Me ajude! Preciso reencarnar com esta mãe!

Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira

Terça feira é dia de ser; os outros dias é de fazer

 

“É maravilhoso, Senhor

            Sorrir, amar, sonhar, viver,

           Quando tantos choram, odeiam, revolvem pesadelos

            e morrem sem viver”

 

 

Os trabalhos de atendimento espiritual na Casa dos Ciscos, se mesclam. Todos os trabalhadores, participam de um ou de outro nas medida que conseguem comparecer. Os percalços são maiores do que podemos imaginar. Por esta razão procuramos relatar os principais acontecimentos dos atendimentos da quarta-feira, do grupo Fabiano de Cristo e da quinta-feira do Grupo Inácio Ferreira.

 

Podemos destacar no socorro espiritual da quarta-feira um rapaz que estava muito indignado, sentindo-se traído pelo rei. Afinal o rei tinha prometido sua filha em casamento e não cumpriu a promessa. Conversando daqui, ajudando a recordar dali, ele contou que estava todo feliz, viajando à cavalo e quando estava quase chegando no castelo, o cavalo tropeçou e ele caiu. Isto aconteceu por volta do ano 1700. O que ele não consegue entender era o ataque de corvos que sofreu desde que levou o tombo.

 

Aos poucos foi admitindo que o tombo que levou, provavelmente o levou á morte. Os corvos existem para comer restos. Os corvos não param de mordiscá-lo., e não estavam atacando, mas provavelmente comendo restos mortais. Com este esclarecimento, entendeu que o rei não o traiu e que a princesa, coitada, ficou lá na janela do castelo esperando ele chegar…

 

Outro atendimento foi emocionante. O espírito já foi abortado três vezes. Esta é a quarta vez que tenta voltar pela mesma mãe. Estava desesperado pedindo ajuda para a mãe não abortá-lo. Ela ainda não sabe que está grávida de quatro meses, mas quando souber vai pensar em aborto novamente. Implorou ajuda, porque precisa reencarnar através desta mãe. O interessante é que na tarde deste dia, antecedendo este trabalho, uma das nossas companheiras, comentou lastimando, sobre uma jovem, que está adiando sua gravidez, com desculpas esdrúxulas.

 

É claro que um atendimento deste movimentou nossa imaginação. É possível, não é possível que um espírito em processo de gestação possa manter tamanha lucidez? Fomos buscar explicação com Odilon Fernandes, no livro Egos em Paz de Inácio Ferreira. “ Alguns espíritos, em seu processo de reencarnação, não se submetem ao processo de restringimento de imediato – alguns começam a se ligar ao seu futuro corpo no ventre materno quase às vésperas do nascimento – A formação do seu corpo, com exceções, então, fica inteiramente por conta das leis biológicas da matéria”

 

Este espírito, suplicando sua permanência no útero da mãe, tem uma explicação. Continuando com Inácio Ferreira “Muitos desses espíritos que desencarnam com poucos dias ou semanas de vida, prosseguem acolhidos pelo psiquismo de suas próprias mães encarnadas…” é fácil compreender, porque esta mãe, depois de três abortos provavelmente está mais do que ligada aos seus próprios atos e escolha de rejeição de seus fetos (deste espírito). A consciência não dá descanso e os mantém imantados.

 

Um dos trabalhadores espirituais da Casa veio conversar através de uma das médiuns. É muito confortador a atitude dos mentores da Casa de não perder nenhuma oportunidade de vir conversar conosco e esclarecer as dúvidas que vão surgindo. Como o diálogo franco é parte do trabalho, as perguntas estão sempre surgindo. Nos contou que era a primeira vez que ele se achegava naquele médium para conversar conosco. Nesta altura tinha pelo menos três médiuns envolvidos na conversa. Recomendou a todos, estudar muito sobre FORMAS PENSAMENTOS. Pediu que continuássemos persistindo no trabalho. Nós assumimos o compromisso antes de nascer. Passamos por atribulações, ora um, ora outro. Alguns voltarão ao trabalho, outros não, mas não devemos achar nada à respeito. Pediu que continuemos, pois tudo vai dar certo.

