Não lembramos do passado, só podemos lidar com o presente e o desejo de melhorar, ou de não melhorar.

Grupo de Estudo e desenvolvimento da mediunidade e do trabalhador mediúnico

Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)

 

A experiência que vivemos na noite de hoje, começou a uma semana, terça-feira passada. Fizemos o exercício de escrever nossos medos e nossas angústias numa folha de papel e deixa-la sobre a mesa durante uma semana, até hoje. A proposta era que cada um se abrisse o máximo, colocasse sua angústia ou medos mais profundo, aquele que não falamos para ninguém e às vezes nem para nós mesmos.

 

Os estudos de hoje, praticamente foram uma continuação dos temas de semana passada. Egoísmo, amor mascarado, domínio, controle. Começamos com a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 11, item 11:

“O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral: ao Espiritismo está a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas.”

 

Retornando aos debates da semana passada, refizemos as perguntas: preocupação pode ser falso amor mascarado, controle, domínio, não aceitação do outro? Veio então a dúvida: preocupação de mãe pode ser controle, domínio e máscara de amor? Sim ou não, depende da mãe. Se em nome do “amor” sufoca os filhos, não é amor, é controle.

 

Daí veio outra questão: amor que sufoca, controla, vigia, restringe, é amor ou egoísmo? “Ao Espiritismo está a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos”. Para isto, temos que perceber que nosso conceito de amor não está atendendo às necessidades da Mãe Terra. Se todas as mães tivesse um amor verdadeiro no coração e não uma amor controlador e, sendo a maioria das mulheres sobre a Terra mães, o Planeta estaria em outro patamar. É uma constatação fácil de fazer, e mensurar. Hoje, o amor de mãe, tanto quanto no passado, é totalmente questionável, não está elevando as vibrações do Planeta Terra.

 

O ser humano, através da experiência da maternidade, e também da paternidade, ainda tem longo caminho a percorrer para aprender o que é Amor. Recomendamos para quem queira se profundar no tema o livro Um Amor Conquistado o Mito do Amor Materno – Elisabeth Badinter‎. “Será o amor materno um instinto, uma tendência feminina inata, ou depende, em grande parte, de um comportamento social, variável de acordo com a época e os costumes? É essa a pergunta que Elisabeth Badinter procura responder neste livro, desenvolvendo para isso uma extensa pesquisa histórica, lúcida e desapaixonada, da qual resulta a convicção de que o instinto materno é um mito, não havendo uma conduta materna universal e necessária. Ao contrário, a autora constata a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe. Não pode então fugir à conclusão de que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e como tal incerto, frágil e imperfeito. Pode existir ou não, pode aparecer e desaparecer, mostrar-se forte ou frágil, preferir um filho ou ser de todos. Contrariando a crença generalizada em nossos dias, ele não está profundamente inscrito na natureza feminina. Observando-se a evolução das atitudes maternas, verifica-se que o interesse e a dedicação à criança não existiram em todas as épocas e em todos os meios sociais. As diferentes maneiras de expressar o amor vão do mais ao menos, passando pelo nada, ou quase nada. O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire. Tal como o vemos hoje, é produto da evolução social desde princípios do século XIX, já que, como o exame dos dados históricos mostra, nos séculos XVII e XVIII o próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar depois dos cinco anos. Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo com as flutuações sócio econômicas da história.”

 

Refizemos a leitura do Evangelho substituindo nossos velhos conceitos de egoísmo por “controle, domínio, falta de se colocar no lugar do outro: “O egoísmo, controle, domínio, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral: ao Espiritismo está a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. A falta de se colocar no lugar do outro, sentir sua dificuldade,  é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas, graves conflitos familiares, impedimentos do desenvolvimento do ser humano para suas escolhas.”

 

Nos preparamos para a grande experiência que nos aguardava. Cada um pegou sua página escrita e releu em silêncio. Preparamos um vasilhame para poder queimar estas folhas. Um fogo aceso para facilitar a ação. Começamos nossa concentração e busca de equilíbrio vibratório. No nosso grupo um dos médiuns está sendo treinado pela equipe espiritual para manipular energias durantes os trabalhos de atendimento aos espíritos. Diante dele ficou parado por alguns minutos um índio grandalhão, que faz parte da equipe do Ciscos. Ao lado dele dois outros instrutores do trabalho. O índio fez uma saudação a Tupã e aplicou passes em todos os chacras deste médium. As vibrações eram diferentes, luminosas. Deixou o médium apto para o que viriam pela frente.

