Obsessor não é amador e sabe o que está fazendo Libertação cap. 9

HOJE É TERÇA-FEIRA. Neste momento, estou distante do CISCOS e junto ao mesmo tempo. Lá estão estudando o livro LIBERTAÇÃO de André Luiz, aqui, estamos começando o capítulo 9, Perseguidores Invisíveis. A cada linha que nos dedicamos a refletir, um horizonte se abre.

 

Façamos um exercício fácil de fazer. Imaginemos tudo o que André Luiz vai viver a partir de agora, sendo o nosso trabalho de atendimento individual da quinta-feira. Vamos mergulhar no livro e mergulhar no nosso universo particular ao mesmo tempo. Imagine que tudo o que acontece tem a supervisão dos amigos espirituais, igual acontece nos trabalhos do CISCOS.

 

“…No dia imediato, pela manhã, em companhia de entidades ignorantes e transviadas, dirigimo-nos para confortável residência, onde espetáculo inesperado nos surpreenderia. O edifício de enormes dimensões denunciava a condição aristocrática dos moradores, não só pela grandeza das linhas, mas também pelos admiráveis jardins que o rodeavam. Paramos junto à ala esquerda, notando-a ocupada por muitas personalidades espirituais de aspecto deprimente. Rostos patibulares, carantonhas sinistras. Indiscutivelmente, aquela construção residencial permanecia vigiada por carcereiros frios e impassíveis, a julgar pelas sombras que os cercavam….”

 

Quando no início do socorro espiritual programado somos levados para o endereço determinado, provavelmente é assim que percebemos espiritualmente o ambiente. É por isto que é tão importante que cada um revele o que está vendo e sentindo. Uma informação completa a outra, facilita a percepção do ambiente e de quem lá está vibrando. É comum os espíritos reclamarem: como é que você me achou? Preste atenção que a equipe Gúbio, André e Elói, tinham perfeita visão daqueles que lá estavam, e o mais importante, eles estavam fazendo parte daquele grupo. Em companhia de entidades ignorantes e transviadas, confortável residência, ocupada por muitas personalidades espirituais de aspecto deprimente… A construção residencial permanecia vigiada

 

Quando estamos trabalhando para o bem, estamos sendo vigiados pelo mal. Os mentores estão atentos, os carcereiros do mal também estão atentos. Não queira bancar o inocente ou o fraco, ou o dependente nesta história. Todos estão exercitando sua própria força e competência…

 

“…Transpus o limiar, de alma opressa. O ar jazia saturado de elementos intoxicantes. Dissimulei, a custo, o mal-estar, recolhendo impressões aflitivas e dolorosas. Entidades inferiores, em grande cópia, afluíram à sala de entrada, sondando-nos as intenções. De posse, porém, das instruções do nosso orientador, tudo fazíamos para nos assemelharmos a delinquentes vulgares. Reparei que o próprio Gúbio se fizera tão escuro, tão opaco na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível, à exceção de nós que o seguíamos, atentos, desde a primeira hora….”

 

AS Casas Espíritas recomendam que ninguém se aventure sozinho a ir na casa de alguém que está sofrendo, tentar socorrer, interferir no que está acontecendo. Para entrar num antro, é preciso preparo, muito preparo. Mas dirão: se nós vamos cheios de boas intenções, o Plano Espiritual vai junto e faz o trabalho que tem que ser feito. Se fosse fácil assim, André e Chico não teriam escrito o livro LIBERTAÇÃO, não seria preciso. Você não sabe a história daquele sofrimento, daquela doença, daquele conflito, daqueles sentimentos doentios… entrar na casa de alguém, imaginando-se se um super-espírita, que pode resolver o problema do sofredor, é fantasia de cinema.

 

A primeira coisa que precisa estar acontecendo é a VONTADE DE MUDAR. Veja que Margarida fazia preces pedindo o socorro divino para poder sair do sofrimento em que se encontrava. Primeiro ela se movimentou para depois o Céu se movimentar: ajuda-te e o céu te ajudará.

 

Muitas vezes é tudo de boca para fora. Minha mãe, tinha um professor lá em Mato Grosso, muito rigoroso, que quando uma aluna chorava, dizia num sotaque estrangeiro: é lágrima de crocodilo… Já imaginou você socorrendo crocodilo falso?!

 

É por isto que socorro espiritual é feito com muita propriedade, dentro de uma Casa Espírita, por médiuns preparados e Equipe Espiritual preparada. Se a equipe espiritual for despreparada, amadora, iludida, todo o grupo espiritual vai sofrer as consequências. Aquela construção residencial permanecia vigiada por carcereiros frios e impassíveis, a julgar pelas sombras que os cercavam.

 

“…Instado por Sérgio, um gaiato rapaz que nos introduziu com maneiras menos dignas, Saldanha, o diretor da falange operante, veio receber-nos. Pôs-se a fazer gestos hostis, mas, ante a senha com que Gregório nos favorecera, admitiu-nos na condição de companheiros importantes. – O chefe deliberou apertar o cerco? – perguntou ao nosso instrutor, confidencialmente. – Sim – informou Gúbio, de modo vago –, desejaríamos examinar as condições gerais do assunto e auscultar a doente. – A jovem senhora vai cedendo, devagarinho – esclareceu a singular personagem, indicando-nos vasto corredor atulhado de substâncias fluídicas detestáveis….”

 

Veja que para entrar e ficar, foi preciso uma artimanha. Não mentiu, mas não falou a verdade…

 

Agora imagine, você que resolveu ir rezar para um amigo que está na pior. Faz uma prece, convoca os protetores e se mete no território do inimigo. Vai dançar, deu ruim…

 

“…Acompanhou-nos, um tanto solícito, mas desconfiado, e, em seguida a breve pausa, deixou-nos livre a entrada da grande câmara de casal. A manhã resplandecia, lá fora, e o sol visitava o quarto, através da vidraça cristalina. Mulher ainda moça, mostrando extrema palidez nas linhas nobres do semblante digno, entregava-se a tormentosa meditação. Compreendi que atingíramos a intimidade de Margarida, a obsidiada que o nosso orientador se propunha socorrer. Dois desencarnados, de horrível aspecto fisionômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética. Essa particularidade do quadro ambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada….”

 

Vi a obsidiada que o nosso orientador se propunha socorrer, submetida a complicada operação magnética, quando concentrei todo o meu potencial de atenção, tinha na cabeça, algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea (que tem a cor, o peso ou a forma do chumbo), assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao seu cérebro através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada…

 

Obsessor não é amador, é entidade preparada, que sabe o que está fazendo e como fazer. Não subestime nunca a força daquele que quer te prejudicar, nem tenha a vaidade de imaginar que basta fazer orações, preces, que as entidades mobilizarão o bem a seu favor. Menos, menos… Um tio meu era muito amigo de Eleazar de Carvalho, um dos grandes maestros brasileiros. Minha tia sempre muito exagerada, falava suas presepadas e o maestro, muito educado respondia: será, dona Silys, será?…

 

Continua….

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