Evangelho (reunião pública), grupo de estudo Anísio Teixeira e desobsessão Fabiano de Cristo 4ª feira à tarde
Um dia de estudo no Ciscos pode fazer muita diferença tanto para a vida quanto para a morte. Não adianta ficar só preocupado em viver melhor agora, vamos ter que viver bem também depois de mortos. De que adianta investir tudo aqui , para depois passar o maior aperto com a nova vida como espírito? O melhor a fazer é tratar de viver bem agora e garantir viver melhor ainda depois.
No livro ENCONTRO MARCADO do Chico e de Emmanuel, no título Teu Recanto, tem o alerta. “Efetivamente, não podes acionar alavancas que determinem tranquilidade e ordem para milhões de pessoas; no entanto, é justo assegures a harmonia de teu recanto.” Você não vai reformar o mundo, não adianta sentir complexo de lesa humanidade, que não vai resolver nada. Sua culpa não vai resolver as desgraças do mundo. É a sua atitude no lugar onde vive e convive, que faz toda a diferença para aqueles que te cercam, os próximos mais próximos.
Onde você mora, grande ou minúsculo, “esse é o teu mundo pessoal que povoas mecanicamente com as tuas forças mentais fortalecidas naquilo que sentes e sonhas”. Tudo o que você pensa, se torna mecânico, repetido, óbvio, esperado, sempre o mesmo, aumentado, fermentado, como os seus sentimentos, que geralmente também são sempre iguais, acrescido dos sonhos, sem muita informação de realidade. Isto é a sua construção de vida? Esta é a sua vida, sua existência?
Você pode viver bem melhor, do que está vivendo neste momento, agora. “É razoável coloques nele (lugar onde vive) o que possuas de melhor. A limpeza digna e os pensamentos nobres, os planos de ventura e os anseios de progresso. Ai conviverás com as meditações e as páginas que te levantem o espírito aos planos mais elevados e pronunciarás as palavras escolhidas do coração para ajudar e abençoar”. Tem que mudar, se esforçar, prestar mais atenção em si mesmo, um pouco mais de auto crítica, mais bom senso, lucidez, paciência, cuidado, atenção nos resultados das próprias atitudes, enfim, muito trabalho pessoal.
É melhor prestar mais atenção nas sua própria atenção. O que te atrai mais. “Nessa faixa de espaço, recolherás as impressões menos felizes dos outros em torno da vida, de modo a reformulá-las sensatamente com o verbo otimista e edificante de que dispões, aperfeiçoando e abrilhantando as ideias e opiniões que te procurem a convivência”. Você fica responsável, não só pelo que fala, mas também pelo que escolhe ouvir. Como diz o ditado popular “meu ouvido não é penico”. Muito sério e verdadeiro esta voz do povo.
“Embalsamarás esse lugar pequenino com as vibrações…” Por quanto tempo resiste o embalsamento de uma múmia? As múmias do Egito tem até 6.000 anos, e continuam múmias. Assim são as nossas vibrações no lugar que vivemos. Ficam lá, impregnam todo o ambiente, as paredes, o chão, o ar. As vibrações do lugar que você mora são suas. Se mora há pouco tempo, com o tempo serão suas. Da mesma forma, no lugar que você deixou, ficaram com suas vibrações. Você está aqui e está lá ao mesmo tempo.
“Considera a importância da tarefa em tuas mãos para o engrandecimento da vida. Examina o que sentes, pensas e fazes, no lugar em que vives. Teu recanto – tua presença. Onde estiveres, estás produzindo algo, diante do próximo e diante de Deus”. Sempre sobra para nós mesmos a responsabilidade pela qualidade das vibrações em que vivemos, respiramos, sentimos e sonhamos.
Além disto tudo, nossas vibrações, pensamentos, sentimentos, e ilusões (que encarnados chamamos de sonhos) nos acompanham depois da morte. No livro SOMOS SEIS, do querido Chico com cartas de espíritos diversos, temos relatos de jovens que morreram no incêndio do edifício Joelma, que aconteceu em SP no ano de 1974.
Uma jovem explica que: “A morte do corpo é somente mudança de plano, sem mudança de nós mesmos. E nós mesmos, conforme os sentimentos e ideias que carregamos, operamos mecanicamente em nós o registro de emoções e pensamentos que se estampam em nossa forma nova, de modo inevitável, desde que ainda não tenhamos a precisa educação da vida íntima, a fim de comandar com segurança os novos estados de espírito.” Continuamos sendo nós mesmos, com o mesmo olhar e crença sobre a vida.
Esta jovem, continua explicando sobre as condições após do desencarne. “Ninguém julgue que a maioria dos desencarnados aporta no Mundo Diferente sem as marcas das ocorrências que lhes motivaram a separação do corpo físico. É preciso haver atravessado a existência terrestre quase que em serviço absoluto de espiritualização para que o nosso envoltório sutil não seja assinalado pelas impressões da morte. Aqui, surpreendemos companheiros muitos que passam ainda por minucioso tratamento de plástica regenerativa, enquanto que muitos outros recolhem assistência para reparações últimas de pontos orgânicos lesados”.
