Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira
Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira
Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
No estudo do livro Egos em Conflito, pudemos falar abertamente sobre nosso medo de errar e ser percebido pelo erro e não saber viver a humildade e se reconhecer como falível. Que momento maravilhoso foi esta troca de sinceridade.
O parágrafo que nos inspirou está na página 115 do citado livro. – O que haveria de ser de nós outros, se Jesus não tivesse vindo à Terra ensinar-nos a soletrar as primeiras palavras do Divino Alfabeto do Amor e da Verdade, consubstanciado nas páginas de seu Evangelho, com a infinita paciência com que um professor alfabetiza uma criança?!…
Vamos nos colocar no lugar de um professor ensinando crianças. Como ele trata estas crianças? Qual a resposta de aprendizado de uma criança? É a criança que constrói a escola ou a escola construída pelos adultos que abriga, convida a criança? O quanto pode ser exigido do aprendizado de uma criança? A criança aprende e responde além de seus limites cognitivos? Qual o nosso estágio diante dos ensinamentos do Mestre? Somos crianças ainda, somos jovens aprendizes, somos adultos?
Por que nos cobramos tanto? Temos condições de dar as respostas que as religiões exigem da humanidade? Os grandes Mestres Divinos são alcançáveis, comparáveis, imitáveis no nosso atual estágio evolutivo da Terra? Se não soubesse, pecado não teria; mas agora sabes… O que cada um já sabe, já alcançou a compreensão, já tem a escolha de fazer ou não fazer?
Qual é o meu estágio? O que sou capaz de fazer moralmente? Posso falar dessa água não beberei?
Evangelho significa boas-novas ou boas-notícias. Sua origem vem do grego evangelion. Apesar do termo evangelho poder ser aplicado em outros contextos, como em seu sentido clássico e original para se referir a recompensa dada pela entrega de boas notícias, obviamente sua aplicação mais conhecida é o sentido que possui na literatura cristã, no caso, referente à mensagem do Cristo. A palavra evangelho é usada somente no Novo Testamento.
No Velho Testamento, muito antes do Cristo nos presentear como seu Evangelho, nos Provérbios (18) encontramos: O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada seu coração. A boca do tolo é a sua própria destruição e os seus lábios um laço para sua alma.
Nós ainda somos nossa própria destruição, nossa fonte de sofrimento, nossa usina de enganos. Qual é o nosso estágio no tempo evolutivo, para justificar tanta auto cobrança de uma perfeição tão distante de nós? Tomemos por exemplo alguns atendimentos acontecidos nestas duas últimas semanas.
Um espírito está fixado no ano 58 d.C e o que ele mais gosta é de ir no Coliseu assistir as lutas entre homens e feras. Notemos que ele não está sozinho nesta cristalização. Todos que participam deste cenário estão lá, vibram correspondente àquela situação. O ano de 58 está aqui entre nós hoje, agora.
Este permanece no ano 850, morando no castelo, querendo vingança. Não mora sozinho no castelo. Tem muita gente lá. O interessante é que reconhecem que o castelo ficou velho e feio. O castelo ainda existe em algum lugar da Europa, se hoje está habitado ou não, não temos como saber. Está corroído pelo tempo, mas os espíritos que o habitam permanecem no século IX respirando o mofo do século XXI.
Outro espírito acompanha seu desafeto por séculos. Foi assassinado por ele sabe-se lá quando. Fica junto, emitindo seus pensamentos, sua raiva, seu desespero de vingança. No desprendimento físico do então encarnado, é lógico que se sente atraído, volta e meia, para o local onde no passado aconteceu o drama. O espírito interpreta este retorno como se o encarnado voltasse lá para confirmar se ele está morto e enterrado ali. Aquela ação dentro dele pertence ao seu hoje, que é de séculos atrás, em algum lugar que não se sabe. Ele morre todos os dias de lá até agora.
Estes espíritos, que Jesus veio cuidar com carinho, são crianças, jovens ou adultos, emocionalmente, evolutivamente falando? Quando reencarnarem em breve, em que estágio emocional estarão? Como assimilarão o Evangelho, a Boa Nova do Mestre? Qual é o nosso estágio nas cortinas do tempo?
