Grupo de Atendimento Programado e Estudos de Desobsessão Inácio Ferreira
Antecedido pelo grupo de estudo do livro Egos em Conflito de Inácio Ferreira
Terça feira é dia de ser (treinamento e expansão mediúnica); os outros dias é de fazer (atendimento espiritual)
Inácio Ferreira, tem a arte da desconstrução da acomodação mental. Basta prestar um mínimo de atenção no que ele fala, para mergulharmos num mar de novas construções mentais e lógicas. Logo no início da leitura vem esta informação importante para o trabalho mediúnico de socorro espiritual:
“… durante todo o dia procurei adequar-me mentalmente aos impositivos da excursão à Crosta, que havíamos programado, porque, afina, voltar a estar no ambiente terrestre, para nós os desencarnados, não é bem assim como os encarnados imaginam – isto, evidentemente, não acontece com um simples estalar de dedos. Para que, de certa maneira, novamente, nós nos integremos à atmosfera dos encarnados, percebendo algo do que acontece ao seu redor, carecemos de nos apresentar quase semitangibilizados.”
Podemos então inferir que os espíritos socorridos no nosso trabalho estão semitangibilizados. Neste caso o material que utilizam é da mesma maneira, quase matéria semelhante à nossa. Quando eles nos contam que sujaram as paredes de nossas casas, é porque sujaram mesmo as paredes de nossas casas.
Outra informação de Inácio é sobre a conecção à distância que ele consegue estabelecer com os encarnados. Salienta ele as diferenças:
“- Pelo tempo decorrido de minha desencarnação, eu já me encontro suficientemente “treinado” para conectar-me ao pensamento do medianeiro (Carlos Bacelli), sem mesmo esteja a vê-lo e vice-versa.”
Fica claro que a conecção com espíritos que estejam vibratoriamente distante de nós, em alguma situação pouco melhor, não é instantânea nem muito fácil. A qualidade da ligação é diretamente proporcional à qualidade do grupo de trabalhadores encarnados. Como sabemos, a força de uma corrente está no seu elo mais fraco. A fragilidade de um grupo está nos seus componentes mais fracos, ou despreparados, ou desinteressados. O grupo precisa crescer relativamente dentro de uma boa média. Os mais fracos abrem portas para as trevas com facilidade.
É preciso salientar, que no nosso atendimento, todos os médiuns trabalham ao mesmo tempo. Ninguém fica parado. Alguns médiuns recebem outros dialogam, enquanto outros aplicam passes. Parece um balé bem orquestrado. Cada um sabe o que pode fazer e faz.
Nesta noite de atendimento, uma das entidades atendidas, muito ingênua e facilmente manipulada, tinha o trabalho de ficar observando e levar informações para aqueles “homens grandes e fortes”. Como eles a bajulavam com elogios, fazia seu trabalho de leva e traz com muita atenção. Só estranhava porque quando ela levava notícias que o Grupo dos Ciscos estava tendo sucesso no seu atendimento, os “homens grandes e fortes” ficavam muito contrariados e falavam muito alto do seu aborrecimento.
É muito interessante a diversidade das ocorrências, mesmo quando o alvo do atendimento é para uma pessoa. Podemos perceber que nossas experiências transatas são muito diferentes entre si, deixando rastros de sintonias tão diversificados, que parecem, às vezes, não ter ligação.
Geralmente conversamos com grupos de espíritos, capitaneados por um mais esperto ou mais falante. Dificilmente conversamos com mandantes de perseguições. Os inimigos oficiais ficam ao largo, bem longe, recomendando sempre que seus escravos não acreditem em nossas palavras, nem aceitem nossos convites.
Foi assim que um dos primeiros grupos atendidos reagiu. Estavam na casa para perturbar, obedeciam ao chefe, tinham muito medo de punições. Não mereciam nada melhor porque não eram mais dignos da esperança. Foi um embate entre o descrédito em si mesmo e a possibilidade da mudança. Não se achavam merecedores de nenhuma ajuda. Qual não foi o espanto quando familiares de todos eles chegaram, sorrindo, convidando todos a os acompanharem. Não conseguiam acreditar ser possível este reencontro. A esperança estava morta em seus corações e era preciso ressuscitá-la, qual o Cristo que voltou aos seus, chocados com sua crucificação. Que alegria poder ser abraçado pelos amores do passado!