 

Completando estas recomendações, o mensageiro do mentor nos disse –  acreditem em vocês. São médiuns  polivalentes neste trabalho, a maioria está bem preparada para tudo. O maior cuidado é não abrir brechas. Quando o trabalho estiver decorrendo, não fiquem pensando em problemas lá de fora, não fiquem pensando em casa. Isto abre brechas e espíritos que estão retidos em tratamento, acabam indo para os locais que mentalizamos e ficando conosco.

 

A confirmação deste alerta não demorou. Na noite seguinte um espírito foi atendido e disse exatamente isto. Eu estava aqui em tratamento, mas ela me chamou e fui com ela.

 

Iniciamos a quinta-feira, com o grupo de estudo dos livros de Inácio Ferreira. Começamos a ler e estudar Alma do Mundo, livro editado recentemente, em março de 2018, que continua a elucidar as dúvidas sobre os nossos vários Egos em Conflitos. A introdução já um convite para mergulharmos na leitura. “Pode-se pois afirmar que, seja no Bem ou no mal, ninguém toma uma decisão isoladamente, posto encontrar-se sob a influência consciente e inconsciente dos demais integrantes da Alma do Mundo. O homem, no uso de seu livre arbítrio, positiva ou negativamente, sempre age e reage por sua própria escolha, mas na condição de produto do meio em que esteja vivendo, sendo sugestionado pelas atitudes e pelos pensamentos de seus semelhantes.”

 

O atendimento programado foi denso e terminou numa leveza vibratória, que todos queriam continuar…

 

A cidade de São Paulo se expandiu numa área que num passado não tão distante era coberta por fazendas. Na década de 1950 tinha 800 mil habitantes. Hoje tem 12 milhões. Juntando, a Grande São Paulo tem 15 milhões somados a 3 milhões que entram e saem todos os dias para trabalhar o comercializar. Onde eram fazendas há pouco tempo atrás hoje são prédios altos, com muitos moradores. O que fica muito claro é que muitos daqueles que moravam nestas fazendas, hoje habitam a mesma região, nos diversos condomínios que as substituíram. Isto acontece também no condomínio que atendemos espiritualmente esta noite.

 

A entidade estava chorosa, agitada, desconfortável, angustiada…

não quero sair daqui, quero ficar perto da minha filha, aqui é minha casa

– e como é sua casa, conta pra mim?

– ela é grande, você não vê? É uma casa de fazenda, minha casa, não vou sair daqui…

– você viu que alguma coisa mudou

– é minha casa caiu, agora tem uma casa em cima da outro, em cima da outra, outra casa em cima da outra…

– já te chamaram para ir embora e você não quis

– não vou sair da minha casa, é minha… não vou… olha a minha filha, estou do lado dela, não vou me afastar (chorava copiosamente)

o tempo passou, você sabe que já morreu, que aquela casa não existe mais

– não vou sair daqui, não largo minha filha…

– veja o seu velório

– tem muita gente, eu era uma pessoa boa, todos gostavam de mim, muita gente, muitas flores…

– olha o caixão, você lá dentro, você já terminou aquela etapa, todos que estavam lá morreram e muitos reencarnaram e estão morando nestes prédios novos, por aqui mesmo

– é verdade tem muita gente que conheço por aqui… mas não vou sair da minha casa…

– sua filha reencarnou, tem uma nova vida, precisa seguir adiante…

– não vou largar a minha filha…

– você vai ser tratada aqui com a gente, vai receber esta injeção, vai dormir e quando acordar estará mais clama para conversar, dormir… dormir

 

 

Ele estava se agitando, incomodado

porque você está tão agitado?

– é que estou sentado no sofá da sala e vem este monte de gente sentar junto, fica apertado…

-o que você está assistindo na televisão?

– ……..

– ah! Já sei, desenho do picapau

– não! eu gosto é de sangue!   

então vou ligar a televisão para você, preste atenção no que vai aparecer

– estou vendo um navio, trabalho no navio, sou quem coloca pólvora nos canhões… uma bala acertou o navio… estamos à deriva. Estamos com fome, alterados, nervosos, brigando uns com os outros. Estamos matando uns aos outros.