A jovem continua relatando o mundo em que vive e completa a mensagem numa das cartas “É necessário abrir caminhos de luz nas sombras, acender a esperança onde tantos cultivam tristeza e desalento, sem qualquer razão de ser. Descanse somente pelo tempo necessário. Um mundo de trabalho pede o esforço dos que consigam compreender e amar. Tudo o que se nos faça possível, realizemos em benefício dos que jazem desanimados, aflitos, desorientados, caídos… A Terra é uma escola imensa, em que todos somos matriculados para as lições do amor que, na essência, é a Herança de Deus para nós todos. Que essa escola, tanto quanto possível, não se transforme por nossa culpa em hospital ou cárcere, porque as cadeias e doenças, são criações nossas…”
Na preparação para o atendimento de desobsessão do grupo Fabiano de Cristo, estudamos o livro CANÇÃO DA ESPERANÇA de Robson Pinheiro. No capítulo 14, ele explica a utilização de larvas trabalhadas magneticamente para serem inseridas no campo energético do encarnado e influenciá-lo para os mais diversos vícios. Chamou nossa atenção a estimulação para o vício da gula. Não só os adultos, mas muitas crianças apresentam um desejo avassalador por comida. Comem tudo o que estiver ao seu alcance, seu e dos outros.
Foi explicado, que muitas vezes, nos trabalhos de desobsessão, não basta retirar espíritos que estejam perturbando, influenciando negativamente a pessoa. No caso de trabalhos de hipnose e magnetismo, com uso de larvas ou outro recurso, é preciso que o espírito que tenha colocado, seja trazido para desmanchar o domínio instalado por ele. Chama atenção para o fato que trabalhos como este exijam tarefeiros encarnados bem preparados, que estudem, que saibam o que está acontecendo. Bem diz o ditado “de boa intenção o inferno está cheio”. Quem quer trabalhar com desobsessão tem que estudar muito e ter cabeça aberta para tudo, para todas as informações possíveis e ao alcance. Quem limita seu conhecimento a este ou aquele autor, não pode este, não pode aquele, vai se contentando em fazer pouco e pela metade. Se propositalmente, por convicção, limita o próprio acesso ao conhecimento, não pode dar muita coisa como resultado desta auto redução mental.
O trabalho da noite foi pesado com espíritos mais valentes. Um novo grupo de trabalhadores se apresentou como visitantes, que vieram para nos conhecer e se for permitido, trabalhar conosco. Disseram que trabalham com cores vivas, intensas e despertam alegria como tratamento. Com o tempo vamos entender melhor como é este trabalho e quem são eles.
Pretos velhos, caboclos, índios, os amigos de sempre e os novos “capa pretas” que são exus que buscam lá nas profundas espíritos para serem atendidos. Hoje foi maravilhoso um destes atendimentos. Na chegada da entidade o médium avisou para colocar dois dialogadores para fechar o círculo. Nas costas, outro dialogador doava as melhores energias. O atendido ficou cercado e fechado dentro das nossas vibrações. Quem o trouxe foi um destes capa preta e ele reclamava de estar sendo observado por ele.
– não adianta você ficar preocupado com ele, porque ele vai continuar te vigiando… foi ele que foi te buscar lá no buraco em que estava e vai ficar aí olhando…
– sou poderoso… tenho chifres… vou acabar com vocês… não adianta também esse preto velho e o caboclo ficarem me olhando, sou poderoso…
– sinta o bem estar que estamos te envolvendo… sinta… o olhar de todos é de carinho para você…
– começa a rosnar, as mãos crispadas como a de um animal
– não precisa se fazer de animal, você é um ser humano, abra as mãos… são bonitas… sempre foram bonitas, você se lembra?
A dialogadora vai abrindo as mãos delicadamente, fazendo carinho, com muito amor…. as mãos vão se abrindo… para de rosnar…. levanta mais o corpo….
A dialogadora se sente completamente envolvida por uma entidade, compreende que é amor (sua mãe) e coloca o braço em suas costas e ombros… – sinta este abraço, é de quem te ama muito… sinta… o amor que você tanto conhece… relaxa, fique calmo, você está abraçado por quem o ama muito… agora você vai dormir, dormir, dormir e quando acordar vai acordar sentindo este abraço…
No encerramento do trabalho, um dos exus veio agradecer e explicar que o trabalho da noite tinha sido mais pesado, algumas entidades que foram atendidas, estavam precisando de muita ajuda e receberam. Que iríamos nos sentir um pouco cansados, mas a recuperação seria rápida. Que Deus abençoe a todos!