Na leitura do Evangelho que abre os atendimentos espirituais, … meu jugo é suave e meu fardo é leve. Ou na sabedoria popular Deus dá o frio, conforme o cobertor. Jesus aceita nossos erros, porque sabe quem somos. Nosso orgulho que que não aceita a nós mesmos como seres falíveis, e nos punimos por não sermos perfeitos. Oh! dolorida ilusão.
Temos notado que os atendimentos têm nos levado a experiências novas, diferentes, que nos obrigam a tomar atitudes experimentais na hora, sem aviso prévio. Este atendimento foi assim.
A pessoa atendida informou apenas o endereço, fez questão de não dar mais detalhes. Isto tinha um propósito; saber o que estava acontecendo naquele local físico. O endereço é de um apartamento que está fechado Há 20 anos, desde a sua construção, nunca foi habitado. A região do terreno onde foi construído, anteriormente acomodou a maior favela de SP na época.
Começaram os atendimento e nada. Os médiuns percebiam a presença de espíritos, tentavam estabelecer alguma comunicação, mas não havia reação. Abriram-se portas e eles permaneciam imóveis, presos, com medo de sair. Esta era a resposta, expressada a duras penas – tenho medo de sair, estou aqui há muito tempo. O diálogo quase que não aconteceu, por mais esforço que os médiuns fizeram.
O atendimento foi sofrido, difícil, era o único que tinha coragem de se aproximar… Tentava trazer alguns para conversar, estavam apegados, renitentes. Não tinham nenhum vínculo afetivo nem entre eles, nem com a pessoa encarnada que estava sendo atendida. O frio era imenso, a médium que estava tentando traze-los sentia muito frio e a cabeça pesada. O medo dele era de não ter para onde ir. Provavelmente era o medo que sentiam quando encarnados, moradores da favela da região: não ter para onde ir, se sentir abandonado, desprotegido, em perigo constante da falta de abrigo… Um diálogo muito dolorido e demorado…
– descubra quem é o líder, pegue pela mão, que eles vão te seguir…
– precisamos sair, vem…
– não quero deixar aqui, tenho medo…
– está muito frio… venha, vamos cuidar de todos vocês…
Um espírito conversou com mais facilidade, mas ele não estava na cena do atendimento. Era um velho conhecido da pessoa atendida. Conviveram há muito, muito tempo atrás e ele não que mais conversa, não quer nem chegar perto, mas não sabe porque volta e meia fica próximo. Só que um portal de luz o impede de ir embora ou entrar não sabe onde. Foi encaminhado depois de ter a promessa de que não vai se aproximar do encarnado atendido. Quer toda distância possível.
Era preciso novas providências para ter um bom efeito neste socorro espiritual. Todos os participantes do trabalho foram convocados. Entramos no apartamento, cada um segurando uma espada luminosa, com a luz azul bem intensa. Começamos a girar as espadas no sentido horário por todos os cômodos do apartamento para agitar as energias estáticas, pregadas nas paredes, paralisadas. O ambiente era um vácuo. A sensação muito ruim, não tinha nada, não tinha vida. Muita luz, muita energia, o calor tomou conta de todos. Depois de um bom tempo girando as espadas em altíssima velocidade, ativando as energias, saímos para fora do prédio, lá em cima no nono andar, e a agitação vibratória continuou no lado externo do apartamento. Ficamos por um bom tempo. Começamos a descer andar por andar, ativando as energias, girando lentamente em torno do prédio. Quando chegamos no térreo, alguns médiuns estavam exaustos, como tivessem participado de uma corrida de quilômetros.
Foi recomendado providências que agitem o ambiente, uma limpeza energética, flores e música. A energia não pode ficar parada.
A mensagem dos mentores no final foi incentivadora. A médium teve dificuldade de alcançar, captar a mensagem.
Foi muito bonito o que vocês fizeram. Muito bonito. Fortalecendo cada dia mais e vocês estão se fortalecendo. Aprendendo a respeitar o lado do outro. Muito bonito.