Ao mesmo tempo um espírito se debatia fugindo do fogo. Mente fixada na situação, muito difícil de mudar seu foco de atenção. Só com bombeiros, muita água, a visão de combate ao fogo é que começou a aceitar ajuda e prestar atenção ao seu redor. Outros espíritos estavam na mesma situação, lutando contra as chamas, de deram trabalho para colocar atenção em uma situação fora daquele cenário.
Um espírito estava muito emocionado e triste porque teria que se afastar da casa do atendido. Gostava dele, ficava na casa e não queria sair. Muito emocionado aceitou buscar novos caminhos. No entender dele não prejudicava, ninguém, estava lá por afinidade. Os amigos protetores acharam por bem que ele continuar instalado dentro da casa não era o melhor lugar para seu progresso e evolução.
Chegou contando vantagem
– as paredes estão todas sujas, não tem como limpar… paredes, pessoas, colocamos uma coisa que não dá para tirar
– temos os bombeiros especializados na limpeza, eles estão sempre aqui conosco trabalhando, já estão indo lá com as mangueiras d’água e vão limpar tudo
– dura só um pouco, nós vamos lá e sujamos outra vez
– você é o chefe desta turma?
– não!… isto que você está venda é só um pedacinho… nossa turma é muito maior e não sou o chefe, só falo por nós aqui… tem muito mais gente fazendo este serviço…
– vocês devem estar cansados, já que estão aqui aceitam o banquete que fizemos para vocês? Olha quanta comida…
– não vamos aceitar nada, vocês querem nos prender… ninguém aqui está com fome…
– que pena, tanta comida, o nosso chefe nos avisaram que vocês vinham e falou para prepara esta comida para vocês
– vocês também obedecem chefe, são escravos que nem nóis…
– veja na nossa cara se tem alguém com cara de escravo, com fome, triste…
– mas os homens que vieram limpar não comeram dessa comida que vocês estão nos oferecendo…
– eles chegaram de barriga cheia, veja a cara deles, todos bem alimentados trabalhando com alegria…
– mas você não come da comida que está oferecendo, tem coisa para fazer a gente dormir e prender a gente, os chefes nos preveniram…
– esta comida é bem melhor do que o que vocês comiam lá, a roca é vantajosa
– nóis não comia lá, não tinha comida… e você não come a comida que está oferecendo…
– sinta o cheiro...
Obs: sobre uma mesa, no salão, fora do grupo tinha uma travessa com torta salgada. Exalava o cheirinho de comida boa. A médium descreveu que neste instante, parecia desenho animado em que a fumaça que sai da comida vai passando de nariz em nariz da turma. Todos os outros se renderam e foram comer.
– não vou comer…
– olhe para trás e veja a turma, todos estão comendo, alegres e felizes
– olha de esguelha.. são uns bobos… o chefe disse para não acreditar em vocês e você não come nossa comida
Nesta ora a médium pede para pegarem um pedaço da torta e passa em frente ao nariz da médium
– sinta o cheiro…
E dá uma mordida na torta
– é mas esta comida não é a nossa… você comeu a sua comida…
– veja como todos estão alegres… já comeram e agora vão tomar um banho gostoso, ganhar roupas limpas e ter uma cama para descansar…
– é… eles não estão dormindo… estão alegres e vão tomar banho…
– só você ainda não comeu
– e qual a troca?
– não tem troca
– como assim, não tem troca?… sempre tem troca…
– a troca é vocês encontrarem um novo caminho, viver melhor e deixar as pessoas viverem melhor também
– não pode ser, vocês são escravos também…
– olhe para todos, alguém aqui tem cara de escravo, está triste?
