeados, chorando muito. Ficou na maior alegria quando outras crianças chegaram e foram jogar futebol. A tia era a juíza do jogo. Depois que jogaram, ela foi com eles, alegre e confiante.
Alguns lugares da casa atendida, estão com as energias estagnadas. Nada flui. Uma prateleira bem no alto, que fica em parte sobre a cama do atendido, além de, com os objetos lá guardados, estagnar o fluxo da energia, ainda derruba esta estagnação sobre a pessoa que dorme embaixo. Quem estuda Feng Shui, sabe que não se deve colocar nada sobre a cabeceira da cama em que dormimos. Uma sabedoria de no mínimo 4 mil anos.
A dona da casa cultiva muitas plantas. Na verdade as plantas lutam para agradá-la, dão flores e folhas numa abundância fora do comum. Pois com todo este cuidado, alguns espíritos, femininos, que estavam a fim de umas vinganças, introduziam suas flores etéreas no meio daquelas, para sugar energia. As flores apesar de lindas e frondosas, ao invés de enviar boas energias para aquele lar, eram sugadas e forneciam energias para as hóspedes chupões.
Outro espírito, por vingança, empesteou a casa com insetos e ratos. Deu muito trabalho retirar estes bichos do ambiente e a entidade não queria vir conversar de jeito nenhum. Foi difícil trazê-lo para o diálogo. Por fim entendeu a situação.
Em um “buraco” localizado na casa estava cheio de caranguejos e muita lama. A casa tem mais de 80 anos. É um conjunto de casas geminadas. Quando foram construídas tinham o poço em comum. O poço e a fossa, que atendiam a todas as casas, estão localizados nesta casa. No quintal o poço, e a fossa na frente. O tempo passou, veio o serviço de água e esgoto, os buracos foram tampados, mas continuam lá. A mesma equipe, do ancião vestido de azul e barbas longas brancas, que veio na semana passada atender caso semelhante, esteve a socorrer o bichos atolados na lama. Um por um foram lavados, com muito carinho e encaminhados.
Em um espelho da casa, ficava um espírito com a missão de baixar a autoestima das pessoas. Quando lá se miravam, ficava falando e emitindo vibrações de menos valia. A criança que lá reside, via este espírito e dizia que tinha medo de olhar para o espelho. Mas quem vai imaginar uma situação desta?
O atendido tem um cansaço crônico e dificuldade de dormir. Uma entidade muito doente, está ligada nas costas através das pernas. Foi detectada, mas ainda não ficou tudo totalmente solucionado. Em atendimento futuro, esta ligação será melhor solucionada. Existem situações que precisam de tempo de compreensão, perdão e harmonia da parte de todos. O que foi possível socorrer e interceder, foi feito.
Outros espíritos foram atendidos, esclarecidos, alguns libertados, ou acalmados. Algumas entidades ficaram desprendidos de suas sandices através dos argumentos lógicos, honestos, dentro de possiblidades reais e não de falsas promessas. Depois que entendiam a situação, passavam a ser donos da própria escolha, conscientes do caminho a seguir.
Para finalizar tivemos três mensagens de amigos que trabalharam no atendimento. Elogiaram o trabalho, explicaram o porque de suas presenças, recomendaram mais atenção com a sustentação da Casa do Ciscos. A Casa está aumentando, despertando curiosidade no plano espiritual, e, é preciso aumentar a dedicação.
Agradecer tudo o que vivemos nesta noite, é pouco, diante da sensação da alegria do trabalho bem realizado. Que o Pai e Jesus abençoe a todos!