 

A querida Baiana veio mais séria. Nos alertou que todos os nossos pedidos atraíram os espíritos ligados à eles e ao nosso passado. Eles estavam lá, bem furiosos. Ficaram separados por uma parede de vidro, igual uma sala de cirurgia que tem uma ala para quem observa o procedimento. Os nossos amigos, orientadores, professores fizeram um trato com esta multidão: que observassem o estamos fazendo, como estamos vivendo, aprendendo ou não. Que vejam que o que fazem contra cada pessoa do grupo está lá no pedido, no sofrimento, no pedido de ajuda. Eles estão desencarnados, nós aqui, encarnados. Não lembramos do passado, só podemos lidar com o presente e o desejo de melhorar, ou de não melhorar. Cada encarnado toma o rumo que quiser. O plano espiritual faz a seguinte proposta: enquanto estamos encarnados eles cuidarão de nós. Quando desencarnarmos, somos deles. Cada um colhendo suas obras.

 

Equipes de trabalhadores se colocaram à postos aguardando as reações que por certo aconteceriam durante o exercício mediúnico. Era muita gente, de um lado para ajudar e do outro para brigar. A Baiana recomendou que no momento da queima do papel, pensássemos no perdão. Visse o momento de reencontro, liberdade, perdão, compreensão. Colocasse o coração naquele momento, pedisse com fé.

 

Começamos a queimar o papel. Um a um, calmamente, queimava o seu. Um dos médiuns descreveu o que estava vendo. Um deserto, enorme deserto. Lá embaixo surge uma onda gigante. Vem em nossa direção. Vai passar sobre tudo e todos. A mensagem diz que é para aceitar com calma, não ter medo. Vamos sentir a pressão, mas tudo vai melhorar e passar. Confiança em Jesus e no Pai.

 

Outras mensagens nos falaram de confira, persistir, acreditar no trabalho, entender que nossos adversários do passado, nos acompanham. Chega então um padre. Faz muito tempo que não reza uma missa. Quem o trouxe foi um professor que está sempre nos nossos trabalhos. Este professor coordena os estudantes que vem aprender, fazer estágio. Professor Martinho. Fisicamente é alto e magro e está sempre entre nós. Esta entidade que veio fica contente com a cerimônia que estávamos fazendo. Foi orientando para fazermos as pazes com o pessoal que estava do lado de fora. A parede de vidro foi desaparecendo e nós começamos a abraçar o pessoal, pedir perdão, mantendo um campo vibratório delicadíssimo, meigo, amoroso. Eles reagiam, abraçavam, choravam, identificavam em muitos dos dramas escritos nos papéis, que eles eram os causadores daquela dor.

 

Aquela equipe que vimos no início, que estava de prontidão, amparava o emocional destes espíritos, cuidando, encaminhando. Dava para perceber que o salão esvaziava, que saiam atendidos e acompanhados. Mais uma vez algum mentor nos alertou que esta reconciliação vai depender unicamente de cada um, encarnado. Com a nossa morte, vamos acertar as contas, de acordo com nossa bagagem de serviço.

 

As mensagens psicografas completaram o impacto.

 

SIGA EM FRENTE

 

Tenhamos Fé.

Acreditemos mais em nosso potencial para vencermos nossos problemas e dificuldades, pois temos experiências vividas, conhecimento e informação.

O Evangelho está na Terra, para que fizemos em nós o ideal de Amor e Caridade. Para isso ele foi carinhosamente, cuidadosamente compilado.

Parem de olhar para trás.

Olhem para frente.

Acreditem em vocês.

Fortaleçam-se espiritualmente, para que tenhais forças, capacidade de ajudar vossos familiares amados e a tantos irmãos por aí que precisam de ajuda.

Toquem a vida para frente.

Lembrem-se que existem seres em situação pior, mas muito pior que a vossa, pois existem seres que nem sequer possuem o Pão Nosso de cada dia.

Vós estais aqui agora porque fostes chamados a um trabalho.

Vocês precisam fazer a vossa parte: trabalhar pelo vosso bem e de vosso próximo.

Modifiquem-se.

 

 

NOTA DO MENTOR

 

Queremos vos informar que formou-se nesta noite um forte campo energético, cujas energias benéficas, superiores, atingiu o coração de muitos irmãos necessitados que para aqui foram trazidos, conforme programação da equipe espiritual. Para tratamento.

Todos encarnados e desencarnados, foram envolvidos intensamente por essas energias em seus corpos espirituais, mentais.

Estamos muito satisfeitos com o rendimento deste trabalho.

Muitos foram atendidos.

 

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