– não…
– seus amigos estão tristes ou alegres?
– alegres…
– veja os trabalhadores que andam por aqui… tem alguém triste?
– não…
– então junte-se a nós… venha…
No estudo de Inácio Ferreira ele dá uma informação que nos inspirou a comer a torta na frente da entidade. Conta que a materialização exige menos esforço do espírito do que a mentalização. Egos em Conflito página 153
“- Esforcei-me e , com o pé, consegui empurrar o cachimbo, ainda em brasa, para uma pequena poça d’água, fazendo com que ele se apagasse – a chuva miúda, curiosamente, chegara a molhar-me os sapatos e as barras da calça!…
Não há como algo abstrato tocar o que seja concreto, sem que, de certa maneira, igualmente, adquira alguma concretude. Claro que por esforço mental, talvez eu pudesse ter empurrado o cachimbo de crack para a poça d’água, mas, então, o exercício haveria de me consumir maior cota de energia e de tempo.”
Todos estes informes de Inácio Ferreira nos esclarecem que, se o nosso grupo de trabalho quer ter proteção e acompanhamento de bom gabarito, tem que “subir” até os protetores, porque exigir que eles “desçam” até nós, é exigir sacrifício desnecessário ao objetivo do trabalho.
Por outro lado, no estudo da nossa preparação, do livro 1/3 da Vida, tem a informação de que, quando estamos desprendidos do corpo físico, durante a noite, e com boas intenções de melhora, tudo fica mais fácil, esclarecido, leve, com menos controle e desejo de confronto. Porém, quando retornamos ao corpo físico, nem sempre conseguimos guardar na memória e nas emoções o bem estar que experimentamos dormindo. A explicação é que nossa evolução se dá nas experiências de encarnados, com o corpo físico sob a tração magnética da Terra. Esse magnetismo nos mantém mais ligados à matéria, mais densos, mais identificados com o nosso meio ambiente. Somente na medida que vamos treinando uma vida mais espiritual, praticando a caridade, vigiando pensamentos, melhorando nossos desejos de felicidade para o outro, é que vamos nos desligando desta força magnética que nos domina. É uma luta de evolução do espírito para se desprender a força de atração da Terra.
Voar voar
Subir subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz feito um balão
No ar no ar eu sou assim
Brilho do farol
Além do mais amargo fim
Simplesmente sol
Rock do bom
Ou quem sabe jazz
Som sobre som
Bem mais, bem mais
O que sai de mim vem do prazer
De querer sentir o que eu não posso ter
O que faz de mim ser o que sou
É gostar de ir por onde, ninguém for
Do alto coração
Mais alto coração
Viver, viver
E não fingir
Esconder no olhar pedir não mais
Que permitir
Jogos de azar
Fauno lunar
Sombras no porão
E um show vulgar
Todo verão
Fugir meu bem
Pra ser feliz
Só no pólo sul
Não vou mudar
Do meu país
Nem vestir azul
Faça o sinal
Cante uma canção
Sentimental
Em qualquer tom
Repetir o amor já satisfaz
Dentro do bombom há um licor a mais
Ir até que um dia chegue enfim
Em que o sol derreta a cera até o fim
Do alto, coração
Mais alto, coração
Faça o sinal
Cante uma canção
Sentimental
Em qualquer tom
Repetir o amor já satisfaz
Dentro do bombom há um licor a mais
Ir até que um dia chegue enfim
Em que o sol derreta a cera até o fim
Do alto, o coração
Mais alto, o coração
Do alto, o coração
Mais alto, o coração
Compositores: Carlos Piazzolli / Claudio Rabello
Os mentores do trabalho nos deixaram esta mensagem:
Meus queridos amigos, mais um trabalho realizado, onde muito amor foi doado.
Ao atender um irmão pense que poderia ser você. E então reflita: como você gostaria de ser atendido? Com carinho, Acolhimento? Atenção?
Lembre sempre, os sentimentos predominantes deles são de aflição. Busque diminuí-las.
Muita paz meus irmãos.