– jogam os corpos no mar?

– uns jogam, outros ficam no navio, no convés…

Neste instante o dialogador percebeu mentalmente a cena de canibalismo, para sobreviverem

– vocês estão se alimentando deles

– me vejo lá, sou um esqueleto

– a morte não existe, você está vivo, você não acabou naquele navio

– onde estou?

– num hospital, as pessoas são trazidas para cá para serem ajudadas

– não sei

quem é que te trouxe aqui? Vou mostrar para você

– meu pai…

– conversa com ele

– vai me levar, pediu para eu ter mais confiança

– você vai ser tratado aqui, quando estiver bem, seu pai vai esclarecer você.

 

 

Chegou contando vantagem

sou eu o único que consegue atingi-lo, veja minhas garras (olha para os dedões e os mexe)

– pode mexer suas mãos

– minhas garras, olha com orgulho para os dedões das mãos

– então você é um passarinho?

– não vê minhas garras, sou um escorpião! me arrasto no chão e pico os pés dele, só eu consigo. Fico no quarto dele…

– então o passarinho pode comer você, pode mexer suas mãos, (projetando luz nas mãos)

Ele começa a se contorcer de dor, fica todo torto, grita que arrancaram o braço dele, chora de dor. Aos poucos vai sendo tratado, acalmando, foi colocado para dormir e levado para tratamento.

 

Nem todas as situações que nos são mostradas, conseguimos interpretar ou interferir. Atuamos apenas e tão somente no que nos é solicitado pelos mentores da Casa e do trabalho. Isto não nos impede de às vezes perceber algo, figuras, objetos, muitas vezes até desconhecidos. No quarto do casal onde este escorpião contava vantagem de ser o único que conseguia atingir o morador, tinha no teto e no chão um pentagrama invertido, símbolo cabalístico. É claro que se foi percebido pelos médiuns, também é visto pelos espíritos trabalhadores, muito mais habilitados para este tipo de trabalho. Nós apenas temos notícias da existência destes aparelhos, quem os retira são nossos maiores. Provavelmente são mostrados à nós, para que saibamos que há mais mistérios entre o céu e a Terra, do que pode imaginar nossa vã filosofia como dizia o filósofo  William Shakespeare  em 1500.

 

 

Outro espírito estava na cozinha

porque você fica aqui na cozinha?

– ela me chama

Neste instante, o companheiro que estava sendo atendido, se aproxima e senta na cadeira ao lado

não gosto dele, ele me incomoda…quando ele chega, não consigo ficar lá…

– é porque a casa é dele, não é lugar para você ficar, tem outros lugares para você viver.

– mas ela me chama eu fico lá para ajudar, eu gosto dela e quero ajudar

– agora você vai aprender outras coisas e vai ver que para ajudar tem que saber ajudar

 

 

Muitos espíritos no banheiro. Quando os médiuns entraram lá para conversar, abriu-se um buraco negro no banheiro e pularam dentro para fugir. Um foi pego para conversar. Agarrou as mãos da dialogadora desesperadamente, com muita força…

me segura que eles querem me levar, estão puxando minhas pernas, não querem que eu fique aqui conversando com você… socorro!

– você está seguro, não vou deixar te levarem, segure firme minhas mãos (as mãos da médium e da dialogadora faziam força para se manterem unidas, chegavam a doer)

– quase não consigo! Você não vai conseguir me segurar, eu sou do mal e sou muito agradecido a eles que me ajudaram, não posso ficar aqui

– se você é agradecido a eles, é porque é bom, é do bem, tem o coração bom, sabe reconhecer quando alguém te ajuda

– mas me ajudaram para o mal, preciso ir com eles, sou agradecido a eles…

– mas você é bom, tem o agradecimento no coração, nós vamos te ajudar, você pode ficar conosco

 

 

Chegou com sorriso de desdém, o corpo de malandro esperto…

de onde você veio, onde estava?

– jogo pôquer

– e desta vez não deu muito certo, você perdeu, um dia a gente ganha, outro perde…

– perdi… perdi…

– é assim mesmo

– perdi, mas minha prateada está em cima da mesa ( continua com uma ginga corporal de malandro)

e aí você levou a pior

– não! ele é que caiu (levas as duas mãos aos olhos, com muita dor)

Recebe passes, dá um tempo, volta a conversar

acho que você caiu também

– não, não caí não…cadê meu chapéu?

– você ainda usa chapéu!? É do tempo do chapéu? ( a dialogadora começou a rir, do jeito  corporal dele)

você está rindo?

– é que é engraçada a situação

– cadê o meu gordine?

– lá do ano de 1972?

– é, meu gordine, onde está meu carro gordine?

– ih, agora acho que não tem mais gordine, você agora é um espírito…

– você está falando igual minha tia maluca, todos lá em casa falam que ela é maluca com essa conversa de espírito. Minha mãe falava para não conversar com ela

– ela era irmã da sua mãe?

-não, ela era…

– irmã do seu pai?

– pai… não tenho pai, não sei nem quem é…

– faz muito tempo isto, ela já morreu também…

– não sei… não me lembro… faz muito tempo que não falo com minha família…

– sua tia está aqui, veja ela sorrindo para você…

– agora você está maluca igual ela… imagina se existe espírito, se eu sou espírito…

– você é espírito desencarnado igual sua tia, e eu espírito encarnada… você morreu, levou um tiro

Volta a sentir a dor forte no olho. Fica nítido que levou um tiro no olho

sua tia está aqui para te levar no hospital, você precisa tratar este olho, ela vai te levar

 

 

Nem todos os espíritos socorridos naquele trabalho, necessariamente estão vinculados à casa, à vida do companheiro atendido. Alguns espíritos estão ligados à outros médiuns, às vezes estão dando continuação à situações anteriores.

 

 

          Um espírito feminino foi trazido. Era irmã de uma jovem encarnada. Contou que disputavam pela beleza.

sou linda, sou jovem, olha meus cabelos… somos irmãs, ela é mais velha, nós estamos sempre brigando, competindo, não gosto dela…

– vocês agora vivem em mundos diferentes

– veja meus cabelos, me olho no espelho… sou linda!

– só que agora o tempo é outro. Ela está reencarnada, não está mais vivendo ao seu lado, está fazendo outras coisas, enquanto que você ficou parada no tempo

– é por isto que perturbo ela

– isto não é bom nem para você, nem para ela.

– estou ligada nela, não tem como ficar longe…

– vamos cortar todos estes fios que estão ligando vocês duas

– não! tenho medo!…

– você agora está desligada dela e vai ter que seguir o seu caminho, ser responsável pelo que faz

– veja! Estou envelhecendo!… estou ficando velha!

– é o tempo que passou para você também. Agora você vai ser preparada para entender o que acontece com você

 

 

Reclamou que não foi abem atendida por nós. Ficou no Ciscos mas não melhorou.

vocês não cuidaram bem de mim… fiquei aqui e me abandonaram…

– isto quer dizer que você foi embora…

– estou com muita dor de cabeça…não tenho ânimo para nada… não quero fazer nada…

– porque você não ficou aqui fazendo seu tratamento?

– é porque ela me chama… eu estava aqui em tratamento, mas ela me chamou e fui com ela.

– nós só vamos poder cuidar de você se ficar aqui… ela também vai aprender a não te chamar

 

 

No encerramento, um amigo veio conversar conosco

 

Olá amigos!

 

            Trabalho, de muita dedicação, muita limpeza foi feita, muitos irmãos foram trazidos para cá. Foram bem atendidos.

 

            Os irmãos têm espiritualidade muito forte. Agradecemos a dedicação de cada um que esteve aqui esta noite para ajudar.

 

            A casa do moço foi limpa, muitos aromas agradáveis foram deixados lá. Salientamos também que os pretos velhos ajudam na limpeza final de qualquer trabalho não deixam nada sujo. Tudo fica limpo no final. Não se preocupem em criar formas pensamentos quanto à limpeza desta Casa (dá um riso).

           

            Agradecemos o auxílio de nosso Mestre Jesus.

 

            Boa noite!

 

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